31. Meu Pequeno Ceifador part II

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両面宿儺

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As palavras dela não faziam sentido algum. Ela não era uma mulher apaixonada que foi "trocada"? Por que ela o queria morto? E por que eu tinha que matá-lo?

— Eu não estou entendendo. — disse.

— É por isso que você trocou, Ryomen? — perguntou um desdém na voz — Se ele não vai ser meu, não vai de ninguém mais.

— Uraume, por favor, vamos conversar. — pediu ele — Tenho certeza que podemos chegar num acordo que seria mutuamente benéfico.

— Um acordo? Com você? — ela perguntou rindo — Seria o mesmo que vender minha alma para o diabo.

— Só a deixe ir. — ele se referiu a mim.

— Por que eu faria isso? Matá-la me traria uma satisfação sem tamanho. Ela roubou você de mim!

— Não foi bem assim Uarume, você sabe, além do que somos almas gêmeas e isso é mais forte que qualquer força no universo.

— Não! — ela gritou — Meu amor por você que é! — disse quase fora de si.

— Uraume — ele começou —, por favor só deixe ela ir embora.

— Eu não vou deixar você! — disse decidida.

A mulher à nossa frente me olhou como se eu fosse um verme. O desdém era tão claro que me fez engolir em seco, principalmente por ela estar armada na nossa frente.

— Claro. — ela veio até Sukuna — Querido eu te dou mais uma chance.

— Ela é a única coisa boa em mim Uarume, por favor...

— Ryomen Sukuna eu disse que eu posso te dar o mundo se quiser, a Yakuza? Ela é um nada em comparação ao poder que eu posso te dar é só me dizer que eu posso matá-la. Vamos lá. Em nome dos velhos tempos.

— Eu disse não!

— Que pena.

Então ela o atacou. Foi rápido quando a ponta da arma bateu contra o supercílio do Sukuna, eu fui até seu encontro a ele para segurar seu corpo, ele tentou segurar o pulso dela, mas ela bateu na lateral da sua cabeça mais uma vez então ele apagou e eu não consegui conter o grito e desespero de vê-lo ali desmaiado e com a cabeça sangrando.

— Agora você.

A última coisa que eu vi foi ela vindo em minha direção e fez a mesma coisa, a arma veio de encontro a minha cabeça mais rápido do que eu poderia raciocinar.


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Quando acordei estava amarrada com cordas que machucavam minha pele, olhei atordoada pelos cantos e vi uma cabeleira rosada um pouco distante, ele também estava amarrado. Me desesperei. Tentei gritar, mas então notei que minha boca estava vedada com uma fita.

— Ah, o rato acordou.

Era a voz dela, sempre tão cheia de raiva e desprezo.

— Sabe eu estava pensando — ela estava sentada num sofá enquanto tragava um cigarro —, vocês dois são tão bonitinhos juntos, tenho que admitir então... — foi caminhando até Sukuna e deu um chute em sua costela — Acorda dorminhoco.

Ele grunhiu de dor então se virou em minha diferente de mim sua boca estava livre então ele disse meu nome quase como num sussurro, foi agonizante, suas mãos estavam algemadas atrás das costas.

— O que você fez com ela? — ele perguntou.

— Ah, mais um acordado para a festa. — Uraume disse — O que acha que vamos fazer com ela, Sukuna?

— Uraume...

— Enquanto os dois dorminhocos estavam descansando eu pensei no que fazer e só um de vocês vai sair vivo daqui, mesmo.

Ela veio até mim e me arrastou, eu me debati para sair, mas adiantou ela me arrastou até ele me ativou como um saco de batatas.

— Hummm! — murmurei de dor.

— Querida vamos lá — se abaixou — Vou te ensinar a como atirar.

Ela é maluca? Sabe o que eu poderia fazer com uma arma nas mãos?

— Quando eu colocar essa coisa em suas mãos vou segurar firme — sorriu até mesmo com os olhos — para que você não erre nosso alvo. — olhou para Sukuna.

— Uraume só deixe ela ir e então resolvemos isso aqui de igual para igual.

— Igual? — ela gargalhou — Eu sou melhor que todos vocês insetos irritantes. Mas tudo bem, ela vai viver sabendo que matou o amor de sua vida com as próprias mãos.

Quando eu estava prestes a dar-lhe um chute ela se virou e sorriu como se eu fosse uma criança insolente. Ela tirou a fita da minha boca, então todo seu esquadrão que ainda estava no local engatilhou suas armas e as apontaram para mim e para Sukuna.

— Agora vamos. — Uraume começou — Alguma coisa a dizer?

— Vá pro inferno! — eu disse com raiva.

— Revigorante sua audácia — ela disse —, mas não seja um bebe chorão, você quer matar o Sukuna de forma rápida ou deixar para que o resto da Yakuza torture por dias até que ele esteja implorando pela morte?

— O-o que? — perguntei e olhei para ele que estava de cabeça baixa.

— Ela vai fazer. — ele disse.

— Não! — eu gritei.

— Perfeito. — ela disse.

— Sukuna eu não vou fazer isso! — lágrimas começaram a brotar dos meus olhos.

Durante toda a vida eu passei por maus bocados, mas isso era pior que qualquer coisa que tinha me acontecido. Quando a arma fria tocou meus dedos eu tremi de medo, pavor e agonia. Não tinha como mirar em outro lugar ou larga-lá porque Uarume me segurava e parecia ter um brilho insano nos olhos. Olhei para Sukuna que me deu um sorriso contemplativo e de aceitação. Aquilo não estava certo.

— Está tudo bem, querida. — ele disse — Não tem problema se for você a me ceifar desse mundo.

— Sukuna! — disse chorando — Eu não posso fazer isso com você.

— Pode sim, porque você é a mulher mais forte que eu conheço e é a única que poderia me trazer o brilho da vida.

— Quanta besteira. — desse Uraume — Só vamos acabar com isso, tenho um encontro com alguns acionistas em Tawian.

Meu dedo que estava no gatilho por baixo da mulher de cabelos curtos recebeu uma pressão, automaticamente fechei os olhos quanto o disparo deveria ser feito.

Durante esse centésimo de segundo tudo passou pela minha cabeça, desde o momento que eu vi ele pela primeira vez naquela rua escura, quando nos beijamos e quando eu me entreguei para ele pela primeira vez. Todas as vezes que ele me olhou com amor puro.

Não estava pronta para ter uma vida sem Ryomen Sukuna.

両面宿儺

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Akai Ito - Sukuna x ReaderOnde histórias criam vida. Descubra agora