Capítulo 35

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por que da janela de luigi? nem ele pensou em tal caso, e olha que a janela do precipício é dele. Mas ela tinha uma dor que não sumiria, por isso quando discordo da união deles fico pasma que estou negando para mim, o que está diante de meus olhos. o que estiver por vir, não julgue-me, nada posso fazer apenas estou narrando.

Tália se vestiu com as roupas mais apertadas, toda roupa bem aberta já faz doer as cicatrizes que se abrem novamente, logo, não é preciso esperar que elas doam e se quer ser surpreendida.

ela se vestiu, e os príncipes foram para a biblioteca. narek foi assim que tália voltou para o quarto, luigi apenas esperou ouvir as portas se fecharem. Luigi saí do quarto e vai em direção a biblioteca, logo entra nervoso.

--- está maluco? por que fez essa maldita interrogação, está se intrometendo aonde não deve---

--- maldita? mas não é maldita você tentar substituir safira, colocando tália nesse espaço aberto das sua magoas.

--- deu pra falar bonito? pra fazer merda sabe fazer isso. ela não é SAFIRA, para de surtar porra.--- narek larga o livro que pegou para ler, e aproxima-se de luigi.

--- pensa! sim errei, aproximei ela de você sem notar que era pra ser substituta da protagonista, mas você realmente não notou isso? ainda não se lamenta toda noite? esperando que alguém escute e traga ela, você acha que mudaria se tivesse tempo, não, você erraria da mesma forma, então pensa! "estou diante de tália? ou emocionado com uma pessoa com atos tão identicos quanto minha maior atormentação?"--- narek foi tão frio, já ouvi ele tentando ser  mas sempre contia um ponto de sarcasmo ou ironia, para puxar um riso ao final, mas assim como eu vejo tália finalmente rindo, luigi esquecendo de se atormentar com o passado, narek parou de fazer piadas e pesa mais sua mente.  luigi  estava partido para dar um soco no rosto dele, mas tália entra pela porta.

momentos antes pelo corredor

--- eles dizem: "você é jovem demais" mas ninguém explica que para ter dor não há idade certa, e que usamos a idade para comparar o quanto ainda temos de Vida. tenho certeza que não passei a metade da vida dessas crianças, e nem dá para fazer isso, mas posso escolher ter esse esforço de fugir um pouco de quem sou, ela estarão mais seguras... será melhor uma professora rebaixar-se as etiquetas da monarquia para estar ao lado de seus alunos? é assim que tornar-se um professor que bem ensina? abaixando sua cabeça e erguendo a de seus alunos? espero que sim...

eram 23 passos até a porta da biblioteca, e garanto que em cada passo um pensamento esteve em forma.

*devo olhar na cara do príncipe, depois de prometer ignorar?*

* devo fazer algo que agrade narek e ele não se decepcione?*

--- devo terminar com essas intrigas já estou farta--- então ela abre a porta, e logo pensa___ eles falam por demais__

--- oi--- os dois olham para porta e tália de vestido coral liso, sem estampas ou se quer muitas caldas, entra.

--- olá condessa.--- disse luigi em um tom meio grave. narek não disse apenas alargou suas bochechas com um sorriso vindo de sua boca. ela pegou um livro da estante e pediu para eles sentarem ao redor dela.

---"Ó cão espartano, mais feroz do que a angústia, a fome ou o mar! Olha o fardo trágico desta cama! É trabalho teu (...)! Quanto a vós, governador incumbe o castigo deste trabalho infernal. Determinai a hora, o lugar, a tortura... É preciso que seja terrível! Quanto a mim, embarco de imediato e vou ao Senado relatar, com o coração acabrunhado esta dolorosa ocorrência!". "otelo" escrito por shakespeare, de todas suas obras, essa é a que mais está identificando vocês. em toda sua escrita, iago arma  cercado de mentiras, e elas só aumentam... uns dizem algo, outros dizem... e no final as intrigas e discussões só aumentam. otelo e sua amada vivem a ser enganados, e o restante perde seus títulos seus sonhos, por inveja de iago.---

--- ele é o invejoso--- luigi aponta para narek

---não é esse o ponto que estou dizendo, entre nós três não há um invejoso, mas aparenta ter um ser misterioso causando isso, "intrigas" em todos os nossos instantes. estou farta disso.--- ambos os dois continuaram olhando para condessa e esperando ela chegar em um ponto que qualquer um tenha se quer algum argumento para rebater. isso era o pensamento de ambos os dois, enquanto ela tentava manter tudo em paz.

--- desculpe-me luigi, você me usou e sei disso, todo o momento que aproximou-se de mim até na parte acidental do beijos, sabe que tenho curiosidade, então peço desculpa por deixar-me ser enganada.--- luigi olhou para ela e nada disse, ela então continuou a falar.

--- sei que narek fez uma aposta, uma brincadeira, e os dois brigam todos os dias para saber qual estar mais perto de ter-me mais distante. um me amostra alegria, e o outro se atreve a provocar-me. mas não estou aqui para isso, e se não fosse a ambição de vocês nem à cá estaria. não sei se devo agradecer nessa parte por estar conseguindo fazer algo que amo. e notei que não é estando perto de ambos.--- essa parte doeu em narek ele iria levantar para pronunciar-se, mas luigi afastou essa possibilidade.

--- não irei me afastar, ainda devo manter-me aqui por mais dois anos, e espero que tenha paz. irei ter aula de etiqueta com  você luigi. somente isso, nada mais irá ocorrer entre nós dois. e narek, serei sempre sua amiga, mas sei cuidar de mim mesma então por favor não faça eu ter que escolher entre você por que entraria na frente de uma flecha apontada para mim, seja meu amigo e não um escudo. espero não ter que ouvir mais intrigas entre mim e vocês.--- ela abaixa sua cabeça como um pedido e não apenas uma reverência. quando ela levanta, narek tinha ido procurar algo.

---  assim farei, minha condessa. tenho algo para você, sempre avisei que devia visitar algo aqui dentro. bom, esse algo não precisa ficar esperando você retornar.--- enquanto narek agia com tais atos, luigi olhava para tália,e ficava imaginando se por acaso queria apenas mostrar a ela que um rei pode sim ter mais mente do que força, e assim manipular para que ela caia no truque dele. ou era sua alma buscando alguém que aparentasse ser igual a safira.

quando narek retornou em suas mão estava "moby dick" o livro perfurado pela adaga. luigi imediatamente saiu do transe e recolheu o livro de narek, arrancando-o das mãos dele.

--- o que pensa que está fazendo?--- ( perguntou luigi)

--- devolvendo algo que é dela, ou acha que as palavras devem ser atoa? ela está se esforçando por uma trequa nada mais justo que devolver algo passado, para não ter marcações futuras nessa trequa--- narek estava sarcasticamente tentando ser generoso, só que não havia generosidade, ele apenas queria garantir que ela se mantivesse bem longe de luigi ainda que ele seja seu professor de etiquetas

----luigi, dei-me o livro, por favor. estamos em tregua--- (tália)

---- você não gostará de receber-lo, confie no que estou dizendo---( mas ela continuava ali em pé com sua mão estendida, esperando que ele ponha o livro adiante dela) e por momento os dois se encararam, ele estava com seu destino, um destino de afastamento nas mãos dele. e não havia saída, ela talvez jamais volte a ser o que era, nem o provocamento ela volte a tomar raiva, pois já estará raivosa. só que não há outra saída. ele entrega o livro nas mãos dela e sai da biblioteca. ela arregala os olhos,e logo eles entristecem enquanto cada ponta de seu dedo toca as partes rasgadas de seu favorito livro. e presente de seu pai. abraçada ao livro, ela também saí da biblioteca.

Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)Onde histórias criam vida. Descubra agora