Cap.29

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Último de hoje amores😌

Prometo que não vou demorar pra atualizar.
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-- Quero dizer que fui presa pela falta de opções e pelo desespero momentâneo. -- Ela disse.

-- Conta para mim? -- Ava perguntou e Sara assentiu. Desde sempre Ava a fazia desejar compartilhar sua vida e seus pensamentos com ela. Algo na garota era simplesmente cativante aos seus olhos. Aliás, algo não, tudo nela era cativante aos seus olhos.

-- Meu avô voltou a ter tosses fortes e a cuspir sangue, o que fez eu me desesperar por dinheiro. Tentei de tudo, inclusive pedi em redes sociais, mais era um valor muito alto, nem se eu trabalhasse anos conseguiria.

-- Você... roubou? -- Ava indagou e Sara suspirou.

-- Começou a aparecer uns babacas oferecendo dinheiro para transar comigo e aquilo me deu muita raiva. Quem faria aquilo? Eu disse que meu avô estava morrendo e eles me tratando como prostituta, então passei o número da conta para eles e disse que iria. Trocamos mensagens e enviei fotos de mulheres nuas que achei na Internet para enganar que era eu. Eu estava com raiva... Desesperada. -- Sara disse com mágoa na voz antes de umedecer os lábios. -- Eles mandaram na minha conta o dinheiro e eu bloqueei eles e vi que o dinheiro vinha fácil. Era de mil dólares para cima, então comecei a fazer isso sempre.

-- Sabe que é compreensível na hora do desespero, não é? -- Ava disse ao ver o auto-desprezo no olhar de Sara.

-- Não, Ava, não é. -- A menor disse sentindo sua garganta se fechar. -- Faltava tão pouco dinheiro, tão pouco... Mas ninguém mais mandou dinheiro em minha conta e acabei marcando encontro com um deles. Eu o embebedei muito e furtei seu relógio, que eu sabia que valia a quantia que faltava. -- Ela riu com desgosto. -- Fui presa por furto e, com as acusações em meu nome, adicionaram a pena de estelionato.

-- Eu sinto muito. -- Ava disse e Sara negou com a cabeça.

-- Não sinta. Fui estúpida e acabei tendo todo o dinheiro congelado, o que resultou na morte do meu avô assim que eu fui presa. -- Ela falou com pesar. -- Ele morreu com a imagem de uma maldita neta criminosa.

-- Sara, não! -- Ava disse, levando uma mão ao seu rosto. -- Não pense assim, por favor. -- Pediu. Ela estava odiando ver a menor se sentir daquela forma. -- Aposto que ele sempre se orgulhou muito de você e deve ter imaginado que você queria o dinheiro. Ele te conhecia... -- Os olhos azuis se focaram nos acizentados e mesmo na penumbra do local elas se viam nitidamente.

-- Você acha? -- Sara indagou. -- Eu nunca tive a chance de explicar. Eu...

-- Ele sabia. Tenho certeza. -- Ava disse, se aconchegando mais nos braços de Sara. -- Eu, que te conheço há pouco, saberia, imagina seu avô que com certeza viu seu esforço por ele ao longo dos anos. -- A menor suspirou e apoiou sua testa na de Ava, fechando os olhos ao sentir a carícia da loira em seu rosto.

-- Eu fui liberada para ir no enterro dele. -- Sara disse baixinho. -- Fui algemada, mas estive lá. Pedi perdão... Espero que ela tenha me perdoado.

-- Ele não tem do que te perdoar, amor. -- Ava sussurrou, fazendo Sara abrir os olhos ao ouvir a loira proferir aquela palavra. -- Aposto que se ele pudesse, ele te agradeceria por colocar a vida dele acima de todo o resto e lutar por ele.

-- Obrigada. -- Sara disse, dando um meio sorriso. -- Eu acho que quero te beijar... -- Ela sussurrou e Ava sorriu.

-- Só acha? -- Ava perguntou, deixando um bico manhoso enfeitar seus lábios. A menor sorriu abertamente.

-- Eu tenho certeza de que quero te beijar. -- Sara corrigiu.

-- Está esperando o quê? -- Ava indagou e Sara sorriu, se inclinando para capturar os lábios macios da loira entre os seus. Ava riu entre o beijo ao sentir Sara mordiscar seu lábio inferior e levou sua mão até a cintura de Sara, apertando-a.

-- Eu passaria o resto da vida com você assim... -- Sara falou com a voz meio abafada e Ava suspirou.

-- Não entendo como você é a líder disso aqui... -- Ava disse e Sara riu.

-- Quando eu te contar você não vai acreditar. -- Ela falou, descendo beijos pelo pescoço da loira, que arfou e fechou os olhos.

-- Você disse "Quando"? Isso quer dizer que vai me contar? -- Ava perguntou e retesou os músculos do abdômen quando as mãos de Sara adentraram sua camisa e acariciaram a região.

-- Sim... Não vou te esconder mais nada. -- Sara falou, sentindo Ava segurar sua mão, que migrava para seus seios.

-- Então me conta agora, babe... -- Ava pediu com a voz dengosa e Sara franziu o cenho.

-- Agora? Não podemos transar rapidinho antes? -- A menor perguntou e Ava sentiu seu centro avisar que ela estava excitada.

-- Eu adoraria, mas quero saber. -- Ava falou com muito esforço e a menor negou.

-- Preciso conversar com alguém antes... -- Sara disse e Ava franziu o cenho. -- Mas juro que vou te contar.

-- Não pode dizer nem uma prévia? -- Ava perguntou mordendo o lábio inferior e Sara riu.

-- Não seja curiosa, eu te direi, mas não agora. -- Ela avisou e Ava entortou o canto dos lábios. -- Vamos lá, não faça essa cara. Vou confiar em você mais do que em qualquer pessoa nessa prisão.

-- Até mais que em Astra? -- Ava indagou confusa.

-- Sim. Ela não sabe por que vim presa. Não gosto de falar disso. -- Sara informou e Ava assentiu, envolvendo os braços ao redor do pescoço de Sara.

-- Então acho que vou aceitar a proposta de transarmos... -- Ava murmurou. -- Mas nada de rapidinho não. Quero fazer amor com você por horas... -- Sussurrou contra os lábios da menor.

-- Fazer amor, hm? -- Sara indagou alegre e Ava assentiu.

-- Sim... Quero transar com carinho... -- Ela murmurou e Sara sentiu sua respiração acelerar ao ouvir o tom de voz de Ava.

Ela engoliu em seco e apenas assentiu, afundando sua língua na de Ava com paixão e lentidão, sentindo seu coração bater não só descompassado, senão feliz também.

Estava com quem queria e, apesar de estar presa, vivia finalmente um momento feliz em sua miserável vida.

𝙿𝚛𝚎𝚜𝚊 𝙿𝚘𝚛 𝙰𝚌𝚊𝚜𝚘 -𝓐𝓿𝓪𝓵𝓪𝓷𝓬𝓮 Onde histórias criam vida. Descubra agora