𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮

Cap.20

Mores só passando aqui pra deixar esse mimo pra vocês porque o tempo está corrido 😅🏃

Boa leitura.💕

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-- Lance ! -- A voz firme da policial loira fez Sara se virar para trás e limpar a garganta, se cobrindo com a parte de cima do uniforme que precisou se abaixar para pegar do chão.

-- Pois não? -- Perguntou, vendo a policial negar com a cabeça.

-- Nada. Não quero esse tipo de atividade durante o dia. Se quiserem fazer isso durante a noite o problema é de vocês. -- A policial disse e Sara assentiu. -- Se eu voltar aqui e ver vocês assim terão problemas. -- Alertou, puxando o lençol das grades e o fazendo cair no chão antes de sumir de vista.

-- Essa foi por pouco. -- Sara sussurrou e Ava riu, assentindo.

-- Eu quase me borrei de medo. -- Ava confessou, porém seus olhos pararam na região abaixo dos seios de Sara pois dava para ver de lado. Estava sangrando.

-- O que foi? -- Sara perguntou e Ava puxou sua blusa para o lado, analisando a ferida com olhos preocupados.

-- O que foi isso? -- Perguntou e Sara abaixou a vista, encontrando o pequeno ferimento.

-- Esse sangue deve estar seco já. Me machuquei hoje pela manhã naquela porcaria de jogo. -- Sara falou e Ava se levantou, pegando algodão, Band-Aid e pomada que havia levado para a sua cela como brinde por estar na enfermaria.

-- Já falei para tomar cuidado nesse jogo. Elas são muito brutas, Babe. -- Ava falou, molhando o algodão no lavatório antes de se aproximar de Sara e deslizar o mesmo sobre sua pele.

-- Você abandonou meu time. -- Sara falou fingindo ressentimento. -- Estou com uma jogadora a menos agora.

-- Não sirvo para jogar. -- Ava falou, cuidando do ferimento antes de correr os olhos pelo corpo de Sara a procura de mais. Encontrou outro em suas costas e a virou de costas para ela, jogando seus cabelos para frente e se levantando para molhar outro pedaço de algodão. -- Aquelas garotas te machucam aqui em cima como?

-- Não faço ideia. -- Sara respondeu rindo, segurando a camisa na frente dos seios enquanto sentia o algodão deslizar por sua pele. -- O chão não é limpinho igual em todos os lugares. Há pontas de concreto tortas também, talvez quando eu caí tenha me machucado.

-- Tome cuidado, por favor. -- Ava pediu preocupada e Sara assentiu, sentindo Ava parar o que fazia e suspirar. Elas sentiu as pontas dos dedos de Ava percorrerem sua pele desnuda e instantaneamente se arrepiou.

Os lábios de Ava tocaram a pele quente de suas costas, começando a distribuir mansos beijos ao longo da extensão até finalmente apoiar o queixo em seu ombro e envolver seus braços na cintura da garota.

-- Eu senti sua falta essa semana. -- Ava confessou, percebendo que Sara havia engolido em seco. -- Não se afaste assim de novo, Babe, por favor.

-- Eu não vou. -- Sara respondeu, se esquivando de Ava apenas para sentir novamente o deslizar dos dedos em suas costas, fazendo-a fechar os olhos para manter o autocontrole.

-- Obrigada por hoje. -- Ava disse, deslumbrada conforme sentia a pele macia sob seu toque.

-- De nada. -- Sara respondeu, controlando novamente sua respiração ao sentir os lábios de Ava tocarem sua nuca vagarosamente. -- Pare, Ava... --Sara pediu com fraqueza na voz.

-- Eu senti mesmo a sua falta... -- Ava falou e Sara se esquivou dela, vestindo a camisa as pressas sem sutiã mesmo.

-- Você já disse isso. -- Sara falou ao se virar de frente para Ava e a mais alta se aproximou, porém Sara se levantou.

-- Eu sei que você também se sente atraída por mim, então para que ficar fugindo? -- Ava perguntou e Sara se encostou na parede.

-- Não estou fugindo, mas uma policial meio que nos proibiu de qualquer coisas de dia. Não estou afim de problemas. -- Sara falou e Ava assentiu, se levantando para ficar de frente para ela.

-- Nos proibiu de transar, não de nós beijarmos. -- Ava falou e Sara riu.

-- Eu devo beijar muito bem mesmo, para você estar desesperada assim. -- Sara falou sorrindo prepotente e Ava franziu os olhos.

-- idiota. -- Resmungou. -- Não quero mais também. Fique aí com seu egocentrismo e narcisismo. -- Ava reclamou, no entanto, quando estava prestes a sair da cela, sentiu uma mão de Sara tocar seu pulso, puxando-a para seus braços.

-- Ah, não minta! -- Sara falou, colando ainda mais os corpos. -- Você e eu sabemos que você quer sim. -- Seus lábios roçaram nos de Ava antes da mais alta suspirar.

-- E você e eu também sabemos que você também quer. -- Ava falou sorrindo de forma contida. -- Então que tal você só me beijar e ambas calarmos a boca?

-- Certo. -- Sara falou, rindo baixinho antes de se inclinar ligeiramente e beijar Ava. O toque singelo fez ambas suspirarem e então a mais alta se aconchegou mais nos braços de Sara, deixando sua língua deslizar pela da outra garota.

-- Hmm... -- Ava murmurou antes de depositar um selinho em Sara. -- Que beijo gostoso. -- Falou sorrindo contra seus lábios e Sara riu, corando levemente.

-- Sabe que às vezes eu gostaria de te falar as coisas? -- Sara comentou, levando uma mão até as mechas de Ava, colocando-as atrás da orelha da mais alta. -- Não tem nada demais em te falar, mas...

-- Então me fala. -- Ava pediu e Sara riu.

-- Eu não queria te contar para não quebrar a barreira entre nós, mas parece que você se infiltrou, hm? -- Sara disse rindo e Ava assentiu.

-- Sim. -- Ava disse e Sara umedeceu os lábios. -- Por favor, me conta algo... Sou muito curiosa. -- A menor riu e assentiu.

-- Bem, eu posso te contar da primeira vez que te vi, que tal? -- Sugeriu e Ava balançou a cabeça positivamente de uma maneira frenética.

-- Se eu te disser que não foi nesse estado você acredita? -- Sara perguntou e Ava assentiu.

-- Eu viajava bastante alguns anos atrás, então não seria difícil. -- Ava disse, deitando sua cabeça no ombro de Sara.

-- Foi na praia. -- Sara disse olhando para um ponto distante, como se puxasse de sua memória uma antiga lembrança. -- E você estava tão maravilhosa.

-- Quem te vê com aquela cara emburrada lá fora jamais acreditaria em você me dizendo coisas assim. -- Ava falou rindo e Sara suspirou.

-- Vai me deixar contar ou não? -- Sara perguntou e Ava assentiu.

-- Desculpe. -- Ava se retratou. -- É que estou feliz. -- Sara arqueou uma sobrancelha e a fitou nos olhos.

-- Eu imagino. Conversar com sua...

-- Não é só por isso. -- Ava disse. -- Você voltou a falar comigo e eu não sabia o quanto você poderia fazer falta. -- Explicou. -- Eu gosto de ficar assim com você, Babe.

-- Eu também gosto. -- Sara confessou, vendo Ava envolver os dois braços em torno de seu pescoço.

-- Agora conta... -- Ava pediu e Sara riu, assentindo.

-- Sem interrupções? -- Sara indagou, sentindo Ava fitar seus lábios antes de dar-lhe um beijo casto.

-- Pronto. Agora sim sem interrupções. -- Ava disse e Sara assentiu.

Não faria mal contar aquilo à Ava, até porque não tinha nada a ver com o que ela deveria manter segredo, porém ela sabia que aos poucos Ava ia desvendando ela. Precisava tomar cuidado, porque algo que acontecera alguns anos atrás para seu benefício poderia acarretar em grandes problemas se descobrissem.