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NA: nenhuma associação aqui é real. Menção a abuso psicológico e violência tem correlação com os artistas presentes na trama. Aproveite 💗


WOOYOUNG



– Consegue mover os dedos? – A voz doce do doutor Seungsik me pergunta. Ele retirou o meu gesso depois de dois meses andando pra lá e pra cá com a peça para que ajudasse meu osso a colar.

Devagar eu testo meus dedos, movendo-os devagar. Os olhos da minha mãe encontram os meus e ela sorri, apertando a minha mão.

– Muito bem, Wooyoung. A fisioterapia está ajudando bem sua recuperação, sua perna está quase novinha em folha.

– Quando eu vou poder treinar? – Pergunto quando ele me ajuda a sentar. Lanço um olhar para a minha perna, enfaixada com uma camada de gases e pronta para receber a bota. As muletas continuam.

– Dê mais alguns meses pra começar com os treinos leves, nada de saltos. Não queremos que seu osso saia do lugar novamente.

Eu suspiro. Já sabia disso, mas a ideia de ficar longe da patinação por mais uma temporada ainda não se assentou direito. Diariamente recebo mensagens da minha equipe perguntando como eu estou e mandando lembranças, mas não é a mesma coisa. Sinto falta dos encontros pós treinos e dos treinos pesados de Minho.

– Tudo bem. Obrigado Seungsik. – Agradeço.

Uma enfermeira me ajuda a vestir a bota ortopédica e a me apoiar na muleta, e sem o gesso eu me sinto mais leve.

– Vou prescrever alguns remédios pra dor, e conversar com sua fisioterapeuta para avançarmos na sua agenda. – Eu assinto. – Não vamos deixar você parado, não se preocupe.

– Certo.

Depois da consulta, mamãe continua falando com ele mais um pouco recebendo orientações de cuidados agora que estou sem o gesso. Mando uma mensagem para San, avisando que já acabei. Ele está na sala de espera junto com Yeosang e depois da consulta estamos indo para o campus para a festa de celebração das finais do campeonato de hóquei da universidades.

Todos os times foram convidados e como Dongguk tem o maior campus, o festival de música e bebida grátis vai ser feito no nosso. Assim que mando a mensagem para San, entro no chat de Seungwoo.

Wooyoung: Ei, perdedor. Que horas vocês vão chegar?

Estou rezando para não encontrar com o time de hóquei de Busan hoje a noite, mas vai ser muita gente e a probabilidade de trombar com Vernon novamente é tão grande quanto uma ervilha.

Seungwoo me responde na mesma hora.

Seung: Já saímos, leãozinho.

Reviro os olhos, guardando o celular no bolso.

– Muito obrigada por cuidar do meu Wooyoung, doutor. – Minha mãe agradece.

– Só fazendo o meu trabalho. – Seungsik diz. – Até daqui a três semanas, Wooyoung?

– Até, Sik. – Aceno, saindo do consultório com a minha mãe. – Os meninos estão no saguão.

– Vamos lá.

Assim que saímos do hospital, Yeosang só passa em casa para deixar a mamãe e seguimos para o Campus da Dongguk. As aulas tinham retornado uma semana atrás, mas eu estava sob atestado e fiquei em casa recebendo meus trabalhos pelo e-mail. San teve que voltar se quisesse se formar no final do semestre, infelizmente ser um astro do time não lhe dava notas boas nas matérias, afinal.

The thin ice; woosan Onde histórias criam vida. Descubra agora