11. Liberdade Condicional

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両面宿儺
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Eu não lembro quanto tempo passou desde que eu estou trancada nesse quarto. Minha voz já estava rouca e minhas mãos estavam vermelhas de tanto bater na porta de madeira.

Parecia um inferno!

Desde que Sukuna me deu o aviso sobre estar presa dentro desta casa que eu venho brigando e gritando com ele e com qualquer um que se aproxime. Não era minha intenção ser rude com quem trabalha aqui, mas eu precisava extravasar o que estava sentindo ou então iria enlouquecer. Já este grande imbecil tentou se aproximar a noite quando eu estava deitada, mas o derrubei da cama e disse que enquanto eu estivesse presa aqui ele não tocaria um dedo em mim, por sua vez ele resmungou alguma coisa sobre eu ser difícil e saiu do quarto que a propósito é dele.

Mas essa é a verdade. Eu não sou uma coisa, sou uma pessoa e tenho minha vida para tocar.

Já fazia mais de um dia. Era noite quando ele destrancou a porta trazendo um carrinho como os que a gente vê nos hotéis com comida.

- Vai comer ou ainda está com raiva de mim? - ele perguntou.

- Raiva? Raiva? Eu tô puta da vida com você Ryomen Sukuna!

Ele suspirou.

- Pelo menos coma alguma coisa, fui informado que você não comeu nada hoje.

- Não tenho fome. - meu estômago traíra roncou e minhas bochechas pigmentaram num vermelho.

- Não pode ficar sem comer.

- Pois saiba que eu só vou comer quando estiver livre. - cruzei os braços e ele fez o mesmo.

- Só quero que fique segura.

- Você me quer é infeliz aqui dentro!

- Nunca! - se exasperou - Sua felicidade é a coisa mais importante pra mim, minha querida.

- Ah, para de graça! Se isso fosse verdade eu não estaria presa aqui.

- É só... É que tem muita coisa acontecendo no momento.

- Como o que?

- Algumas pessoas descobriram sobre você..

- Como o cara que me levou aquele dia?

- Não, não como ele.

- Então o que?

- Existem famílias na Yakuza, assim que administramos nossos negócios e digamos que a minha família não é exatamente bem vista.

- Por que?

- Meu pai matou a amante de um dos líderes e isso gerou certa guerra. Pra que você entenda ela estava trocando informações com os Russos.

- Então quem não gosta de você?

- Uma família chamada Nakamura, o líder é um velho débil que deve tá mijando nas calças a essa altura, mas o infeliz teve um filho com essa amante e ele me quer morto.

Fiquei um tempo processando sua fala. Posso até entender o que ele quis dizer com minha proteção, mas acho que me manter trancada é um exagero sem tamanho.

- Os Nakamura tem influência no Leste do Japão, muita influência e estão vindo aqui para Tóquio, por isso preciso te manter segura.

Me aproximei devagar, coloquei minhas mãos em seu rosto, uma de cada lado. Ele parecia gostar do meu contato.

- Nada vai acontecer, Sukuna.

- Você não pode prever isso.

- E você também não pode prever que algo vai me acontecer!

- Eu preciso me manter segura. Além do Yuji, você é minha única família.

Respirei fundo com sua declaração. Mas nada mudava o fato de que ainda estou presa aqui.

- Mas se eu ficar presa dentro desse quarto eu vou ficar infeliz. - comecei - Sem poder ver lá fora ou ter um contato descente com outro ser humano. Isso não é vida! Eu preciso do meu emprego e do meu apartamento... - suspirei me afastando - Eu tenho uma vida fora você.

Seu maxilar travou.

- Eu compreendo, mas não te quero fora da prioridade. Sem mais.

Saiu dando as costas e deixando a porta aberta.

Mais tarde naquele dia eu estava sentada na varanda lendo um livro que peguei na grande biblioteca daqui quando alguém sentou na minha frente, era Nobara.

- Vejo que ele caiu em si. - ela começou - Sukuna não é mau, mas também não é bom. Você se acostuma.

- Quer dizer que eu deveria ficar indiferente ao fato de não poder pôr o pé perto do portão?

- É por um bem maior. Entenda que ele só quer te proteger. Deus sabe o que eu faria se algo acontecesse com Maki.

- Ela é tão envolvida nesse mundo quanto você, é diferente.

- Não o que sentimos. Somos todos destinados, não?

- ...

- Exatamente. Não pense que eu concordo com ele, mas eu o entendo.

- E o que eu deveria fazer?

- Barganhar.

- Com o que?

- Você quer suas coisas, não é? - acenei positivamente - Então peça isso, peça para pegar suas coisas de volta.

- E o que eu uso de barganha?

- Seja criativa garota! Você tem um homem que gosta muito de toques, foque nisso e você terá o mundo.

Piscou para mim e saiu me deixando com muitas idéias... Eu teria minhas coisas e muito mais!

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両面宿儺

Akai Ito - Sukuna x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora