Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)

Capítulo 36

- As vezes para ser herói, deve primeiro ser o vilão--- narek também saí da biblioteca, mas herói do que? e quem está tentando derrubar sendo o vilão? seu próprio irmão ou o destino que ele imaginou ser o de tália. tália foi para o seu quarto e trancou a porta, depois de passarem três horas na biblioteca, aquele dia também estava se desfazendo e dele tivemos uns momentos essenciais para relatar.

momentos antes de tália sair da biblioteca, instante que luigi saiu da biblioteca.

luigi entra no seu quarto e começa estalando os dedos, logo em seguida joga toda as velas no chão puxa as cortinas e grita da janela do precipício para fora.

--- CARALHO, PORRA--- cadê as etiquetas príncipe? ele exige algo que mal consegue manter. Assim que ele gritou sentou na ponta da cama e ficou pensando... e pensando.

--- a reação dela, eu devia ter visto, saberia como enfrentar esse embaralho que narek planejou. Mas o que deu nele? amor sei que por uma mulher não terá. ele preocupa-se mesmo com ela? faz apenas quatro meses, não acredito que tenha visto a condessa tantas vezes para tal laço. DE TUDO por que fez algo que não irei converter... nem as aulas de etiquetas ajudarão a tê-la mais perto de mim.--- ele pega o mapa e tenta ler, mas sua mente fica confusa com o que saí de suas palavras e com o que pensa sobre o que narek falou para ele, e por qual motivo ele realmente não queria que narek entregasse o livro. ele larga o mapa no chão e se esparrama na cama. coloca um de seu braços em sua cabeça e fica pensativo.

--- será que estou atraído por ela, ou vejo nela uma forma de safira? não, elas são completamente diferente. safira jamais deixaria que eu levantasse a voz para ela, tália jamais deixaria algo impune caso eu aprontasse, safira não conseguiria lutar contra monarquia, na verdade ela não conseguiu... tália jamais abaixaria a cabeça para regras tão injustas. não teria como eu estar gostando da igualdade delas, elas não são iguais. calma... falei " gostando?" não, devo estar louco, não posso simplesmente esquecer safira para amar outra. devo arcar com a culpa pagando com a solidão... pelo resto de meu reinado um reinado sem raízes para continuar. não posso amar essa condessa, talvez a frieza ajude, poxa... queria usar ela para fazê-la medir de suas palavras. pelo visto já machuquei o suficiente. nem tentei. e algo está tentando querer pedir desculpas, "sem pendencias, ok safira, escutarei suas palavras passadas para não lhe esquecer no presente".--- dizer o nome de alguém para não esquecer essa pessoa, não faz com que você não esqueça. você pode tentar manter o passado em uma mente que trabalha a cada um segundo, poder não significa conseguir fazer isso. ele está mentindo para sua mente, já não sinto mais a pobre e inocente menina presa em seus pensamentos sem poder descansar. na verdade, ela se foi quando ajudou com todas as "pedras" para chegar naquele jardim. sim, a viagem inteira só tinha safira em sua mente, mas por segundos o destino soprou e fez o tempo desviar a mente dele apenas por mínimos segundos.... e esses mínimos segundos foram essências para desviar seu caminho inteiro.

ele suspirou__ acho bom eu não ter pesadelos essa noite___ então levantou da cama, ainda agitado e foi para bem perto da ponta da janela, qualquer barulho poderia empurra-lo de lá. ele cruzou as pernas e fechou seus olhos, tentou botar seu cabelos para atrás, mas havia esquecido que já não os tinha mais... então sorriu, e ficou a noite inteira respirando ar puro da noite pela janela.

assim que tália saiu da biblioteca, cada passo ela observava o livro, isso foi "dramático" um pouco mais para doloroso, o seu maior presente, algo que devia cuidar mais do que cuida de si mesma, estava com um buraco bem dentro e no meio de suas paginas, cada vez que as paginas eram abertas palavras rasgadas caiam. e o pior, foi ela mesma que esfaqueou seu próprio livro. então foi para seu quarto tirou o vestido lindo, mas quase manchando-o de sangue... todas as vezes em que tira uma roupa, ela fecha seus olhos. mas nessa janela  de cílios fechadas, caiam lágrimas frias sem qualquer som. será que aqueles dois garotos conseguiram finalmente quebrar ela? discutiam tanto... mas não atingiam, então não, não foi eles.

---" aquela que não consegue responder por si mesma, também não consegue defender outras mil vozes" rainha margarida, você tinha total razão. como  farei para proteger as crianças se nem um livro consigo proteger? irei acabar esfaqueando cada uma delas sem total percepção disso.--- sei que não há motivo de agora chorar, já foi, nada vai mudar. mas ela só sabia chorar em silêncio, esse modo chorar é maldito algo dentro entra em um cubo de quatro paredes e não há volta, tudo por dentro congela e...

--- chega! já entrei na vida delas, tenho que engolir esse choro e acordar, bolar uma ideia de proteger elas sem que fique cega. nenhuma delas jamais irão machucar-se com se quer um arranhão. darei meu corpo para protege-las--- esse é o resultado, tália imediatamente por mais que estivesse escurecendo pegou sua adaga e foi direto para o parquinho onde as crianças brincam, ela tinha que avisar algo bem importante e tudo estava para mudar. maldita decisão de narek, isso destruirá tudo. eu a vida, nesse instante perdi a chance de intervir e de mudar o caminho dela, o destino ganhou de mim mais uma vez, odeio perder! quando chegou avisou para uma das crianças que juntasse todas, ela não desceu do cavalo, apenas aproximou-se e falou

--- a partir de amanhã a aulas começarão antes da estrela grande se estender para o amanhecer--

uma das crianças respondeu --- é cedo demais--- então tália deu a volta com o cavalo, para voltar ao palácio mas antes de ir.

--- desistir é a preda no nosso caminho, é a cruz que temos de erguer, se ficarmos cercados da desistência seremos alcançados pelo fracasso e isso é o pior, o fracasso não faz esforço--- e foi embora, todas as crianças, gritaram

--- há suas ordens condessa!--- assim que ela voltou com seu coração acelerado para o castelo, pelo corredor, passou por perto de luigi para ir em direção ao seu quarto, ele ia abaixando a cabeça mas ela deu um sorriso meia lua e disse.

--- a aula de etiqueta é a manhã, com a estrela maior em seu meio ponto da terra( meio dia)--- e foi andando de cabeça erguida até seu quarto. 

--- ela enlouqueceu...--- e luigi ficou olhando para atrás até ela entrar no quarto. e não, ela não está doente da cabeça, até por conta de ter dormido agarrada ao seu livro perfurado, e ainda com lágrimas silenciosas querendo ser soltas totalmente, não aos poucos como estava ocorrendo em pingos