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CHOI SAN


Acordo lentamente do pior pesadelo que já tive, me sentindo um pouco lento e pesado por alguma razão, e acompanhado de um gosto azedo na boca, apenas para descobrir que não se trata de um pesadelo e na verdade, as luzes claras demais e o colchão não são do meu quarto, e sim de um leito de hospital.

O que estou fazendo em um hospital?

Eu odeio hospitais.

Desde a morte da minha mãe, confesso que prefiro ficar com o meu braço, perna, ou o que for quebrado do que ter que visitar um médico para o conserto. Odeio médicos. Não só de pessoas em jalecos, - e isso é engraçado, tendo em vista que meu melhor amigo em breve vai ser um deles - mas principalmente desse ambiente, desse cheiro de produtos químicos, limpeza e morte. Pisco contra as luzes, tentando focar minha visão ainda um pouco embaçada, me perguntando o que me fez parar no hospital. Uma queda brusca no gelo? Uma concussão?

Por um segundo de sonolência não sei o que estou fazendo aqui, mas assim que meus olhos se abrem totalmente e focam no teto branco, no ventilador girando fracamente nitidamente, e uma voz conhecida preenche o ambiente, sou lembrado do que aconteceu. Da realidade.

Wooyoung caindo não foi um pesadelo. Eu desmaiando no estacionamento seja por uma queda de pressão ou passamento também não foi alucinação minha.

Yeosang está meio sentado meio deitado em um ângulo estranho, a cabeça pendurada com seu queixo encostando no tórax, os olhos fechados enquanto ressona baixinho. Jisung e Minho estão amontoados em uma poltrona, conversando baixinho entre si. A cena é fofa, com meu amigo sentado no colo do Lee para compartilharem o espaço pequeno, finalmente acho que eles são um casal. Depois do pequeno show que Jisung fez no último jogo, e Minho aceitou sair com ele, eles estão mais próximos e posso sentir a relação nascendo entre eles. Mas a cena faz meu coração apertar, porque automaticamente eu penso em Wooyoung e mais uma vez, a cena no gelo se repete.

Foi tão rápido, tão duro. Mal tive tempo de reagir antes que ele estivesse fora, antes de apagar também. Sinto que tem muita coisa dentro de mim, gritando, puxando e querendo rasgar para fora, mas respiro fundo, com medo de desmaiar novamente.

Eu me movo na cama, notando o acesso no meu braço conectado a um equipo com soro pingando lentamente. O meu movimento chama atenção do casal conversando e eles pulam de pé, vindo até mim.

ㅡ Caralho, seu idiota! ㅡ Jisung bate no meu braço. ㅡ Que susto você me deu desmaiando daquele jeito.

ㅡ Desculpe, ㅡ Eu digo ㅡ que horas são?

Minho olha no celular as horas, franzindo o cenho. Ele parece cansado e abatido quando me lança um olhar.

ㅡ Três da manhã, você deveria voltar a dormir.

ㅡ Eu fiquei desacordado por cinco horas?! ㅡ Eu falo, exasperado. Mas que droga?

ㅡ Na verdade, você acordou depois que te acordaram do desmaio, mas estava muito agitado e o médico te colocou pra dormir antes de você ter outro colapso nervoso. ㅡ Minho diz, dando de ombros.

Eu pisco, atordado com a revelação e miro Yeosang.

ㅡ Ele está ai a quanto tempo?

ㅡ Desde que ele também deu um show querendo ver o Wooyoung e deram um calmante pra ele ㅡ  Jisung diz, sorrindo forçadamente.

ㅡ Acontece que só a equipe pode entrar no centro cirúrgico. Os pais dele mandaram ele ficar com você enquanto não temos notícias. ㅡ Minho acrescenta.

The thin ice; woosan Onde histórias criam vida. Descubra agora