21 de junho de 2025/ Aincrad – 61° andar, Selmburg
>Ponto de vista da Lio<
Algum tempo havia se passado desde a reunião na praça do teletransporte. Entrei em casa dando largas passadas pela sala e me joguei no sofá sem retirar o equipamento. Um suspiro deixou meus lábios enquanto cobria meus olhos com meu ante braço direito. A manopla de cor verde esmeralda fez um barulho abafado. As luzes estavam apagadas e eu não as atenderia só para me trocar. Ficarei aqui por um tempo...
Mais um suspiro deixou meus lábios. Tentei limpar minha mente enquanto me minha respiração ficava mais e mais lenta. Senti minha consciência oscilar e então antes que percebesse, adormeci... ou quase.
Toc, toc.
Alguém bateu na porta. Ignorei e tentei relaxar mais uma vez.
Toc, toc.
Bateram forte desta vez. Cerrei meus dentes. Eu disse para eles mandarem qualquer dúvida por mensagem, não para virem aqui...
Antes que eu tivesse a chance de tentar ignorar a pessoa chata bateu na porta mais uma vez. Bufei enquanto me levantava do sofá e caminhava em direção a porta. Segurei a maçaneta com forca e abri a porta.
Na frente da minha casa estava um jogador alto. Cabelos verdes com um corte degrade nas laterais da cabeça; sua franja caia até o meio testa, mas apenas do lado esquerdo do rosto. Um rosto bonito do tipo que faz as garotas suspirarem e um olhar afiado e sério com olhos verdes musgo. Flint, um dos, se não o melhor usuário de lança em Aincrad.
Ele vestia uma camisa de manga média com um peitoral de aço negro fosco sobre ela com o desenho em alto relevo de dois ramos de oliveira acima da cabeça de uma águia de asas abertas. Usava também luvas de couro que subiam até os cotovelos além de calças de couro e botas que subiam até o meio de suas canelas.
— Que cara é esta? — ele riu mudando rapidamente sua expressão séria para uma mais relaxada. — Por acaso te acordei? — ele zombou.
— Veio aqui para rir da minha cara de sono? — bufei.
— Hm! — ele riu. Flint então cruzou os braços e virou o rosto fazendo beicinho. — Sabe, normalmente se convida a pessoa para entear antes de fazer perguntas...
— Urgh... — bufei — Certo, entre — abri a porta um pouco mais e dei espaço para que ele passasse. Com um sorriso cínico no rosto, ele subiu os quatro degraus a frente da minha porta e caminhou para dentro. Olhei para os dois lados da rua iluminada pelas luzes dos postes antes de fecha-la e voltar para dentro.
Ao me virar para a sala vi as luzes acesas e Flint sentado de pernas cruzadas no sofá enquanto deslizava seus dedos sobre a interface da janela na sua frente. — Ah, Lio... tem algo para beber? Estou morrendo de cede...
— Não sei se percebeu, mas aqui não é uma taverna. E eu não sou sua garçonete NPC — resmunguei.
— É deselegante negar algo para um amigo beber... — ele disse dramaticamente. — O que diriam os outros jogadores se vissem sua brava líder agindo assim?
— Você sabe ser insuportável quando quer, não é? — bufei enquanto dava passos bufantes em direção a cozinha. Abri o depósito de itens e materializei alguns ingredientes para fazer um chá.
Olhei rapidamente para trás e vi Flint com uma expressão séria novamente enquanto encarava a janela a sua frente. Pode não parecer, mas ele passa mais tempo com aquela expressão séria do que coma velha e descontraída expressão relaxada. E acho que ela não vai voltar até resolvermos o problema dos jogadores vermelhos.
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Sword Art Online · Rising
Hayran KurguUma fanfic da obra de Reki Kawarara, Sword Art Online. Uma história feita de fã para fã sem fins lucrativos. Por favor não plagiar. Sword Art Online: Rising (SAO-R), conta uma história a partir de um final alternativo do episódio 14 do anime. Dois...