• Capítulo 9 • Sugru
両面宿儺
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Não sei quanto tempo fiquei sentada no banco de trás do carro. Olhei para minha mão vendo a marca vermelha no meu dedo mindinho. As lembranças dele, do seu toque e de sua presença estavam tão entranhadas em mim que doía.
Chegamos em um casarão também afastado do centro de Tókio, a fachada tradicional e que esbanjava dinheiro.
Me levaram até uma sala igualmente tradicional, me sentei em uma das almofadas no chão de frente a um homem de quimono azul, seus cabelos eram incrivelmente pretos, havia uma cicatriz em sua testa. Ele manteve os olhos fechados enquanto bebia seu chá.
Havia se passado pelo menos cinco minutos e o homem se mantinha do mesmo jeito. Isso estava me deixando ainda mais apreensiva.
— Esse ano minhas cerejeiras ficaram muito bonitas. Flores volumosas. — ele quebrou o silêncio — E quanto a você? — enfim olhou para mim.
— Eu o que? — ele parecia ver minha alma.
— Gosta de flores?
— Ah, bem, sim.
— Por que não se serviu com chá?
— Hm, bem… — como eu diria que não confiava nenhum pouco nele sem parecer uma ofensa?
— Talvez tenha razão.
— Como?
— Não confia em mim, certo? — colocou o copo na mesa — Não deve confiar em quem não conhece, mas eu sou um velho amigo do Sukuna.
Oh… Aí está o motivo.
— Como sabe que nos conhecemos?
— Sei de tudo sobre essa cidade, minha querida. Tenho olhos e ouvidos por todo o país.
Ok, isso não me parecia bem. Antes que qualquer um de nós falasse alguma coisa a porta foi aberta num rompante. Olhei na direção do som e vi ninguém menos que o homem que destruiu meu pobre coração. Ele estava ofegante e quando me viu pareceu respirar novamente. Sukuna veio até mim em passos rápidos logo me abraçando com força e me tirando do chão.
— Porra! — ele murmurou.
Depois de me soltar olhou para o homem que, pensando bem, nem sei o nome.
— Suguru… — suspirou — Por que ela?
— Querido, se Maomé não vai até s montanha, então a montanha arrasta Maomé até ela.
— Tenho certeza que o ditado não é assim. — respondeu Sukuna.
— Chá? — Suguru ofereceu.
— Estamos dando o fora daqui. — Sukuna segurou minha mão — E fique longe dela.
Suguru sorriu — Claro.
Fomos para a casa onde Sukuna mora, notei isso depois de relembrar de uma parte do caminho. Olhei para ele.
As coisas aconteceram tão rápido que eu nem pude notar como ele está incrivelmente sexy com essa camisa social. E uau… Eu poderia montar nele aqui mesmo no carro.
— Você está começando a me assustar. — ele quebrou o silêncio.
— O que? — perguntei sem entender.
— Ta me olhando como se fosse um tarado.
— Eu não tô te olhando!
Ele suspirou.
— Precisamos conversar. — eu disse seria.
— Eu sei.
Chegamos em seu lar, doce lar.
Eu o acompanhei até seu quarto. Novamente naquele mesmo lugar, mas estava diferente, a disposição dos móveis, o cheiro… Fiquei ali parada no meio do cômodo enquanto ele tirava os sapatos e sentava na cama. Fiz o mesmo que ele e me sentei ao seu lado.
— Por que sumiu? — eu comecei.
— Não temos nada.
— Então por que vem e vai na minha vida?
— Não é de propósito.
— Estamos ligados para sempre Sukuna, quanto antes você entender isso melhor.
— Só não acho que sirvo para isso.
— E por que não? O universo não erra.
— Dessa vez errou. Se você me ver então vai virar um alvo e eu vou ter que fazer com você a mesma coisa que fiz com meu irmão.
— O que tem ele?
— Usa um sobrenome diferente e mesmo estando em contato comigo tem sempre alguém de olho nele por segurança. Desde que entrei nisso todos meus amigos são um alvo.
— Tudo bem por mim.
— Sabe que eu mato pessoas, não é? Você viu. Eu tiro vidas e não sinto nenhum remorso por isso.
— Tudo bem, você não faria mal a mim.
— Você está se ouvindo?
— Sukuna… — disse quase num sussurro — Eu vou ficar aqui se me quiser.
Ele fechou os olhos e passou as mãos pela cabeça e se virou para mim quebrando a distância entre nossas bocas.
Seus lábios sempre tão macios e quentes. Havia gosto de álcool e desejo ali, talvez até mesmo desespero e esperança. Mas nada disso importa.
Ele está aqui comigo.
Suas mãos seguraram meu rosto quando sua língua invadiu minha boca. Ele estava me deitando devagarinho ficando quase por cima de mim. Passei minha perna por cima do seu quadril quando ele a agarrou e a apertou logo se esfregando sua semi ereção em mim.
Afastou seu rosto do meu e disse:
— Saiba que eu nunca, nunca vou deixar você sair.
O desejo me tomou por completo e eu concordei. Eu seria dele se ele também fosse meu.
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両面宿儺
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Akai Ito - Sukuna x Reader
Fanfiction[CONCLUÍDO] Ao completar certa idade um fio vermelho é desenhado em meu dedo mindinho, este fio te ligará a sua alma gêmea. Mas o que eu não esperava é que ao ser presenciar um assassinato este mesmo fio me ligaria justo ao assassino. As tatuagen...