Sword Art Online · Rising

A manhã da nossa promessa

15 de fevereiro de 2025/ Hollow Area, Rulid

>Ponto de vista do Aidan<

Ao fim da nossa batalha contra Smaug uma mescla de sentimentos se abateu sobre nós. Depois de ver a mensagem do sistema nos parabenizando, nós comemoramos e ficamos felizes, mas após um momento de silêncio uma grande tristeza se abateu sobre nós.

Dez jogadores perderem suas vidas nesta batalha. Dez. não sabíamos se sentíamos felicidade por finalmente vencer um boss com uma IA tão avançada, ou tristeza ou tristeza por aqueles que morreram aqui hoje.

Eu ainda estava de joelhos no chão quando olhei para a entrada da torre branca e vi Morte ali de pé enquanto me encarava. Sinto que nunca vou conseguir me perdoar por matar alguém. Mesmo que ele seja um jogador vermelho, um assassino, eu não tinha o direito de tirar sua vida.

Nós saímos da torre em silêncio, e depois de chegarmos à vila de Rulid, foi decidido darmos dois dias de luto aqueles que morreram. Não seria certo dar uma festa logo após a morte de dez pessoas. Mesmo que eu não fosse próximo de nenhuma delas, eu meio que me sentia culpado por suas mortes, afinal o plano de raid foi meu.

Enquanto todos os jogadores se dirigiam a suas respectivas casas ou quartos em uma das três estalagens que tinham em Rulid, eu permaneci na praça. Sentado sobre um branco iluminado pela lua minguante, eu observei Aincrad.

Como será que as coisas andam por lá? Todos estão bem? Será que eles superaram as mortes de Kirito e Asuna e voltaram a tentar finalizar o jogo? Antes das mortes deles, já haviam poucas pessoas que tentavam finalizar o jogo, e depois de suas mortes esse numero caiu para quase zero ou para zero já que antes de eu vir para Hollow Area realmente ninguém estava disposto a terminar esse jogo.

Um longo suspiro escapou de meus lábios enquanto tudo que eu fazia era sair de uma posição mais ereta para uma totalmente largada do tipo que faz mal para as costas, mas esse sendo meu avatar, isso não importa.

— Não vai dormir? — ouvi a voz doce e até mesmo reconfortante do galã loiro de olhos verde esmeralda. Levantei a cabeça para vê-lo. Ele ainda usava sua armadura e tinha um olhar cansado em seu rosto, afinal foi ele quem segurou a batalha contra Smaug.

— Não vou conseguir dormir — disse enquanto dava espaço para ele sentar. Ele sentou-se pesadamente fazendo o banco ranger. Não dissemos nada por um tempo. Ele encarava o céu noturno. A luz prata da lua refletida em seus olhos era uma bela visão.

— O-o que foi? — ele perguntou corando ao perceber que eu o estava encarando por tempo demais.

— Não foi nada... — disse desviando o olhar. Acho que devo ter ficado um pouco corado. — A batalha foi difícil... — disse quase que comigo mesmo.

— Sim, foi por pouco. Foi quase um milagre termos saído quase ilesos. Não quero nem imaginar como serão as próximas baralhas.

— Sem contar que existe outro boss com uma IA tão avançada quanto a de Smaug...

— Acha que ele estava mentindo?

— Humm... — ponderei por um tempo até chegar na resposta óbvia. — Ele não tinha motivos para tal. E, além disso... — parei de falar ao perceber que falaria uma besteira. — Nada. Não é nada. — voltei a encarar Aincrad que flutuava acima de nós; uma nuvem passava por ela neste momento.

— O que estão fazendo aí? — a voz de Alice soou na praça deserta. Ela estava vindo do caminho que leva ao portão norte de Rulid, o mesmo que usamos para ir a torre branca e por onde entramos.