-- Hey... -- A voz fina de Mona tirou Ava de seus devaneios. -- Posso me sentar? -- A garota perguntou gentilmente e Ava assentiu.
-- Obrigada por ont...
-- Shiiiiu... -- Mona sussurrou, olhando em volta. -- Não cite jamais, nunca, em hipótese alguma, que fui eu que comecei com aquilo.
-- Tudo bem, mas... obrigada. -- Ava disse gentilmente e Mona assentiu sorrindo.
-- Como você está? -- Ela perguntou apontando para o curativo na testa de Ava e a mais nova iria responder, mas viu o momento onde Sara passou com sua bandeja de comida nas mãos e desacelerou o passo, como se quisesse saber daquela informação.
Ava se calou, esperando ela passar e se surpreendeu quando a garota se sentou na mesa ao lado da dela. Seus olhos azuis se encontraram com os da outra e nenhuma das duas se atreveu a desviar o olhar, até Mona rir baixinho, soltando uma espécie de ronco junto, o que chamou a atenção de Ava .
-- Estou bem, doeu para inferno ontem, mas já estou melhor. -- Ava disse e Mona assentiu.
-- Esta noite ela sai da detenção, o que fará? Aquela barulheira da noite passada não poderá se repetir, seria suspeito. -- Mona disse apenada e Ava sorriu-lhe fraco.
-- Não sei, na verdade. Ter o outro lado da testa estourado até eu desacordar? -- Brincou sorrindo fraco.
-- Não diga isso. -- Mona disse tristemente e Ava suspirou.
-- Se for para ser violentada eu prefiro que eu esteja desacordada do que ter a repugnante imagem daquela mulher em cima de mim. -- Ava disse firmemente. -- Não vou deixar que ela toque em mim.
-- Ah, eu vou gritar, mas você não toca em mim. -- A voz de Scarlett assustou Ava . A garota jogou sua bandeja sobre a mesa e sorriu. -- Caramba, mulher. Eu virei a sua fã. Ninguém nunca desafiou Beatrice antes.
-- Obrigada, huh, eu acho. -- Ava disse confusa.
-- Não fomos apresentadas, sou a Scar e você é a minha mais nova amiga. Você não tem opções, se não aceitar eu esmago seu crânio. -- Disse, fazendo Ava arregalar os olhos. A risada alta e escandalosa de Scar chamou a atenção de várias pessoas. -- Eu estou só brincando.
-- Oh. -- Ava disse ainda em estado de choque. -- Eu me chamo Ava . -- Ela disse, mas a figura de uma morena alta, com o maior dos sorrisos estampado em seu rosto, chamou a atenção de Ava .
Unicamente porque ela sorria para Sara . Será que...
-- Você se deu mal pegando a mesma cela que ela. Aquela mulher é perigosa. -- Ava suspirou, vendo Sara se levantar com a morena e saírem.
-- Eu percebi.
-- Nem a Lance enfrenta ela, elas se evitam. -- Scar disse, começando a comer sua maçã. -- Todos sabem que a Lance ganharia ali, inclusive ambas, mas elas não se bicam, é como se fugissem de confusão. -- Ava estranhou aquilo.
-- Elas... costumam travar guerras inesquecíveis de olhares, hm? Para mostrar quem manda. -- Ava disse e Mona riu baixinho, soltando outro ronco.
-- Não. Elas sequer se olham, nenhuma invade o território da outra. -- Sara praticamente expulsara Beatrice com o olhar no dia anterior no banheiro, pensou Ava ainda mais confusa.
Passaram o restante do tempo conversando e definitivamente Mona tinha razão, Scar era um amor de pessoa.
Mais tarde naquele mesmo dia, Ava se dirigia até o pátio no intervalo para tomarem sol, porém sentiu seu corpo sendo puxado para trás e alguém tampar sua boca. Sua primeira reação foi se espernear, mas foi em vão..
-- Calma aí que ninguém quer te machucar, é só uma conversa. -- Ava ouviu alguém dizer, no entanto não conhecia aquela voz.
Deixou-se ser arrastada até o corredor das celas quando viu que não tinha mais forças para lutar. Quando seu corpo foi jogado dentro de uma das celas, seus olhos se arregalaram em surpresa. Sara Lance estava deitada na cama de cima a olhando intensamente.
-- Ela é magrela, mas tem força. -- A morena, que agora Ava podia identificar ser a garota que sentara com Sara no horário da refeição, disse.
-- Deixe-nos a sós, Astra . -- Sara disse e a mulher assentiu, saindo da cela e ficando de vigia do lado de fora da mesma para ninguém incomodar, enquanto segurava a ponta do lençol que tampava a visão para dentro daquela cela.
-- O que... o que quer? -- Ava perguntou. A verdade era que ela se atrevia a encarar Sara enquanto estava longe, mas perto daquele jeito sentia-se intimidada.
Aquele azul perfurante a desconcertava completamente. Será que era por ela encarar que estava ali? Deveria ter ouvido a policial Charlie quando teve a chance.
-- Você vai dizer a todos desse maldito lugar que você está comigo, que agora é minha mulher. Entendido? -- A voz rouca soou firme, causando involuntariamente arrepios no corpo de Ava .
-- Não sou sua mulher. Apanhei ontem de outra pessoa por ter esse mesmo pensamento e você pode mandar sua capacho entrar aqui agora mesmo e me arrebentar, mas você não vai tocar em mim. -- Disse firmemente, nem sabendo de onde havia saído tanta coragem. Seu coração batia descompassado em seu peito, claro, acabara de se opor a algo que a pessoa que julgam ser a líder absoluta de tudo pediu.
Ela, certamente, não duraria até o fim dos seis meses. Seus pensamentos foram cortados quando ela viu a figura em sua frente pular da cama de cima no chão e se aproximar dela, que, sem perceber, deu dois passos para trás.
Suas costas tocaram a parede e seus olhos fitaram a garota em sua frente, a centímetros de distância dela agora. Prendeu a respiração ante àquela aproximação.
-- Eu acho que eu não fui clara o suficiente. Você vai dizer a todos, inclusive às suas amiguinhas, que agora é minha mulher. -- Falou roucamente. -- E em mulher de Sara Lance, ninguém, preste atenção, ninguém toca. -- Ava piscou confusa quando a outra se afastou.
-- Você não vai tentar nad...
-- Já pode dar o fora. -- Sara disse friamente e Ava franziu o cenho. Sara disse que era para ela dizer...
Espere! Estaria, Sara Lance, oferecendo proteção gratuita? Não teve tempo de perguntar, porque o toque para o banho soou, fazendo-a sair dali com um enorme ponto de interrogação em sua cabeça.
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É amores.. agora que vai começar o rebuceteio das gays kkkk
Fui
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𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮
RomanceO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo Inocente? Ava Sharpe não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melho...