Ava havia procurado Sara por toda a prisão, porém só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Sara.
A loira estava entretida com alguns novos livros que havia chegado para ela aquele dia e sequer reparou que estava sendo observada. A mais alta respirou fundo e arrumou a postura.
-- Toc Toc? -- Ela disse e Sara ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. -- Podemos conversar?
-- Claro. -- Sara disse sorrindo de canto e Ava se sentou em sua cama.
-- Por que se senta no chão? -- Ava perguntou.
-- Não gosto de usar sua cama sem permissão.
-- Não seja boba. Não gosto que se sinta desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. -- Ava falou e Sara assentiu.
-- Obrigada. -- Disse. A mais alta umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Sara permanecera no chão.
-- Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Mona disse. -- Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Sara estacou no lugar.
-- Não precisamos. -- Sara disse e Ava assentiu.
-- Sim, eu sei, mas eu quero. -- Ela falou e Sara abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada.
-- Pois bem, diga. -- Sara disse e Ava fez uma careta.
-- Isso está estranho. -- Ava falou e Sara ergueu seu rosto, fitando-a.
-- Demorou para perceber. -- Sara disse e logo umedeceu os lábios. -- Eu disse que era melhor mantermos a distância e...
-- O quê? -- Ava perguntou e logo riu. -- Não. Não me refiro a nós. -- Falou, se sentando no chão ao lado de Sara.
-- E então? -- A loira indagou.
-- Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. -- Ela falou, retirando os livros do colo de Sara para então se sentar sobre ele. -- Gosto de ficar pertinho assim. -- Falou com doçura e Sara sorriu timidamente.
-- Gosta? -- Questionou e Ava assentiu.
-- Gosto muito. -- Confessou e Sara sentiu suas mãos começarem a suar. -- Sara, eu acho, uh... Não! não acho... Eu sei... -- Se corrigiu. -- Que eu estou...
-- Mona ficou lá fora sozinha? -- A loira indagou e Ava ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.
-- Eu estou apaixonada por você. -- Ava disse, não dando espaço para Sara mudar de assunto. -- Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. -- Sara se remexeu inquieta embaixo dela.
-- Você não deveria, babe. -- A voz de Sara não passou de um sussurro e Ava comprimiu os lábios, assentindo.
-- É... Eu não deveria, eu sei. -- Falou. -- Mas me apaixonei. O que posso fazer?
-- Tentar se afastar de mim. -- Sara disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.
-- Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. -- Ava disse veemente ao separar-se do beijo casto. -- Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.
-- Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? -- Sara indagou e Ava riu graciosamente, assentindo.
-- Sim, mesmo gostando de conversar com ela. -- Ava disse e Sara a fitou.
-- Não precisava ter me dito isso. -- Sara falou e Ava sorriu.
-- Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. -- Ava confessou e Sara franziu os olhos.
-- Duvido.
-- Não duvide de mim. -- Ava falou. -- E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. -- O coração da loira bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. Ava dizia a ela algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. -- Inclusive ela acha que você é muito linda e que eu tenho bom gosto.
-- Jura que falou para ela de mim? -- Sara perguntou e Ava assentiu.
-- Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? -- Ava perguntou brincando e Sara riu, negando.
-- Não deveria ter ciúmes de ninguém, babe. -- Sara falou, abraçando o corpo em cima de si. -- Não tenho olhos para mais ninguém. -- A mais alta mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Sara entre os seus.
As mãos de Sara puxaram Ava mais para seu corpo enquanto a língua da mais alta pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de Ava quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.
-- Como me excita tão rápido, hein? -- Sara perguntou e Ava sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.
-- Faz carinho em mim, faz? -- Ava sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Sara, guiando-a para o meio de suas pernas.
-- Alguém pode passar, Ava. -- Sara disse e Ava arrastou os dentes no pescoço de Sara mansamente.
-- Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... -- Sussurrou. -- Me excita em tantos graus.
Sara estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a mais alta? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.
-- Eu vigio. -- Ava falou, pegando novamente uma das mãos de Sara e a guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. -- Faz carinho, babe? -- Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Sara começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.
-- Tão molhada já... -- Sara falou e Ava fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Sara em sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e a visse se movimentando sobre Sara com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.
-- Aposto que está tão molhada quanto eu. -- Ava murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Sara deslisarem para seu interior. -- Oh... Sim!
-- Não me canso de ouvir os seus gemidos, Ava... -- Sara murmurou e a mais alta não resistiu em começar a se movimentar de encontro ao dedos de Sara.
-- Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... -- Ava murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.
-- E eu queria poder namorar com você. -- Sara falou, fazendo Ava a fitar boquiabierta. -- Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca.
-- Sara... -- Ava diria algo a respeito, porém os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. -- Vigia para mim... Acho que vou... gozar. -- Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Sara.
A loira olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Sara sentiu o interior de Ava apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris, incentivando o orgasmo a vir.
A mais alta sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Sara para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Sara e ela afundou o rosto no pescoço da loira, se deixando ali.
-- Eu gostaria de namorar você. -- Ava murmurou e Sara retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça, abraçando o corpo mais alta.
-- Eu sei. Eu também. -- Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮
RomanceO que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo Inocente? Ava Sharpe não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pagar o melho...