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Deslizando em passos pesados seu vestido se fazia longo pelos cantos do palácio, com raiva ela voltou para seu quarto, não era de ser uma surpresa que um encontro com o príncipe fosse desta forma. Ela não causou esse encontro, muito menos o quis, mas como tantas outras coisas de que foi agraciada. Às vezes ser um fantoche humano, ligado a linhas para manipulação, é o que mais reduz suas próprias vidas.O príncipe sentou em sua cama —Eu não devia ter sido tão grosseiro, mas o que faço com isto? — Ele olha para o livro e aos poucos tenta arrancar à adaga, que está bem enfiada entrelaçada adentro, marcada sua forma pelos dois lados.
—Eu estou cansada, esse mundo está virando de cabeça para baixo, mas não vou mais ficar na defensiva! ele só terá minha adaga para ele, enfiada no coração dele.— Determinada ela voltou para seu quarto, mil ideias de como furtar sua própria adaga havia se passado pela cabeça dela, o que era fácil, pois, por sua sorte seu castigo na itália era sempre a proibição de ser quem é, tirando dela quem é e tudo o que tem.
Narek também estava tramando algo, após ouvir de Talia suas sinceras emoções, ele pensou em amostrar para ela, as grandezas de sua terra. No caso não seria hoje, sua ansiedade em comer palavras inscritas da imaginação alheia o impediam cansadamente, tanto que lembrou apenas com o por do sol que não havia pegado suas vestimentas para o baile, por mais que não soubestes vestir uma gravata, seu estilo estava sempre em dia. ao passar pelo corredor, passou também pela porta de luigi que ainda estava sentado na cama, dessa vez com adaga e livro um em cada mão. Narek olhou uma vez, viu o que não imaginaria então olhou novamente, para confirmar sua perda de visão aproximou entrando no quarto.
— Oque uma adaga está fazendo aqui ?" O LIVRO!" ( olhar de espanto)—
—Se eu falar consegue me ajudar?—
—Está realmente pedindo minha ajuda? se for para matar alguém não sujo minhas mãos.—
—Se fosse para matar alguém, eu não te contaria, porque esse alguém seria você.—
— Já que é assim, melhor eu ir preparar minhas vestimentas para o enterro, ao invés de ajudá-lo.—
Narek vai afastando-se aos poucos, mas luigi sem olhar para ele, o puxa para atrás, fazendo ele cair na cama.
— Poderia ter sido mais delicado, poxa é a primeira vez que me pede algo, um pouco de 'suspense' não foi nada, você fazia pior.—
—Eu estou falando serio, ajude-me a salvar o livro.—
—Você enfiou uma adaga no peito dele, ele morreu, acabou, não tem salvação, por favor aceite a morte e o enterre—
—Quer mesmo escolher a roupa de seu funeral?— luigi o olha com raiva, narek rir, mas volta ao seu normal.
—Ela esteve aqui?— luigi olhou surpreso, várias perguntas se embolavam em sua cabeça, pensou em armações de seu irmão, em estresses e traições vindas dele. somente uma pergunta saiu pela sua boca.
—Foi você que a mandou para cá?—
—Por que eu a jogaria para cá? não sou burro, por mais que pareça que foi armado por mim, apenas a mandei para a biblioteca. realmente não comentei o caminho com ela, não passou pela minha cabeça o motivo dela estar aqui, então esqueci que não apresentaram o castelo para ela como acontece com todos os hóspedes.— Luigi encarou narek, aquele que não consegue mentir com o olhar, sua fraqueza eu diria, uma bem avista
—Ela apareceu aqui, eu pensei que fosse outra pessoa olhando para a janela, ela não foi errada em pegar a adaga e tentar me atacar, então me defendi com a primeira coisa que achei. Esse livro.— ele afasta à adaga para um canto e amostra o livro para narek.
—Não tinha outro? Tinha que ser esse? "até sem saber você estraga meus planos".—
—Como? pensa que tive escolha? bom, vai me ajudar ou não?— Narek pega o livro da mão de luigi e toca nos dois lados atravessados pela adaga.
—Concertar é impossível—
—Falando no livro, porque mandou ela para a biblioteca? sabe que ela é restrita somente para os príncipes.—
—Mas devo conseguir concertar— ele se afasta, um pouco da cama indo para a ponta dela.
—Foi por causa do livro? sabia que eu tinha o esquecido lá, me viu com ele lá assim que retornamos da viagem, não foi?—narek se afasta mais, olha para ele e se levanta.
—Irei ajudar nas construções de umas casas civis, e escolher alguns solos novos para plantações, que foram destruídas na tentativa de tomarem as cidades, vejo se encontro na biblioteca civil esse livro.—
—Nós temos a melhor biblioteca do país, se não temos esse livro, acha que pela cidade terá?—
—Também temos os melhores livros... Vai me dizer que já começou a considerar esse livro como o melhor?— Um silêncio com o vento forte que entrou, para considerar as palavras frias e breves de narek? Não, foi apenas a frente fria que avisou sua chegada, mas o que ajudou a saída de narek das interrogativas dúvidas de luigi.
_Você que armou isso né?—
—Eu?(rir amostrando o livro) realmente ando sempre acompanhado de uma adaga.— Narek se afastou e saiu pela porta com o livro na mão, olhando com cansaço para todas as páginas. Assim que se aproximou de seu quarto viu Talia saindo do dela. tentou esconder o livro em algum canto, mas onde o esconderia? se em todo o lugar só tinha chão e teto. É de se admirar o quanto flores se embolam em seus próprios jardins. Talia ainda com raiva, mal notou a presença de narek, mas para não parecer suspeito narek falou com ela.
—Está indo a onde? vai para o baile hoje?— segurou sua respiração e escondeu o livro atrás de sua costa.
—Não enche!— ela passou rápido por ele, com tanta raiva que daria para afundar o chão com suas pisadas. assim que passou pelo quarto de luigi, olhou como uma raposa de olhares cabe baixos, pronta para matar uma pássaro quieto. seus olhos pulsarão ao vê-lo tocar em cada parte da adaga dela.
—Está gostando? Em breve não somente o senhor tocará nela, mas ela também tocará em você. como odeio estar presa nesse castelo.— ela se afastou.
— Ela deve estar indo buscar o vestido com a alfaiate, espero que não se surpreenda e acabe se irritando. Ela estar irritada, deve ser pelo livro, mas de quem será a adaga que machucou o inocente livro? um pecado a meu ver.—narek continua voltando para seu quarto escorregando seus dedos pelas páginas apunhaladas pela adaga. Era engraçado, caminhos opostos mas um mesmo pensamento, o que mais me atraia para continuar assistindo era como o destino iria conseguir aproximar-los, com tantas brigas e tantas discórdias.
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Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)
Romancea vingança é fácil de encontrar, admitir que está sendo consumida por ela, é o difícil. o conto do cúpido é uma trilogia entre um garoto que negou acreditar em sua primeira mulher, e a viu morrer, e entre uma garota que não conseguiu salvar a mãe de...