Cap.43

191 22 27
                                    

Ava se via absolutamente anestesiada e rendida ao poder da risada genuína de Sara

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ava se via absolutamente anestesiada e rendida ao poder da risada genuína de Sara. Ela definitivamente adorava aquele som e saber que ele havia sido causado graças a ela apenas a fazia se sentir ainda mais abençoada. Sua ficha ainda não havia caído de que estava solta, tanto ela como Sara.

-- E então... -- Ela começou. -- Que tal deixarmos os bichinhos aí, afinal já os alimentamos muito... -- Ela fez uma breve pausa para rir. -- E irmos nós duas comer, hm?

-- Parece uma boa ideia. -- Sara replicou ao ouvir seu estômago roncar.

-- Ótimo, porque estou faminta e você também deve estar. -- Ava disse, estendendo a mão no ar apenas para sentir Sara entrelaçar seus dedos antes de começarem a caminhar.

-- Você já resolveu algo com sua irmã? -- Sara indagou e Ava deixou o ar se esvair de seus pulmões, negando.

-- Não, e ainda precisava resolver algo para a minha mãe hoje, mas quando descobri que você podia ser solta quis resolver isso logo. -- Sara assentiu.

-- Obrigada por ter inteirado o dinheiro da minha fiança. -- Sara pediu, fazendo Ava lhe fitar culpada. -- Eu vou devolver o que completou, só preciso que espere eu arranjar algum trabalho. -- A mais alta mordeu seu lábio inferior e abriu a porta de seu carro, vendo Sara dar a volta no veículo e entrar nele.

-- Precisamos conversar sobre isso. -- Ava disse assim que entrou no carro e fechou a porta, se virando para Sara. -- Eu paguei sua fiança completa. -- Disse de uma vez. Sara iria dizer algo, porém Ava foi mais rápida. -- Charlie vai se casar e achei justo ela desfrutar com Astra, sabe? Então falei para ela usar o dinheiro para isso.

-- Certo. -- Sara disse piscando um pouco embaraçada. -- Eu devolveria a ela o dinheiro, então o que daria a ela eu te dou.

-- Não quero de volta esse dinheiro. -- Ava disse e Sara a fitou seriamente. -- Por favor, não vamos nos tornar aquele casal clichê onde a rica e a pobre se desentendem porque uma quer ajudar e a outra não deixa. -- Ava pediu, se inclinando para depositar um beijo nos lábios de Sara.

-- É porque sou eu no papel da pobre. Não é tão simples quanto parece. -- Sara disse e Ava riu baixinho, assentindo.

-- Eu sei, mas, amor, eu te amo e você me ama. Você acabou de sair da cadeia e ainda não trabalha, não quero que fique pensando em me devolver um dinheiro que usei em meu benefício também.

-- Em seu benefício? -- Sara indagou e Ava assentiu.

-- É claro. Eu não vou precisar ficar indo te visitar na prisão toda semana. Posso te ver sempre que der saudade. -- Ela disse e Sara sorriu timidamente.

-- Certo, é só ir no endereço onde eu estiver. -- Sara deduziu e Ava mordeu o lábio inferior, fazendo Sara arquear uma sobrancelha por sua expressão. -- O que foi?

-- Uh, sobre isso de endereço... -- Ela disse, adentrando uma mão nos próprios cabelos para os jogar para trás. -- Eu gostaria que você ficasse comigo no meu apartamento. -- Sara arregalou os olhos de repente.

-- babe...

-- Calma! -- Ava pediu rindo. -- Não estou pedindo para pularmos um passo no nosso relacionamento, amor, não tenho pressa. -- Esclareceu
-- É só que... Charlie vai se casar em poucos meses e vai morar com a Astra. Não sabemos quanto tempo você vai demorar para se estabilizar, então acho melhor que fique comigo e, olha, pode até dormir no quarto de hóspedes como prova de que estou falando sério. -- Disse rindo. -- Aí quando estiver em um trabalho fixo e estabilizada você aluga algo para você e me larga de novo. -- Disse, fazendo um pequeno drama no final da frase, o que causou uma risada doce em Sara.

-- Jura que não vou te atrapalhar? -- Sara perguntou e Ava assentiu.

-- Não fale bobagens, eu adoro ficar pertinho de você. -- Ela disse, dando mais um selinho em Sara, que engoliu todo o seu orgulho antes de assentir.

-- Então eu aceito. -- Sara disse, vendo Ava socar o ar em uma comemoração silenciosa. -- Boba. -- Ela sussurrou, puxando Ava para um beijo manso, algo que obviamente a garota não protestou. -- Mas viremos aqui outro dia para agradecer a ela e conversarmos um pouco. -- Sussurrou sobre os lábios de Ava assim que terminaram de se beijar.

-- Combinado. -- A mais alta disse.

-- Além do mais meus livros e minhas coisas de lá ela vai me trazer. -- Sara falou e Ava assentiu.

-- Ótimo, agora vamos comer e comprar algumas roupas para você. -- O sorriso de Sara vacilou ligeiramente.

-- babe...

-- Amor, você não tem roupas. -- Sara sentiu seu rosto esquentar e afundou o mesmo na curva do pescoço de sua namorada.

-- Esse dinheiro pelo menos eu posso devolver mais para a frente? -- Pediu inalando o cheiro de Ava, que assentiu lentamente.

-- Mas você sabe que não precisa, não é? -- Ela disse e Sara assentiu, se ajustando no banco para voltar a fitá-la.

-- Mas eu me sentiria melhor se pudesse. -- Ela disse e Ava assentiu. -- Começando por essa roupa que você me comprou. -- Apontou para a própria roupa do corpo. -- Quanto custou? -- Ava entortou o rosto e negou com a cabeça.

-- Essa não vai contar. Você já aceitou. -- Ava rebateu.

-- Quanto, Ava? -- Sara requeriu firmemente e Ava mordiscou o lábio inferior.

-- Quanto custaria em um lugar normal? -- Ava perguntou e Sara riu.

-- Você pagou uma fortuna, não foi? -- Indagou e Ava assentiu cautelosamente.

-- É macia e de tecido bom, ainda por cima o material de confecção não causa alergias na pele.

-- Ava, pobre não tem alergia na pele por roupa barata. -- Sara disse rindo e Ava segurou em sua mão.

-- Desculpe. -- Pediu corando, porém ainda sorrindo.

-- Não se desculpe. Agora diga, quanto foi?

-- Não foi tão caro, digo... perto do que costumo, uh... -- Uma tosse seca foi proferida por ela, porém diante do olhar entediante e sério de Sara ela bufou. -- Está bem, setecentos dólares.

-- Ava! -- Sara vociferou. -- Alguém está te roubando nesse mundo. Setecentas pratas em uma camisa e uma calça?

-- Não reclame, tinha algumas com preços mais altos, mas sabia que você não iria aceitar.

-- E essa eu aceitaria?

-- Era a mais barata do lugar. -- Ava se defendeu.

-- A mercadoria inclui seguro de vida? -- Sara perguntou e Ava a fitou confusa, fazendo Sara suspirar antes de rir.

-- Olha, eu vou te ensinar uns lugares onde mesmo roupa boa pode ser barata, tudo bem? Você poderia ter encontrado por uns cento e cinquenta dólares e economizaria quinhentos e cinquenta pratas. -- Disse enlaçando os braços ao redor de Ava.

-- Desde que você não brigue comigo por te comprar roupas eu aceito o que quiser. -- Ava disse sorrindo.

-- Eu vou te devolver. -- Sara alertou e Ava riu.

-- Certo... Certo. -- Falou rindo, distribuindo pequenos beijos pelo rosto de Sara. -- Agora vamos.

-- Meu estômago agradece a preferência. -- Sara falou, fazendo Ava rir e assentir, ligando o carro e colocando o cinto antes de sairem dali.

𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮 Onde histórias criam vida. Descubra agora