De volta ao jogo

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17 de fevereiro de 2025/ Aincrad, 76° andar – Toua, praça principal

>Ponto de vista da Lio<


Já fazia algum tempo desde que a comemoração da vitória contra o boss do andar 76 terminou. Eu ainda estava na praça da pequena vila onde a festa ocorrera aguardando Nautilus, que disse que queria conversar comigo. Yuna ainda tocava o alaúde e os jogadores ainda presentes morriam de amores por ela e por sua música.

— Seria interessante ela vir nas batalhas. Sua música certamente daria ajudaria muito — disse Flint sentando na outra ponta do banco. Olhei para ele e sorri.

— Nautilus nos mataria... — respondi sacodindo a cabeça para os lados. — Mas de fato ajudaria muito — olhei para Flint e percebi que além de suas bochechas rosadas, ele tinha um olhar distante e pensativo. Coloquei a mão sobre o ombro dele e disse enquanto sorria. — Não se preocupe, tenho certeza que ele está bem.

Flint me encarou confuso, mas segundos depois um sorriso sínico se formou em seu rosto. — Eu não estava pensando no Aidan, Lio — corei ao ouvir isso. Sinceramente, não acredito que sou amiga dele!?

— O-O que foi? Não é como se eu pensasse nele toda hora! — disse exaltada tentando disfarçar meu rosto corado olhando para frente.

— Hahaha! — ele riu. — Mas eu não disse nada... — ele disse depois de uma risada forçada apenas para me irritar. — Além disso, acabei de lembrar uma coisa — olhei novamente para ele. — Você não ia me passar aquela receita de Coca Cola?

— Mesmo que eu lhe passasse, seria inútil para você, alguém que nem ao menos saiu do nível 01 da habilidade de cozinhar! — disse de forma orgulhosa e debochada, fazendo-o bufar um pouco.

— Ei! Flint venha aqui! — um dos jogadores o chamou na praça. Flint olhou para mim e sorriu. Ele levantou e caminhou até a praça. Os jogadores o receberam gritando e batendo nas costas dele.

— Quem o olha assim certamente não diria que foi ele que deu o último ataque no boss do 76° andar — olhei para esquerda e vi Nautilus. Há quanto tempo ele estava ali?

— Sim... — ele passou por minha frente e se sentou ao meu lado. Ele usava sua roupa dos Cavaleiros do Juramento de Sangue, mas sem as partes de metal; apenas o tecido. — Você foi muito bem na batalha. Peitar o boss sozinho... é algo que poucos fariam.

— É... espero que não se importe, mas chamei alguns conhecidos para lutar na vanguarda conosco.

— Claro que não! Quanto mais jogadores, melhor!

— E... tem outra coisa...

— Hm...?

Nautilus deslizou os dedos indicador e médio da mão direita de cima para baixo verticalmente para abrir o menu. Deslizando seus dados rapidamente, ele acessou a janela de skills e rolou as paginas algumas vezes antes até finalmente achar o que procurava. Ele passou a janela para mim com um gesto simples da mão direita. — Veja o que ganhei depois da batalha — ele disse seriamente.

Passei meus olhos por cada nome de skill naquela janela, até que eles pararam sobre um nome que, de todas as pessoas, não achei que o veria com Nautilus. — I-Isso...! isso é...! Dual... Sword...! — murmurei. — Como... como isso foi parar com você? — questionei me inclinando para ele.

— Não faço ideia... depois da batalha, recebi uma notificação e... quando fui ver o que era... era isto.

— Bem... por hora vamos manter isso entre a gente. Acho que agora não e o momento certo de divulgar isso.

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