Dirá la gente que yo estoy loca
Si yo estoy loca es porque andas en mi cabeza
(Vas A Quedarte - Aitana)
Elas não podiam estar mais erradas.
Quantas vezes na vida as pessoas confiam no próprio julgamento ou no de alguém próximo acerca de uma pessoa ele está errado?
Ámbar havia percebido isso no momento em que viu o amigo de Luna entrar no jardim onde a festa acontecia. Ela segurou firme na borda da mesa para evitar ir ao chão em uma rápida falha de pernas.
Odiava sentir-se frágil e afetada pela presença de uma pessoa que não deveria ter poder algum sobre ela. Porém, sentiu seu corpo traiçoeiro estremecer.
Ámbar desviou o olhar e analisou os convidados ao seu redor, suspirando aliviada por Luna não estar ali. Isso a daria algum tempo para permanecer no oculto e controlar o nervosismo que ameaçava crescer em seu peito.
Ele está aqui por Luna, não por você.
Ámbar repetia para si mesma como um mantra. Agarrada a ele como um náufrago, a boia.
Ela estendeu a mão, pegou sua taça e a levou aos lábios, nervosa. Por sorte, também não estava sozinha. Seria mais fácil o olhar dele a encontrar se ela estivesse longe dos demais convidados, isolada, do que pescá-la em meio a uma pequena multidão levemente embriagada.
-Mas o que...? - Emília começou a falar.
Ámbar seguiu o olhar da melhor amiga. Emi o havia visto. O havia reconhecido.
Deixando seu drink colorido de lado, Emília deu um passo para longe da mesa e começou a andar a passos firmes. Ámbar sabia exatamente o que ela pretendia fazer, então apressou-se a bloquear o caminho com o próprio corpo e segurou o braço da amiga.
Emília a encarou, irritada.
-Não faça isso, por favor!
-Ámbar, ele...
-Agora, não! - Âmbar a interrompeu e indicou Luna. Ela corria, animada, em direção a ele, envolvendo-o com os braços - Hoje é o aniversário dela. Não vamos estragar tudo fazendo uma cena. Ele é um convidado.
-Ele é um babaca! - Emília a corrigiu.
A modelo concordou com a cabeça e ofereceu o drink que a amiga havia largado para trás. As íris escuras de Emilia passeando da taça para o convidado inesperado a entregavam. Ela estava dividida. Decidindo entre aceitar a presença dele sem fazer uma cena ou confrontá-lo e, com sorte, arrancar aquele sorriso presunçoso que ele carregava para todos os lados a tapas.
Emília respirou fundo e deteve sua atenção na amiga por alguns minutos antes de aceitar, derrotada, e aceitou sua taça.
-Pela Luna.
-Emi,...
-Não, Ámbar! Nem comece. Aquele cara é um grande idiota. Feriu você emocionante e quase arruinou a sua carreira - ela cuspiu cada palavra, irritada, em um tom baixo - Então não me peça para ter calma e não expulsá-lo daqui.
Ámbar bebericou seu coquetel de frutas em silêncio. As engrenagens em sua cabeça estavam girando sem parar. O comportamento de Emília era compreensível. Ela havia acompanhado o relacionamento deles de fora. Permanecendo noites acordadas desde as ligações apaixonadas durante a madrugada até as confissões aos prantos depois do término desastroso.
Ela fechou os olhos e respirou fundo.
Se pudesse escolher, fugiria dali o mais rápido que conseguisse usando aqueles belos saltos sobre a grama. Porém, ela precisava controlar as próprias reações. Reagir aos fantasmas do passado de cabeça erguida.
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Estupidez
FanficÁmbar era a modelo mais requisitada do momento. Sua imagem estava estampada em todas as revistas. Ela tinha a vida que queria, o trabalho que amava, mas não o homem que fazia o seu coração bater mais forte. Ela não o via há anos e acreditava ter sup...