26. Solitário

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両面宿儺
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Palavras não eram o suficiente para descrever o quanto incrédula estava. Quer dizer, ele pode me dar algumas coisas, às vezes jóias, outras vezes seu cartão de crédito para comprar algumas coisas, mas isso não é nada comparado a essa ilha.

- Surpresa? - ele me perguntou presunçoso.

- Sukuna!

- Claro que isso é para você se divertir.

- Uma ilha?!

- Qualquer coisa que te deixe feliz.

- Mas isso é um exagero!

- O papa também tem uma, por que você não pode ter?

- Eu sei lá Sukuna, mas olha só... Eu sou grata pelo presente, de verdade.

- Então?

Suspirei.

- Só isso mesmo, não adianta fazer nada, você sempre faz o que quer.

- Ainda que sabe. - sorriu - Agora vamos conhecer a ilha, tem um chalé só nosso esperando.

Sukuna nos guiou para um chalé um tanto distante, mas no caminho eu vendo a areia branca e o mar azul que fazia um barulho gostoso de se ouvir.

O caminho até o chalé foi tranquilo, achei que seria mais distante, todavia não.

- Por aqui. - ele segurou minha mão para me ajudar a subir alguns degraus de madeira.

- Uau! - foi o que eu disse quando vi onde iríamos ficar.

Havia uma pequena mansão ali tendo madeira em quase todo o seu corpo, com pilastras de pedra e um deque que dava direto para o mar na lateral. No segundo andar havia uma sacada majestosa e um jardim tropical muito bonito em sua frente.

Sukuna me olhava com seu típico sorriso de quem não valia nada.

- Agora vamos. - ele disse - Quero que você onde vamos ficar e - se aproximou do meu ouvido sussurrando - onde eu vou foder você até esqueça do seu próprio nome.

- Sukuna! - exclamei me afastando e o desgraçado sorriu.

- É algum tipo de mentira?

- Não tem que dizer essas coisas desse jeito.

- Nunca nem estivemos nessa fase, amor.

- Como assim?

- Querida quando eu percebi que te queria só fui lá e peguei o que me pertence.

- Sabe, não gosto quando você fala assim - cruzei os braços -, me sinto como uma boneca, muito provavelmente uma inflável para você.

Ele se aproximou de mim e segurou minhas mãos, olhou nos meus olhos e então achei que ele seria doce como costuma ser.

- Sua buceta não se compara a um brinquedo de borracha, meu amor.

Embasbacada me afastei e bate em seu braço o fazendo rir de mim.

- Seu idiota! Como pode dizer uma coisa dessas?!

Rindo ele disse:

- Desculpe, desculpe. - me puxou pelo cotovelo e beijou minha cabeça - Não fique assim.

- Você é um grande idiota!

- E você me ama mesmo assim.

- Você é mesmo um convencido!

Ao entrarmos me deparei com a sala de estar muito bonita e trabalhada em madeira, um sofá muito grande e provavelmente confortável de tom bege estava disposto no meio da sala junto a uma mesa de centro de tronco e vidro. Logo em seguida dava para ver a cozinha igualmente grande com um lustre que combinava com a vibe meio praiana e tropical. A escada estava logo à direita.

- Isso aqui é lindo! - fui entrando e olhando os cômodos.

- Aqui em baixo tem dois quartos, no quintal tem uma jacuzzi e uma área gourmet e lá em cima tem nossa suíte.

- Vamos subir, quero ver! - disse animada.

- Antes disso quero que veja a vista daqui.

Ele me puxou para o lado de fora e dava para ver o mar tão brilhante e azul como poderia. O céu parecia uma extensão do mar ou o mar era do céu?

As mãos de Sukuna rodearam minha cintura e seu queixo apoiou em meu ombro. Com um suspiro ele deixou um beijo na minha bochecha.

- Tudo isso é só porque eu quero te ver feliz, querida.

- Eu sei.

- Eu te amo.

- Eu sei.

Não era incomum que Sukuna fizesse coisas para demonstrar o que ele sente por mim, ele fazia isso com frequência na verdade e às vezes me deixa sem saber o que fazer. Agradecer? Sim, claro. Deveria dar a ele a melhor transa da sua vida? Também, mas não é sobre isso.

- Agora vamos comer. - ele disse se afastando - Contratei um chefe só para nos servir durante nossa estadia aqui.

- Suna...

- Não, olha, é pra ser especial. É nossa primeira viagem e veja isso como uma prévia para lua de mel.

- Prévia, é?

- Claro que você não vai sair da minha vida e eu não vou deixar você sair por aí sem isso.

Ele colocou uma mão no bolso e tirou uma caixinha de veludo vermelha. Sukuna ele abriu a caixinha e lá estava o solitário mais lindo que eu já vi, não que eu tenha visto muitos, esse era o primeiro.

Fiquei em choque por algum instante e então olhei para seu rosto tatuado, cabelos rosados. Ele era tudo o que eu não imaginava que teria, mas era tudo o que eu precisava nessa vida e nas próximas.

- Su-Sukuna?

- Querida eu sei o quanto nosso relacionamento foi uma bagunça no início e isso não deveria ser assim, eu lutei contra o destino e mesmo não sendo digno ele me trouxe você. Tão bonita e que faz minha existência ter sentido. Eu traria o inferno na Terra por você, que minha alma seja amaldiçoada por toda a eternidade, mas nada seria capaz de me fazer ficar longe de você.

- Suna...

- Agora venha aqui. - caminhei até ele meio trêmula - Esse anel é só uma forma clássica de mostrar ao mundo que você é minha. - segurou minha mão - Então a partir de agora ninguém vai ficar entre eu e você. - colocou o anel e antes de soltar beijou minha mão.

Antes que ele dissesse mais alguma coisa eu o abracei forte e chorei em seu ombro sentindo seu aperto no meu corpo. Eu o amava demais.

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両面宿儺

Akai Ito - Sukuna x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora