-- Eu já disse que você tem que se calar. -- Ava repreendeu após longos minutos de discussão com sua irmã. -- Depois do que você fez...
-- E o que eu fiz? -- Diana indagou irritada e Ava riu com escárnio.
-- Não se faça de sonsa, garota. -- Ava disse. -- A minha conversa com você eu deixo para depois. Agora vou levar a mamãe.
-- Você não vai, sua idiota!
-- Diana Isabela, por que está falando assim com a sua irmã? -- Pamela indagou ao voltar já pronta para o local e a garota respirou fundo.
-- Mãe, você não precisa ir com ela. Você está bem! -- Diana disse.
-- Não. Ela não está e você sabe disso. -- Ava retrucou. -- Qual é a droga do seu problema, Diana? Está esperando que o episódio se repita?
A garota então se calou, fitando o chão por segundos intermináveis.
-- Não posso deixar que tire a mamãe de mim. -- Ela disse finalmente em um tom baixo, todavia, desesperado. -- Eu só tenho ela. O papai se foi...
-- Só vou ao médico, querida. Não exagere. -- Pamela disse rindo.
-- Não, mãe. Ela vai te internar. Ela quer te trancafiar num maldito sanatório. -- O sorriso de Pamela morreu ao ouvir a voz firme de sua filha. A mulher piscou confusa e se virou para Ava.
-- Não. -- Ela disse. -- Nós só vamos ao médico, não é, querida? -- Pamela perguntou e Ava suspirou.
-- Você não devia ter feito isso. -- Ava disse irritada para Diana. -- Mãe, escuta, você precisa ficar lá por um tempo.
-- Não. -- Pamela disse sentindo a irritação a inundar. -- Eu não preciso. -- Falou magoada. -- Não acredito que me apunhalaria pelas costas. -- Ela disse, começando a negar com a cabeça freneticamente conforme seu corpo começava a tremular de raiva. -- São eles. Sempre eles... Esses malditos demônios que querem me ver morta, filha. Eu não sou louca. Não sou... Você sabe, não sabe? -- Ela indagou, fazendo Ava assentir.
-- Você só precisa de ajuda, mãe, e está tudo bem isso. Todos nós precisamos em algum momento da vida. -- Ava disse, sacando o celular de sua bolsa para chamar uma ambulância.
-- O que está fazendo? -- Diana indagou.
-- Concertando novamente as merdas que você faz. -- Replicou.
-- Não sou louca. Não sou. -- Pamela repetiu negando ainda com a cabeça freneticamente. -- Foi só ficar longe de mim que você se transformou em uma cobra, uma falsa que quer me destruir, acabar com a minha vida. -- Pamela disse irritada, elevando o tom de voz. -- Você se aliou com eles para me matar. Sua perdida, infeliz...
Ava sabia que aquela não era a sua mãe, era só alguém tentando atingi-la, porém não conseguiria, afinal ela já estava acostumada. Assim que finalizou a ligação ( apesar da tentativa de Diana para que ela desligasse ) ela fitou novamente sua mãe.
-- Maldita filha que eu fui ter...
-- Titia? -- A voz fina vinda do topo da escada fez Ava se apavorar. Ela sabia que a qualquer momento Pamela começaria a jogar coisas nela.
Tal pensamento a fez subir as escadas as pressas e pegar Violet no colo, descendo com ela antes de correr em direção ao primeiro empregado que encontrou pelo caminho. Ela sentia sua mãe correr em seu encalço, mas sequer olhou para trás.
-- Preciso que se tranque no meu carro com ela e só saia de lá quando eu ir avisar. -- Ava disse, entregando a garota rapidamente para a mulher e pegando sua chave de seu bolso para logo fazer o mesmo com ela.
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𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮
RomanceO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo Inocente? Ava Sharpe não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melho...