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WOOYOUNG


Espero Yeosang do lado de fora da arena o tempo suficiente para devolver a camisa e o assegurar que eu estou bem para ir embora desse lugar o mais rápido possível. Yeosang vem ao meu encontro, mais tenso do que quando o deixei para seguir para o vestiário.

O vestiário.

Não quero pensar no vestiário. Nem no que aconteceu nele.

Meu irmão parece preocupado, o que é esperado vindo dele, mas não é como se eu fosse contar para ele o que aconteceu, então agradeço pela camisa e o deixo para curtir o resto do jogo com seu melhor amigo.

Que eu beijei.

Eu beijei o San.


Assim que chego ao meu dormitório, tranco a porta e acendo a luz da mesa de estudos, me jogando na cama com o rosto enterrado no travesseiro, minhas mãos ainda estão razoavelmente trêmulas, e quando estava vindo até o dormitório me controlei muito para não reviver o momento com San, mas agora sozinho, não consigo não pensar sobre ele. Meu estômago está fervilhando e a adrenalina em meu sangue fluindo de um jeito que não consigo permanecer quieto.

Como nunca senti.

É só química. Lembro a mim mesmo, mas não adianta muito.

Não sei explicar o que me possuiu para invadir o vestiário, mas vendo a forma como seu semblante transtornado deu lugar a surpresa e, em seguida a um suave sorriso, meu cérebro entrou em curto circuito. Antes mesmo que eu pudesse pensar direito, eu já estava de joelhos e tocando seu rosto.

Uma onda de nervos hiper cientes passa por mim. Ele me beijou. Me lanço para fora da cama, começando a andar de um lado para o outro, literalmente sentindo minha pele vibrar. Ele me beijou, isso realmente aconteceu.

Não sei como, mas começo a rir, vagamente familiar com a sensação de descontrole emocional em que me encontro, deveria estar fazendo algo com a bagunça que está a minha mente. Controlar as minhas emoções é o meu forte, mas nesse momento nem todo autocontrole que eu aprendi ao longo dos anos me ajuda.  É como se todos os botões da minha mente tivessem sido apertados de uma vez só. Agarro o travesseiro e me afundo na cama mais uma vez.

Uma batida suave vinda da porta desperta minha atenção. O sorriso bobo desbota da minha boca e eu fito a madeira.

Outra batida.

Wooyoung?

Jesus amado! É ele.

Estou ridiculamente feliz por reviver o beijo no vestiário, mas não quero ver ele. Como ele espera que eu o encare depois do que aconteceu?

ㅡ Eu sei que você está ai. ㅡ Ele poderia estar mentindo. ㅡ Eu ouvi você rindo.

Respirando fundo, tomo coragem para andar até a porta e abri-la.

Grande erro.

San esta vestindo um blazer cinza por cima de uma camisa branca social. Nunca acreditei na noção de que certas coisas poderiam fazer alguém parecer mais atraente, mas a visão de Choi San vestido socialmente...

ㅡ Porra. ㅡ Me apreço para fechar a porta, mas o reflexo dele é impressionante. Suas mãos espalmam contra a madeira, bem próximo da minha cara. Mãos que estavam em mim a momentos atrás. Olho para cima, o band-aid cobrindo sua sobrancelha e senhor amado, não sinto minhas pernas...

ㅡ E-e-eu... e-e-e-u-u.

Respira... ㅡ ele pede.

Respiro fundo, inalando profundamente. San abre a porta completamente, mas não da nenhum passo para dentro.

The thin ice; woosan Onde histórias criam vida. Descubra agora