---sério? precisa mesmo toda hora, sem fracionar os segundos de seus insultos, me dizer o desnecessário. estou segura dos alunos que treino, daqui uns três anos...
--- três anos? acha que o perigo em que vivemos vai desaparecer por três anos, esperando que você termine a brincadeira com "pupilos"? não vai, você chegou aqui agora, não faz nem a mínima ideia do que eles enfrentam, nem pelo o que vão passar caso cheguem em casa depois do anoitecer. não! os pais deles não irão brigar com eles, esse seria o mínimo se conseguirem chegar em suas casas.
--- eu não estou aqui por quê não sei o que estou fazendo, estou aqui pois sou a única querendo fazer algo! --- isso irritou luigi, ele ardia de raiva, certamente as palavras que ele segurava em sua mente, diz ele, acabariam com a marra e expectativas dela. ela percebeu a raiva, sabia que ele seria impulsivo, então aproveitou.
--- pega, larguei ela aí, lute comigo. como propôs, vou ensinar apenas uma vez a você e depois irá lutar comigo, ensinarei você com a adaga de madeira, em seguida lutaremos. --- e assim foi feito, ela ensinou, e ele quieto calado ouviu e observou, posso dizer que se por alguns segundos este momento estivessem restado eu ficaria calma, em paz, mas não. eles iniciaram a luta verdadeira, após trinta minuto de treino, e a noite já havia descido.
--- não vai lutar com uma adaga também? ---
--- só trouxe uma, e não seria justo, sou bem mais experiente, então por momento vamos assim, você com adaga e eu com a de madeira. comece se afastando de mim, uns cinco passos para atrás--- assim que ela iniciou com o jogo, deixando-o com a adaga de verdade que relativamente era mais pesada, apenas tinha a vantagem de ser pontuda. mas nem sempre a arma mais afiada consegue esfaquear, em mãos confusas há uma certa cegueira na afiação.
os dois começaram, tália começou se afastando, ele veio em reta atacando de direita para a esquerda, os pés dele também estavam mais para frente do que o corpo. ela quando percebeu o quase tropeço, o atacou para ajudá-lo a se encaixar ao menos no local de ataque, e de certo essa ajuda o fez quase alcançar um feixe das pontas do cabelo dela. teria sido uma bela vingança(risos), vai concordem eles são um belo clichê, mas é de época. ela veio, e foi jogando-o para atrás, uns certos pensamentos corriam na mente dela, não concordei com esses.
---bom, ele não tem nem se quer um arranhão, nem buracos de farpa, que tal ajudar... (sorriso meia boca) --- ela com uma adaga de madeira deixou um arranhão nele, UMA ADAGA DE MADEIRA, nossa como concordei que o tempo demorado atraí talento. já estavam exaustos ambos cansados, ela por treinar a noite toda e ele por tentar aprender em segundos, erro de sua esnobes, algo que ela demorou anos. as vezes parece tão fácil... concordo que também achei, até queria que as crianças poderiam aprender mais rápido, o futuro me fazia rezar que o passado tivesse sido assim. mas o momento em que cansaram caíram lado a lado, sentaram-se e suspiraram.
--- viu não é tão simples, demora ter prática, e agilidade para controlar a adaga, não é simples. ---
---(suspiro pesado) realmente, desculpe-me--- os olhos dela se espantaram, não foi por ironia, dessa vez foi espontâneo
--- não sabia que tinha conhecimento dessas palavras--- ambos rirão, acho que isso matou seus neurônios.
--- já compreendi a pressa, sei o quanto aqui é perigoso, mas porque está tão incomodado com isso? já cheguei aqui há um tempo, não tem por que discutir comigo por conta de seu cabelo cortado, roubou-me um beijo, não sou vaidosa, mas agora terei que mentir para meu marido que ele é o primeiro há desfazer minhas inocências...--- quando ela falou do cabelo cortado, do qual ele tinha quase esquecido por momento, o sorriso do rosto dele se apagou e seus olhos se viraram para os dela meio baixos e forçados, mas escutando, afinal já estava arranhado e tinha sido destroçado.
-- não sei qual a necessidade, eles têm uma mulher em seus aposentos desde os cinco anos, meio injusto. ---
--- ora, não me vejo e não sou parecida, apenas responda as minhas perguntas. por que está sendo assim? até seu irmão me trata bem, e as vezes acho os livros dele um pouco vulgar...
--- não sabe nem da metade de suas sagas...
--- estou ajudando as crianças do seu reino, estou ignorando meu tempo, poderia ler sua biblioteca inteira em três anos, mas eu quero ficar com essas crianças, então por quê?...
--- quem disse que pode se aproximar de minha biblioteca? (pensamentos) ---
---- por quê desde o início faz isso, meu livro, minha amiga, minha adaga e agora minhas crianças. ---
---ok--- respondeu o Luigi.
--- "minha, minha, minhas, meu, meu, minhas essas terminações são sempre envolvendo você, me irritou uma garota boba lendo de boa embaixo de uma arvore, em um reino bom, com uma vida boa... com sua amiga, perdoe-me, jamais eu seria capaz de fazer algo com aquela senhorita...
---sei...(mente de tália) --- isso me irritava como narradora.
---seu livro também foi por raiva, e irei devolver (agora mais do que nunca espero encontrar outro) ---
---as crianças são minhas...(foi interrompido por tália)
--- desculpe-me, mas não aceito que fale isso, não sabe como elas vivem ou o que acontece com elas, não faz nada por elas. se por acaso eu jamais tenha feito a cena do vinho ou o pedaço da taça, ou se quer à aclamação de seu irmão por mim, jamais estaria dando esperanças a elas. ---
--- você perguntou, estou respondendo em meu argumento. --- irritou tália ela se levantou, retirou a sujeira de sua saia e ia embora, então ele a puxou para abaixo.
---continue aqui, temos coisas a resolver, também quero acabar de ficar olhando para sua cara. --
--- não sabia que iria cair no meu reino, cheguei a ignorar meu irmão por um bom tempo. não faço as coisas no meu reino por não querer, este reino, a senhorita gostando ou não, tem rei e rainha. não obedecer a eles é o mesmo que os bárbaros. e eu cheguei a me igualar a eles, mas errei por minha conta, por meus passos os vilarejos pegaram fogo, e a menina a dócil de todas, morreu estrupada, isso ocorreu a dois passados anos. agora venho aqui reconstruí-lo, mas estou incapacitado de me envolver pessoalmente, e por minhas costas há muitos tentando esfaquear. agradeço por ajudar as crianças, perdoe-me a grosseria, mas espero que não bote elas em perigo e se por caso poder parar agradeceria,. ---
--- é, você falou um pucado, então oficialmente vai começar a me ignorar? --- ele travou por um certo momento, e então responderia sem falta "sim", contudo, o tempo ainda está envolvido, ou se esqueceram dele? nesse momento escuro, ele olhou para ela, e sua saliva descia a seco, foi tão rápido e repentino da última vez, e se por acaso ele fizesse novamente creio que ficaria calvo, mas depois de tanto tempo sem sentir isso novamente, estava descontrolando sua cabeça, e seu cenário de maturidade.
--- não sei ao certo, moramos no mesmo castelo está cuidado das crianças, por favor só irei pedir algo, faça aulas de etiqueta. --- ele aproximou-se dela.
--- é apenas isso? então está bem, mas deixe-as ao meu lado--- ele disse sim, mas em seus ouvidos as palavras estavam vindo a grego, ele só chegou mais um pouco.
--- disse que vai mentir para seu marido, certo? então teria curiosidade de realmente ter um beijo? --- ela não respondeu, ficou confusa, mas em um certo ponto pensou.
--- se irei mentir, e estou curiosa, por quê?
--- o que está tentando? ---
--- quer que eu a beije? uma última vez antes de quase completamente a ignorar. --- ela não respondeu completamente um sim, mas eram adolescente curiosos, e ele a puxou, agora com calma beijou-a, e deixou que ela comandasse um pouco. e pararam, ele deixou que ela decidisse se queria corresponder ao beijo, e por assim foi, ela agarrou de volta o beijo com vontade, mas pararam.
--- não fez muita diferença, não senti nada--- fria, ela foi bastante fria com olhos congelados dizendo para ele, e ele compreendeu, apenas levantou deu um sorriso despediu-se.
--- lembre-se condessa, nenhum guarda virá socorrê-la caso esteja em perigo, isso agora está apenas por você. --- pois é, o jogo realmente começou galera.
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Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)
Romancea vingança é fácil de encontrar, admitir que está sendo consumida por ela, é o difícil. o conto do cúpido é uma trilogia entre um garoto que negou acreditar em sua primeira mulher, e a viu morrer, e entre uma garota que não conseguiu salvar a mãe de...