Talia pegou algumas tabuas de madeiras espalhadas pelo chão, enquanto as crianças a observava, ela pegava as tabuas e montava alvos. Colocava as madeiras encima de barris, amarrava elas, e com o carvão fazia uma bola preta no meio de cada tabua, a princípio ela fez isso sete vezes. Para as sete crianças não brigarem quando dividirem.
-Em forma, todos vocês.- as crianças fizeram uma fileira.
- Antes de começar, alguém aqui mexe com facas?-
-minha mãe não deixa.-
- outro dia vi uma bem grande nas mãos do açougueiro. -
-Minha mãe disse, que uma dama não deve pegar numa faca, pois, elas são afiadas e perigosas para uma dama.-
-É, também me disseram isso.- ela estica a perna e retira a adaga da fita. a maioria das crianças se assustam, eram em torno de cinco garotas e dois meninos.
-Hoje quem quiser ficar, não irei obrigar vocês, mas ensinarei a todos como usar uma arma afiada para se defender. Quem quiser aprender, dê um passo a frente.-
Assim o garoto mais falante respondeu...
- A senhora é mesmo louca, eu que não vou aprender a usar uma adaga, justo de uma mulher--ele saiu da fila, e foi embora.
a garota mais observadora falou...
-Não tem vergonha de ser uma garota cheia de aranhões? desculpe-me, mas eu não aceito marcas no meu corpo.--- e assim ela também deixou a fila e foi embora.
Entorno, sobraram apenas cinco crianças, quatro meninas e um menino, ambos curiosos e bem paralisados. Não que eles não tivessem receio em ver uma garota com uma adaga, ou de tomar aranhões marcantes...Mas de verdade, a mente deles apenas queriam à amiga de volta.
--Vocês que ficaram, garanto que não irão se arrepender. dos mais novos aos mais velhos, digam seus nomes em voz alta, um de cada vez por favor.-
A primeira tinha 8 anos.
- Eu me chamo lala.- seu rostinho era bem pequeno, com cabelos rasos bem aguados que eram castanhos com alguns fios claros, mas bem poucos.
O segundo tinha 8 anos também.
- Eu sou o arpiar.-ele era uma graça, tinha bochechas bem cheias, mas não era tão gordinho...
A terceira já tinha mais idade, 9 anos.
- Prazer, sou a nazeli.- um pouco mais seria, e desconfiada. seu olhar era bem caído e avaliador.
A quarta tinha 10 anos
- Garine, esse é o meu nome.- delicada como uma flor, até seu jeito era sútil.
a quinta também tinha 10 anos, foi a última a se apresentar.
- É...AE...Arev.- Talia olhou e de certo modo sorriu, tímida e nervosa, era detalhes de uma doce princesa, em uma camponesa.
-É um prazer conhecer vocês, me chamo talia, na verdade, vim passar só uns três anos aqui. portanto, durante três anos isso é o que eu irei fazer para ajudar essa terra, irei fazer vocês aprenderem a manusear uma adaga.- ela pega sua adaga e fica rodopiando-a na ponta dos dedos.
-Quem quer ser o primeiro a tentar arremessar a adaga?- talia perguntou. garine e nazeli ficaram meio envergonhadas, mas de certo modo ansiosas para tentar, arpiar ficou olhando para ver quem seria a primeira, não pediu e nem queria testar tão rápido. Entre lala e arev realmente foi de surpreender, neste momento eu me perguntei. Era timidez e nervosimos ou era ansiedade?.
- Vejamos, já que andou um passo a frente, no futuro antes de eu ir, essa adaga darei a você. é uma promessa. Venha cá(entrega a adaga)- assim que arev pega na adaga, talia endireita a postura dela, o treinamento não havia começado ainda, era apenas um teste para ver a qualidade de força e postura de cada um. de certo modo Talia não esperava muito... Também não recebeu muito... Adaga foi jogada com força e não chegou nem perto do alvo, arev ficou meio triste, uma mistura de emoções.
-Eu achei que ela era mais leve...--
-Tudo bem, com o tempo você vai pegando o jeito. Agora quero vocês formem uma fila, e cada um vai tentar acertar o alvo, arev vai pro final por favor.- foi rápido, as crianças que ficaram são bem obedientes, e determinadas. a tarde foi se estendendo, e aos poucos cada um foi tentando... Uns deles ficarão oras planejando um acerto e de todos a única a conseguir acertar o alvo de raspão foi a lala, e a gritaria foi enorme, correram todos para cima dela, como se todos tivessem conseguido achar ouro. Logo Talia sorriu de novo, a terra não é lá essas coisas, a paisagem então... Mas a alegria que essas crianças fizeram ela ter, não há combinação na terra que a satisfaça mais ainda, e enfim, ela achou a beleza de que tantos os príncipes esbanjavam. Foi o que pensou. é um fato, porém não é o único.
As crianças depois de comemorarem, queriam voltar a tentar, mas estavam morrendo de fome. e um ditado bem dito "saco vazio, não para em pé".
- Condessa, desculpe perguntar. Bom, faz uns tempos que minha mãe não volta para casa, e em algumas casas não têm tanta comida, então geralmente juntamos o melhor e fazemos pouco, mas algo bom. Se a senhora não puder eu entendo, mas poderia nos ajudar a comer? Nós não pediriamos, não estamos pedindo caridade não nos castigue, só estamos com fome...-
--Esse é o direito de vocês, não peçam desculpas. me mostrem o que tem, vou tentar uma comida boa para vocês, mas não sei fazer algo muito elaborado--- quando seu sorriso largo abriu, os olhos das crianças pulsaram de felicidade, e logo ela foi levada as pressas para a casa de garine.
Ao chegar lá, a casa era bem caida, talia remexeu em algumas panelas de barro achou farinha, achou sal, e alho, para fazer o que pretendia, faltava os ovos e tomates.
- Olha, poderiam pegar dois ovos e um pouco de tomate? acho que isso deve dar para fazer um balde cheio de macarrão.- as crianças logo correram para suas casas, tão rápidos e juntas que quase caíram no chão, ao ponto de se machucar. ficarão bem.
-Condessa- perguntou lala
- Oi?-
-Isso que a senhora vai fazer é gostoso?-
- Bom, tem uma longa história... e sim, é delicioso.-
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Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)
Romantizma vingança é fácil de encontrar, admitir que está sendo consumida por ela, é o difícil. o conto do cúpido é uma trilogia entre um garoto que negou acreditar em sua primeira mulher, e a viu morrer, e entre uma garota que não conseguiu salvar a mãe de...