Lili Reinhart
Ele caminhava de um lado para o outro enquanto falava como se estivesse me dando uma palestra. Eu confesso que me distraí e não dei a mínima atenção ao que ele dizia. Como me concentrar com aquele homem lindo na minha frente? Era fato que ele era idêntico ao Nathan e isso me fez sentir coisas desabrochando em meu peito, coisas que eu não sentia há décadas.
Eu estava levemente boquiaberta enquanto reparava no modo como seus lábios se moviam e nas vezes em que ele passou a língua entre eles nas pausas de suas frases. Também soltei alguns suspiros e o olhei de cima a baixo. Caramba, o homem sabia como se vestir e o perfume dele impregnava o ambiente. Anjos não costumavam ter essas reações, mas agora que voltei a ser humana deduzi que a pressão nas minhas partes baixas era tesão.
Ele parou em pé ao lado de sua cadeira e ajeitou a única mecha rebelde em sua testa, a afastando para se unir ao resto do cabelo bem penteado.
Outro suspiro involuntário.
— Senhorita Reinhart!? — chamou o meu nome de forma impaciente, o que me fez despertar do meu transe.
— Ah... o que? — pisquei, voltando à realidade.
— Perguntei se você aceita. — franziu a testa.
— Eu tenho algumas dúvidas.
— Quais?
— O que o senhor quer que eu aceite? — perguntei sem jeito.
Cole respirou fundo e esfregou a própria testa. Ele iria ter que se acostumar a ficar irritado comigo muitas vezes por dia.
— Você é sempre avoada desse jeito? — foi grosso. — Se for, eu nem vou perder o meu tempo repetindo alguma coisa.
— Não, eu não sou avoada. É só que... — você é gostoso demais e eu me desconcentrei. — Eu estava pensando sobre o trabalho como secretária e acabei não ouvindo.
— Sua função como minha secretária começa na semana que vem, você pensa sobre isso depois. — continuou sério. — Vou repetir. — revirou os olhos. — Eu quero que você seja minha assistente pessoal. Vai trabalhar para mim fora da empresa.
— Sim. — assenti sem pensar duas vezes. — Sim, eu aceito.
— Está tão desesperada assim por dinheiro? — arqueou a sobrancelha. — Bem, não importa. Eu estava dizendo que você terá que estar disponível para mim vinte e quatro horas por dia. Deve fazer o que eu quiser que você faça, independente de que horas sejam ou de onde você esteja.
— Tudo bem.
— Vai aceitar assim tão fácil? Não quer nem perguntar quanto você vai ganhar a mais? — ele parecia chocado com a facilidade em que eu disse sim.
— Ah, claro. — pigarreei. — Quanto eu vou ganhar a mais? — eu não dava a mínima para o salário, faria de graça se ele quisesse.
— O triplo do seu salário como secretária.
Eu poderia ficar feliz se eu ao menos tivesse pesquisado sobre quanto uma secretária dele ganhava.
— Eu aceito. — fui direta.
— Isso não vai ser fácil. — advertiu.
— Eu já disse que aceito. — eu já estava começando a me irritar, mas forcei um sorriso.
Ele assentiu, abriu uma das gavetas de sua mesa e tirou de lá uma caixa de celular, um documento contratual e um chaveiro com três chaves, sendo uma delas a de um carro.
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Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ
Hayran KurguPara onde vamos quando morremos? Essa é uma pergunta que todo mundo já se fez em algum momento. Lili não pensava muito no que viria depois que seu coração parasse de bater, porque agora ele estava ocupado demais batendo forte por Nathan Sprouse, que...