It's show time

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22 de março de 2025 – Aincrad/ 35° andar, Mishe

>Ponto de vista do Nautilus<


A luz alaranjada do pôr do sol tomava conta do andar. Ao olhar para cima o fundo do andar 36 refletia a luz, espalhando-a para todas as direções. Eu observava tal cenário sentado num banco na praça principal de Mishe ao lado de Yuna.

Um mês se passou desde que boa parte dos andares deixou de ser seguro. Hoje de manhã a linha de frente foi emboscada e duas pessoas morreram. Ao contrario de nós, os jogadores vermelhos estão adorando este cenário...

Um suspiro amargo deixou minha boca. Senti a pequena mão de Yuna sobre a minha e virei minha cabeça para o lado. Ela tinha cabelos curtos na altura do pescoço. Ela havia tingido seu cabelo de marrom-chá com uma tinta rara a alguns dias. Usava um capuz branco com uma túnica vermelha escura, no entanto, sua vestimenta principal era um vestido de uma peça em azul royal vivo com babados e fivela dourados, indicando a raridade e alto valor de defesa de sua armadura de tecido.

Sua roupa era complementada por uma capa e alaúde brancos, um chapéu de penas brancas puras em sua cabeça e uma adaga ao lado direito de sua cintura, dando-lhe a imagem de um trovador.

— O que foi? Você está bem? — ela perguntou preocupada.

— Estou bem. Estou apenas um pouco cansado — respondi com um sorriso. — Foi um longo dia... — suspirei.

— O que aconteceu? — ela segurou minha mão gentilmente.

— Você provavelmente soube o que aconteceu hoje de manhã quando tentamos explorar o andar 77...

— Sabe que pode me contar qualquer coisa, não é? — ela sorriu gentilmente.

— Eu sei... — entrelaçamos nossas mãos. Ela deitou sua cabeça sobre meu ombro e respirou fundo.

O vento soprou levantando as folhas caídas na rua. Senti como se um grande peso estivesse sendo tirado das minhas costas e sendo carregado pelo vento. Como ela consegue fazer isso? Eu então fechei os olhos e relaxei os ombros.

— Sente-se melhor? — ela murmurou.

— Sim... — ela então começou a cantarolar algo. Sua doce voz preencheu meus ouvidos. Me senti como se estivesse flutuando no ar enquanto a ouvia.

O badalar do grande sino na torre da igreja que ficava do outro lado da praça começou marcando às seis horas. Abri meus olhos e percebi que a cor vermelha alaranjada começou a desaparecer. As luzes dos postes na rua então começaram a ascender uma a uma.

De repente os jogadores que cainhavam pela praça pararam repentinamente. Uma janela apareceu na frente deles fazendo-os ficar com uma expressão confusa, depois em choque e por último pânico. Antes que eu pudesse pensar qualquer coisa a mesma janela apareceu na minha frente. Era uma mensagem do GM.

"Você não está mais numa área segura", ela dizia. Dei um pulo no banco fazendo Yuna levantar. Ela me olhou confusa, mas assim que viu a mensagem na janela a minha frente ela apertou minha mão com força.

O badalar dos sinos então parou. Um silêncio sufocante se formou na praça, mas ele logo desapareceu dando lugar ao desespero dos jogadores. Yuna e eu rapidamente nos levantamos do banco. Se este andar deixou de ser uma área segura então quer dizer que...

— Hahahahahaha! — uma risada histérica e entusiasmada como uma metralhadora ecoou na praça fazendo. Rapidamente me virei para trás e vi vários jogadores surgindo na praça a partir de um pilar de luz azul claro. Todos usavam trapos e armaduras velhas. Alguns deles com os cursores laranja sobre a cabeça e outros com cursores vermelhos. — Boa noite a todos... — disse o dono da risada. Ele usava um poncho escuro com um capuz que o cobria até os joelhos e empunhava um cutelo em sua mão direita. Ele então ergueu sua mão esquerda e jogou o capuz para trás revelando seu rosto. PoH — Desculpe atrapalhar, mas tenho um anuncio para fazer... — os vinte jogadores atrás dele então começaram a rir. Rapidamente levei minha mão direita até a espada que pendia meu lado esquerdo, segurando-a com força. — Its... SHOW TIME! — ele gritou animadamente apontando o cutelo para frente. Os jogadores atrás dele então atacaram.

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