19. Yuji

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両面宿儺
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Ja fazia tempos que essa sensação me perseguia. A princípio achei que fosse besteira, que as paranóias de Sukuna estavam entrando na minha mente. Por isso me manteve em silêncio.

Todas as manhãs eu levantava para ir caminhar. Obviamente não só. Meu acordo com o Ryomen era de que eu poderia sair desde que estivesse acompanhada de um de seus seguranças, então íamos caminhar ao redor da propriedade.

Mahito era engraçado, se comportava como uma criança mimada às vezes.

Quando levantei pela manhã me vi sozinha mais uma vez e isso me chateou. Em cima do travesseiro do Sukuna estavam um bilhete e um cartão preto.

"Perdão por não tá presente sempre, mas já e compre alguma coisa pra que eu possa arrancar de você essa noite.

R. Sukuna"

Anteriormente ele havia me dado a liberdade de gastar o quanto eu quisesse, mas eu não queria que ele pensasse em mim como alguém que se aproveita do dinheiro dele. Contudo, hoje eu quis sair dos domínios da mansão e, obviamente, arrastei o Mahito comigo.

- Por favor, devagar! - eu pedia enquanto o rapaz de cabelos longos me arrastava de loja em loja.

No final comprei algumas coisas para que o Suna arrancasse de mim... Pois é, conviver com ele tá me tornando uma depravada!

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Quando cheguei em casa fui direto para o quarto guardar as roupas novas que eu havia comprado. Todavia no meio do caminho passei pelo escritório do Ryomen para ter certeza se ele já havia chegado em casa, mas o que vi foi uma cena que me intrigou.

Parecia o Sukuna.

Juro!

O mesmo cabelo, o rosto...

Me aproximei devagar boquiaberta com a semelhança.

- ... então eu disse ao Gojo que o filme era uma porcaria. - falava para Nobara que parecia estar sem o mínimo de interesse.

- Olá? - eu disse.

- Oh, você deve ser a garota que todo mundo tem falado. - disse ele - Sou Yuji, irmão do Sukuna.

Aquilo deu um estalo na minha cabeça e tudo fez sentido, exceto o por que do Suna nunca ter dito sobre um irmão, na verdade ele nunca falou sobre a família ou parentes.

- É, achou que sou eu.

- Prazer em conhecer você, cunhada!

Ele era o oposto do irmão, ele transpirava leveza e havia sempre um pequeno sorriso em seus lábios.

- Ah, prazer. - disse ainda meio tonta com a informação.

Ele me olhou por alguns segundos e disse:

- Deixa eu adivinhar. O Sukuna não disse que éramos gêmeos.

- Bom, na verdade eu não lembro dele ter dito muito sobre família. - respondi com sinceridade - Mas fico feliz em te conhecer.

- Isso é bem a cara dele, não é Nobara?

- Hm? - ela se virou para nós dois - Tenho que trabalhar. - disse dando as costas.

- Ela tá bem? - eu perguntei.

- Hm - ele deu de ombros - Acho que ela e Maki tiveram uma discussão. Mas deixa isso pra lá, vem me falar como conheceu meu irmão!

Fomos até outra sala - admito que ainda me perco por aqui - e nos sentamos em cadeiras de frente para o quintal. Era uma vista bonita, tinha que admitir.

Comecei a falar sobre mim, que não havia nascido aqui no país e que morava sozinha, falei do meu emprego levemente miserável e que numa das idas até em casa eu havia encontrado o Sukuna trabalhando. O rapaz à minha frente ergueu as sobrancelhas como se já soubesse do que eu estava falando. Bom, se são da mesma família devem compartilhar o mesmo negócio...

- Espera. - ele começou - Quando você fala sobre trabalho, do que exatamente se refere?

Fiquei meio perdida. O que eu diria? Ah, encontrei seu irmão ceifando uma pobre alma a alguns quarteirões da minha casa, assim começa nossa linda história de amor.

Não, isso não poderia ser dito. Ou sim?

- O que tá fazendo aqui pirralho? - a voz de Sukuna encheu o ambiente me tirando dos meus pensamentos.

- Irmão! - Yuji se levantou e foi abraçar o irmão.

A verdade é que eu não conheço o Sukuna tão bem quanto gostaria. Normalmente se alguma pessoa o abraçasse eu diria que não seria correspondido, isso ele sendo educado, mas talvez por ser o irmão gêmeo que ele abraçou de volta. Apertado. Como se tivesse saudade. Foi bonito de ver.

- Por que não me avisou que viria? - Ryomen perguntou.

- Queria fazer uma surpresa. - Yuji respondeu.

- Vejo que já conheceu a minha mulher. - agora foi a minha vez de ser abraçada - Espero que ele não tenha dito nenhuma besteira sobre mim.

- Nah... Eu ainda nem comecei. Ela só estava contando sobre quando vocês se conheceram.

Sukura me olhou curioso e se afastou de mim.

- Estava é? Qual parte? A que eu mato um cara ou a que ela quase se mija de medo?

- Ah, então você sabe no que ele trabalha. - constatou meu cunhado.

- Digamos que foi meio involuntário isso de conhecer, mas ele me chutou da vida dele antes de vir correndo como um cachorrinho.

- Eu não corri até você! - me respondeu indignado.

- Por favor, você colocou a Nobara e o Gojo na minha cola por dias antes de aparecer como um cão arrependido! - cruzei os braços - Ou é tudo mentira?

- Vamos jantar. - mudou de assunto.

Sabia que a vinda de Yuji seria muito bem aceita e que eu poderia descobrir mais sobre o homem com quem durmo todas as noites.



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両面宿儺

Akai Ito - Sukuna x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora