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CHOI SAN

Não consigo evitar o sorriso ao contemplar a placa dizendo "propriedade do Wooyoung" que Yeosang está segurando no saguão do aeroporto assim que desembarco. E meu sorriso praticamente rasga minha bochecha quando eu vejo o tom que eu amo nas bochechas do meu namorado emburrado ao lado do irmão.

Finalmente. Depois de duas semanas que pareceram um inferno. Depois do que aconteceu com ele, e do tempo longe um do outro. Se o acidente na pista de gelo não tivesse acontecido eu o teria convidado para ir para Nova York comigo, mas foi tão rápido que eu mal tive tempo para pensar. E durante a minha estadia na América do Norte,  tive a impressão que ele estava fazendo de tudo para não me preocupar.

Quando me aproximo deles, que ainda não me notaram, me seguro para não fazer algo muito idiota como correr para ele em câmera lenta. Eu forço meus pés a ficarem no ritmo que estão, Wooyoung está com a cabeça baixa, olhando para o celular.

Meu celular vibra no meu bolso.

Wooyoung: Já chegou? Estou com o Yeosang esperando você no portão principal.

Quando me aproximo, Yeosang é o primeiro a me notar, mas eu levo meu indicador aos meus lábios.

– Oi, príncipe. – Wooyoung faz menção de pular para trás, mas como ele está apoiado nas muletas, eu adianto seu movimento e o seguro pelos ombros. – Cuidado.

– San! Que susto! – Eu sorrio, largando a minha mala e o abraçando. Espero que ele não se importe com as 17 horas no avião. Um suspiro deixa sua boca e seu corpo relaxar contra o meu, seus braços alcançando as minhas costas. Com cuidado, eu o aperto.

– Senti sua falta.

– Eu também. – Ele murmura contra o meu ombro.

Yeosang pigarreia, e eu lanço um olhar para o meu melhor amigo.

– Oi San, lembra de mim? Seu melhor amigo?

– Como é seu nome mesmo? – Eu brinco, recebendo o seu dedo do meio.

– Babaca.

Wooyoung ri, ainda em meus braços e como é bom ouvir a sua voz sem estar do outro lado do mundo. Ignorando Yeosang, viro meu rosto para o meu namorado mais uma vez, o curativo na testa não está mais presente como da última vez que eu o vi, e seu cabelo cobre a pequena cicatriz que ainda não fechou totalmente. Minhas mãos seguram seu rosto. Foram momentos horríveis quando eu pensei que nunca mais olharia em seus olhos ou tocaria seu rosto.

– Como você está?

– Estou bem, Sannie. – Ele responde sorrindo. – Vamos pra casa?

– Porra, mal posso esperar pra ir pra casa com você. – Ainda faltam alguns dias para as aulas voltarem, então vou ficar com a família Kang até o retorno.

– Com licença, Choi San, – A voz autoritária de Yeosang chama minha atenção. – mas pode tirar o cavalinho da chuva porque o Wooy ainda ta machucado se você não se lembra, então tire esses pensamentos sujos da cabeça.

E, Oh, olhe isso, Wooyoung ainda fica coradinho com as insinuações.

– Machuquei a perna, Yeosang. Não estou morto – Wooyoung diz, recebendo um olhar incrédulo do irmão que nos dispensa com um aceno, agarra a minha mala e sai a arrastando resmungando sobre a leviandade dos jovens de hoje. Eu rio – E você, engraçadinho, nada de sexo na casa dos meus pais.

Agora isso tem a minha atenção.

Meus lábios se repuxam em um sorriso ladino.

– Quanto tempo isso durou na última vez antes de você ceder?

The thin ice; woosan Onde histórias criam vida. Descubra agora