Capítulo 22

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Assim que as crianças chegaram, ela logo revisou os ingredientes .

Receita:

¹Farinha bem rasa 

² Ovo e sal

³ Pimenta ou tomate ao gosto.

Talia pegou a farinha, sempre atrapalhada, sujou seu rosto todo. As crianças começaram a rir, mas continuou. Ela colocou um monte de farinha no balcão abriu o meio entre as rodas de farinha e acrescentou  dois ovos, para que rendesse mais.  Assim foi mexendo, enquanto ela formava a massa ela ia acrescentado o sal, e as crianças ficavam fascinadas, era quase dois terços do dia. Então para ser mais rápida ela pediu que as crianças pegassem um balde de água do poço, e lavassem as mãos. Isso elas fizeram rápido. Talia aproximou a massa pronta e já adormecida por dez minutos, deu um pouco para cada criança, e em uma mesa redonda, ficou um em cada canto.

--- Ó, vocês vão pegar um pedaço da massa, não precisa ser grande pode ser um pedaço pequeno,  vão tirar uma parte dela e esticar. Estiquem bem---  eles fazem os primeiros passos.

--- Em seguida, tirem um pedaço, com seus dedos indicador e polegar formem uma garra, posicionem no meio do pedacinho da massa, e amassem. ---   monte de laços para comer se formaram ,as crianças ficarão encantadas. O molho foi feito por Talia, que aprendeu muito quando observava Alizeh, ela estava em cada detalhe daquele dia... Que de certa forma foi um bom dia. Assim que a comida ficou pronta, todos sentaram na mesa de madeira redonda, um pouco gastada e maltratada, mas dava para comer. A felicidade e agilidade que as crianças comeram foi tanta, que talia não sabia qual deveria ser sua reação, se perguntava o por que não comem, e entraria em outra discussão com luigi, ou se prometeria voltar nem que fosse uma vez a cada dois dias para alimenta-las. ela queria fazer tal promessa, mas lembrou que está no país de castigo, e não pode sair sempre que quiser. então só ficou observando as crianças comerem. De breve o menino perguntou

--- Por que elas tem esse formato tão estranho?--- e olhou já com o prato vazio, para ouvir a resposta.

--- Deixa de ser burro, não tá vendo que é um laço.--- nazeli

--- Ele está certo, é realmente estranho, e o nome desse macarrão significa "laços". tem uma longa historia atrás  dessa simples comida.---

--- A senhora pode contar?-- (arev)

--- Está bem.---essa eu lembro com clareza, ela era apenas uma criança quando seu pai teve que cuidar dela sozinha, por conta da doença que tinha se espalhado pela Itália, e infelizmente sua mãe pegou. O pai dela era meio desconcertado, a outra metade da mãe que era bem organizada e fazia completamente tudo. Como ele só sabia fazer macarrão, quis mostrar a ela, a novidade que ele conheceu com uns aldeões, ao visitar as cidades pobres da Itália. Antes dela explicar, as crianças juntaram todas as tígelas e colocaram elas completamente vazias no meio da mesa.

--- há bastante tempo, um senhor já casado a anos com sua esposa não sabia mais com o que iria presentear-la, em comemoração de seus aniversários. sua esposa então pediu que ele não desce os mesmo presentes para ela, que ele amostre a ela o presente mais lindo de toda ítalia.  angustiado por procurar em todos os quatros cantos e não achar, ele desistiu e resolveu cozinhar para ela. fez um jantar simples, a luz do luar e das estrelas.  enquanto preparava o prato principal, que era o espaquete, resolveu mudar a forma da massa. quando sua esposa viu um simples jantar, ela estava quase chorando, até ele chegar com um macarrão estranho com um formato menor e diferente. _ " não entendo, o que é isso?_" ela perguntou, ele então olhando para o macarrão e para ela respondeu " _ é o laço que tenho com você, ele tem formato de presente, é bonito e sua espessura é leve, mas suportaria um molho imenso de tomante e alimentaria nossa familia interia. como você fez, se tornou o mais belo laço que sempre uniu e protegeu nossa familia_" ela chorou, e logo correu a cidade inteira para contar como seu presente de aniversario tinha sido único e especial, e queria que todos conhecessem.— as crianças então enlouqueceram, mais as meninas no caso.

— Que bobo, eu não faria isso por uma mulher, nem doido.— falou o arpiar

— Não tenha tanta certeza disso, o futuro é confuso...— respondeu Talia sorrindo para ele. 

—Deixa ele, ninguém vai querer ele.— respondeu lala. as outras meninas logo conversaram entre si.

" que historia linda"

" um dia quero alguém assim, para me amar até o final"

" que amor lindo e delicioso, espero que também me presentei  com comida em meus aniversários"

— E você condessa, também quer um amor assim, certo?--- perguntou Garine.

— Bom, amar é muito lindo, espero que vocês não vejam as duas formas de amor. mas não direi que não, também não digo que sim.— as crianças reclamaram,Talia levantou, pegou os pratos e foi lavando, aí lembrou como poderia passar a tarde com eles, mas que para isso precisará de

—Madeira, poderiam buscar madeira para mim? e lixas de cavalo, não precisam estar boas e maravilhosas.—

—Eu posso buscar as lixas? tenho umas de quando meu pai tem que ir a cavalo ao outro vilarejo. — arpiar passou pela porta e foi correndo até sua casa, que não fica muito distante.

— A gente pode pegar as madeiras aqui por perto, tem algumas abandonadas--- as meninas também foram correndo e ansiosas. Enquanto isso talia foi lavar a louça, estava tudo comum, tão calmo. Isso trazia lembranças leves a sua alma, nada de confusões. aquele dia estava perfeito. Assim que as crianças chegaram com os utensílios talia já tinha deixado tudo limpo, então foi para fora da casa. Partiu a lixa em cinco partes, deu uma para cada criança. Com as madeiras, ela pegou a serra que tinha na casa, partiu cinco partes e foi afiando a ponta de cada um com sua própria adaga. as crianças ficaram vendo, ela não queria que eles se machucassem, até por motivos deles nunca terem feito isso. Com as pontas um pouco afiadas, ela deu um punhal para cada criança e pediu que elas lixassem. Assim fizeram, então ficou observando eles acabarem para ensinar como atirar, e treinar com elas, lutas. (as de madeira, deixa menos arranhões, logo é perfeita para iniciantes). Algumas crianças, com rapidez acabaram cedo, e ficaram tentando brincar com elas, outras foram mais perfeccionistas e cuidadosas, mas teve uma que chorou a ser espetada por uma farpa.

—tá doendo(chora baixo)—

—o que houve?(pergunta talia ao lado dela)—

—entrou algo em meu dedo, mas está doendo muito, eu não sei o que é. sabia que era uma má ideia ter inventado de aprender isso.—(ela chora mais ainda) assim as crianças se aproximaram falando para ela parar de reclamar, talia pegou o dedo dela aproximou de sua boca, e retirou a farpa sem nenhuma dor. assim que a menina parou de chorar, talia tentou explicar algo, um dia dito a ela.

—olha, eu sei que machuca...Que deixa marcas...Mas tenho certeza que a cicatriz dessa marca, vai trazer boas lembranças a você. porém, se você não conseguir se defender sozinha, alguém maldoso virá e fará uma marca que você provavelmente não vai esquecer. pode chorar, não há problemas, mas não desista de se defender. ok?— talia abaixada de frente a ela recebeu um abraço, sabe, crianças param de chorar tão fácil, quanto começam.

Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)Onde histórias criam vida. Descubra agora