Capítulo 41

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Cole Sprouse

Lili havia voltado a ser legal comigo mesmo depois de eu estranhamente tê-la ignorado – ato que eu podia jurar não ter sido proposital – e ido atrás de Vanessa durante uma conturbada semana onde eu do nada decidi que queria reaver a minha antiga relação. Quando aquilo acabou, eu fiquei com essa sensação de que não vivi os últimos dias e não tomei minhas próprias decisões. Vanessa relatou estar sentindo o mesmo, como se tivesse ligado o piloto automático em sua mente.

Não posso chamar a conversa que tivemos de término. Como eu disse, aquilo durou uma semana e não fizemos nada além de passar tempo juntos e nos beijarmos sem passar para os próximos níveis. O pior de toda essa história foi a forma como eu deixei a Lili de lado e nem sequer lhe dei satisfações. Mais estranho que isso era só o fato de ela ter lidado super bem e ter aceitado as minhas desculpas com facilidade, mostrando não estar com nenhum rancor de mim.

Resolvi aproveitar a bondade dela e parei de me martirizar. Estávamos convivendo muito bem, mas nada ia muito além disso. Lili não me dava brecha nenhuma. Eu a chamei para sair, fiz inúmeros convites e tentei flertar a elogiando sobre qualquer coisa que me chamasse a atenção, mas nada surtia efeito e ela só desconversava. Me fez pensar que talvez ela não estivesse mais tão interessada assim, isso explicaria o porquê de ela ter reagindo tão bem quando eu pedi perdão por ter ido atrás da Vanessa.

Eu parecia a droga de um adolescente. Passava a maior parte do dia pensando nela e chorava sempre que dizia para mim mesmo que ela não estava nem aí para mim. Nunca chorei tanto – creio que nem quando era um bebê – como estava chorando naquela semana. Na frente dela, eu era só sorrisos, mas sozinho em casa eu olhava as fotos que tiramos juntos e me derramava em lágrimas.

Thor era o único que estava ali para me confortar e também o único que podia ver aqueles meus momentos de fraqueza. E como se sentisse cada dor minha, ele estava sempre perto. Eu sabia que ele sentia falta da Lili também e já estava na hora de ela fazer uma visita para ele.

— Por favor, Lili. Ele sente sua falta. — pedi enquanto falava com ela por ligação. — Cinco minutos e eu deixo você ir embora.

Você deixa? — riu. — Não é como se você controlasse meus horários, doutor Sprouse. Não sou mais sua assistente. — foi sarcástica.

— Pelo Thor, por favor! — pedi mais uma vez.

Ela fez uma pausa do outro lado, provavelmente para pensar.

Tudo bem. Pelo Thor. Mas só vou ficar aí por uns dez minutos, eu preciso ir até a praia.

À noite? — estranhei.

Sim.

Com quem? — a pergunta saiu no automático, não pensei sobre se aquilo seria invasivo.

Sozinha. Eu quero ficar comigo mesma por algumas horas, poder curtir a mim mesma, sabe?

Sei bem. — sorri. — É ótimo poder curtir você.

Nossa, Cole! — deu risada. — Chego aí em poucos minutos.

Pouco tempo depois a campainha da minha casa tocou. Fui abrir a porta e assim que a vi quase perdi o fôlego. Ela estava usando um vestido amarelo soltinho, tinha os cabelos presos em uma trança na lateral e estava sem nenhuma maquiagem, com todas as marquinhas do seu rosto aparecendo.

— Oi. — abri um sorriso bobo.

— Oi! — antes de entrar, ela beijou minha bochecha. — Onde ele está? Eu trouxe biscoitos.

Estúpido Cupido ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora