Cap.23

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Maratona 3/3

-- Demorei? -- Sara perguntou rindo ao entrar na cela ainda de cabelos molhados e Ava sorriu, vendo Sara pegar sua escova de dentes e ir para o lavatório.

-- Eu devo beijar bem demais para você estar desesperada desse jeito. -- Ava disse, rindo com a língua entre os dentes ao ver Sara lhe fuzilar com os olhos. -- Só quis dar o troco, desculpe.

Ela voltou sua atenção para o livro que lia, mas a verdade é que não lia nada. Estava focada em como seu coração havia acelerado ao ver Sara entrar naquela cela e, não, não se tratava de sexo, senão de como seu coração vinha acelerando sempre que a menor se aproximava.

Um mês. Um longo mês, mês onde tudo poderia ter sido pior, porém Sara não deixara. Ela havia cuidado de Ava mesmo quando ainda usava a máscara de durona.

Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu sua cama se afundar e logo ela virou o rosto para Sara, que sorriu antes de enterrar o rosto em seu pescoço. Ela suspirou e fechou o livro.

-- Olha só quem está toda carinhosa. -- Ava falou rindo e logo resmungou ao sentir Sara mordeu seu ombro.

-- Não caçoe de mim. -- Sara reclamou e Ava se virou, enlaçando sua cintura com um dos braços.

-- Não estou caçoando, sua boba. -- Ava disse, dando-lhe um selinho demorado. -- Eu adoro você assim. -- Falou, pincelando seu nariz no de Sara.

-- Adora, hm? -- Sara falou, se inclinando para tomar os lábios de Ava em um beijo manso. A mais alta largou o livro e se entregou totalmente ao beijo, sentindo a textura daqueles lábios rosados e gelados pela recente escovação de dentes.

A língua macia de Sara se encontrava com a sua gentilmente, enquanto a mão da menor escorregava para baixo de sua blusa, arrastando as unhas delicada e vagarosamente por sua pele, fazendo seu corpo inteiro se arrepiar.

-- Temos uma hora até às policiais começarem a nos revistar para apagarem as luzes. -- Sara falou contra seus lábios. -- Tem certeza de que quer continuar isso agora ou prefere esperar? -- Ava a fitou intensamente antes de responder.

-- Uma hora dá para nos divertirmos bastante, não acha? -- Ava perguntou e Sara assentiu, se desvencilhando dela antes de prender o famoso lençol nas grades e retirar sua blusa, deixando o sutiã preto à mostra para então voltar a se deitar, desta vez sobre Ava, colando suas bocas sem perder tempo.

A mais alta sentiu uma sensação estranha em seu estômago e abriu os olhos sem deixar de beijar Sara, vendo o rosto branco e extremamente delicado colado ao seu, os olhos fechados, destacando os cílios pretos e perfeitamente projetados; Ela tinha uma expressão de pura satisfação em seu rosto enquanto se beijavam e os cabelos molhados caíam sobre seus ombros. Bem ali Ava soube: Ela estava ferrada.

o toque singelo e suave de Sara por dentro de sua camisa fez Ava sentir-se flutuar, fechando os olhos unicamente para deixar-se sentir as sensações novas que seu corpo estava lhe proporcionando. Sara se debruçou mais sobre si e começou a distribuir pequenos e delicados beijos por seu maxilar, migrando para seu pescoço, fazendo Ava alçar ligeiramente o pescoço para dar acesso total à menor.

Seu coração batia freneticamente e ela tentou disfarçar o fato de que jamais se sentira assim antes. Ali não era só tesão, havia algo mais, algo que seria melhor se Ava não sentisse, porém era tarde demais. Aquilo já havia consumido cada fibra de seu ser.

A mais alta arfou quando Sara prendeu de leve a carne de seu pescoço entre os dentes antes de deslizar a língua até o lóbulo de sua orelha, fazendo seu centro pulsar. Suas mãos, que até ali estavam comportadas, foram para as costas de Sara, soltando o fecho do sutiã da menor para então arrastá-lo vagarosamente por seus ombros, fazendo Sara levantar seu tronco para Ava puxar a peça para seus braços. Ela tirou o sutiã de seus braços e foi pega de surpresa quando Ava a virou na cama, tomando a posição de cima para si. Ela foi se levantar para remover a camisa, porém esqueceu que era beliche e acabou acertando a cabeça no estrado de cima, levando uma mão até a cabeça antes de proferir um "ouch."

𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮 Onde histórias criam vida. Descubra agora