Capítulo 14

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O pior de se apaixonar errado, é temer se aproximar de alguém, mesmo que seja apenas para trocar ideia. Não temos como saber como será o errado ou certo, mas temos como evitar caso não estejamos devidamente preparados. Até a simples pergunta ''aqui é um país bonito, vai descobrir assim que enxergar-lo bem'' se torna uma dúvida, e o medo falou maior. Por sorte narek o provocou. Como todas as minhas sementes de vezes concordo com elas, que devemos esperar para amostrar as pessoas quem realmente somos. Um sorriso, um suspiro, e pensamentos... que corredor agitado para almas que ainda nem iniciaram momentos difíceis na vida. Mas, o dia como frio fez todos eles se ajeitarem em seus quartos, ao invés de saírem e tentar interagir. Luigi estava bem agitado neste dia, ele que quase não anda pelo castelo, andou tantas vezes por ele, indo e voltando de seu quarto...

A primeira vez em que ele saiu do quarto e andou pelo corredor, passou pela porta de narek (surtando com livros) e andou bem devagar para ouvir os sons do quarto de Talia, não ouviu nada.

Na segunda vez ele estava retornando com livros na mão, e acidentalmente livros leves "cairão" de suas mãos. Que coincidência bem perto da porta do quarto de Talia(fechada). Ele foi catando os livros com seus ouvidos bem perto da porta, novamente nada ouviu. Até pensou.

—Será que ela se matou? Não duvido nada dela.— então sentiu a sombra dela cobrindo o brilho que saía pela brecha da porta.

Na terceira vez a rainha o chamou, então ele passou novamente, mas como já estava escurecendo... Nem sombra ele conseguiu enxergar. Tentou conter seus pensamentos, para não perder sua reputação de boas etiquetas. 

Salão principal || Sala do trono real || Azul burguesa.

—Mandou me chamar mãe?—

—Sim, obrigada pela sua rapidez filho. Temos que comentar sobre a vinda da condessa, mas não estou com cabeça para isso hoje, sei que algo você fez, porém, não dou razão aos atos mal usados dela.Peço que pense, você será rei, é esse o tipo de rei que gostaria de ser? — ele abaixa a cabeça, não olha diretamente para a rainha.

— Ainda vou fazer a pergunta novamente, pense sobre isso enquanto ensina a valsa a condessa. Tente reconciliação, não posso ter palha e fogo em um mesmo teto.— a rainha olhou para ele e sorriu. O que jovens não entendem, é que muitos atos dos adultos  são pensados em seus benefícios, eles sabem como é ser jovem. Mas o jovem é enganado, por não sabe como ser adulto.

— Perdoe-me, mas creio que o castelo irá se destruir, posso tentar ensinar mas, nem o melhor valsista do mundo iria conseguir.—

— Deixe de ter orgulho Luigi, e isso é uma ordem da rainha. Tente entender esse é um mundo que ela não conhece.—

— Eu também era na Itália, e ela me recebeu com uma exilação, ameaçado-me  com uma adaga - sussurrou

— O que disse? —

—Nada, vossa majestade.—

—Pode se retirar—

—Sim, mãe...—saiu do salão e logo resmungou.

—É incrível como ser uma condessa tem seus méritos.— Enquanto ele voltou andando, dessa vez se perguntou "eu realmente bato na porta? Cumpro as ordens?". O que deverás me intrigou, é engraçado como pessoas são retroativas quando o destino despeja nas mãos delas o que elas mais desejaram. No caso dele, a dúvida começou a persistir e arder bem perto da porta da palha. Até que (aproximando-se para abrir a porta) ele ouve um choro. Calmo, solitário, aquele choro quando nos vemos já está transbordando pelos nossos olhos. E ele ouviu...o choro de Talia e suas dores, foi fácil de sentir, era tão sincero... Quanto angustiante.  o mais difícil, foi ele não ter conseguido ser sincero consigo. Mas, o que podemos fazer? O destino deu a ele esse gostinho de ter seu desejo, mas o retratou da mesma forma em que ele conheceu seu primeiro doloroso amor. Espero que ele seja grato, foi a única vez que eu resolvi atrapalhar o destino sem ele saber, então fiz narek aparecer...

—O que faz parado na porta dela?— acorda para realidade e se desprende do som.

—Não está ouvindo? — narek aproxima-se para perto de luigi, seus olhos sobressaem e fecham. Ele olha para luigi, e sem devaneio luigi o joga para resolver a situação.

—Não é você que gosta de falir todo o convento retirando as freiras? Agora resolva sua benção de deus.— se afasta de narek e vai saindo, para voltar ao seu quarto.

— Está aprendendo a me provocar? Saiba que fez errado( berra).— luigi retornar e pronuncia novamente.

—ah! A rainha mandou avisá-lo... A condessa tem que aprender a valsa do reino para hoje a noite.—

—Não brinque com isso, a valsa é seria, ainda mais hoje! na festa de novo ano.—

—Não estou, isso são as consequências de seus atos...— luigi se afasta novamente e retorna o caminho que estava seguindo. narek ficou irritado, mas como não ficar? seu irmão aprendeu a única arma que ele sempre amou usar. Luigi quando saiu ficou borbulhando em sua cabeça velha memórias, que surgiam para atormenta-lo, apenas um detalhe pode tirar nossa concentração ao presente e fazer nossas memorias fugirem para o passado.

"o tempo"  as pessoas se prendem tanto nele, que se soubessem que ele é apenas ilusão, enlouqueceriam.

—O que faço ? eu bato na porta?— narek passou a mão pela sua boca, logo ficou pensativo. Rodou seus olhos para todos os dois lados, abaixou-se e tentou olhar para brecha da porta e logo mais nada ouviu. Mas, talia sentiu uma respiração nos seus pés que estavam próximos da porta, então ela se agachou viu um fio de cabelo e o puxou. Narek deu de cara com a porta e um grito enorme rodou aos quatro cantos dos corredores. Então ela abriu a porta e lá estava ele, caído no chão, com um rostinho fofo eu diria.

Arco E Flecha ( Trilogia Do Conto Do Cupido, Saga:Plantar)Onde histórias criam vida. Descubra agora