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——Pov's S/N——
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— Ei, senhorita mal-humorada espera por mim! – Artur disse ficando ao meu lado na calçada.

  Pela voz agitada e a respiração ofegante suponho que ele tenha corrido ou andado rápido o suficiente para me alcançar. Fomos liberados mais cedo pela falta de professores, enfim escola de estadual, onde falta mais professores do que alunos.

— É S/N! – falei mal-humorada.

     Eu odeio de coração esse apelido de senhorita mal-humorada e o Artur sabe disso.

— S/N você quer vim na minha casa amanhã? – ele pergunta me olhando com aqueles olhos de gato atrevido.

— Não. – respondo simples. — Esta querendo me foder?

— Eu estava planejando pelo menos ficar com você. — Artur coloca as mãos nos meus ombros me parando. — Mas se você quiser que eu te foda e preciso apenas me dizer. — a
mão dele desliza até minha cintura.

— Te conheço a menos de uma semana se manca cara! — falei rindo enquanto afasto o corpo dele do meu.

— Então amanhã vou tocar guitarra na caixa de som só pra fazer você ir na minha casa falar comigo. – ele gargalhou voltando a andar ao meu lado.

— Nem pense em fazer isso, amanhã tenho que ir trabalhar e preciso dormir. Se você tocar aquela monstruosa na caixa de som eu te prometo que vou quebrar sua guitarra na sua própria cabeça! – ameacei sentindo minha barriga doente de cólica.

— Mas senhorita mal-humorada por que tanto ódio? – faço uma careta.

— Não é ódio. É S/N, S/N, Artur! – falei irritada.

— Desculpa. — ele disse observando minha mão na barriga. — Esta com dor? Ou fome?

— Cólica.

    Quero minha casa, minha cama.

— Na minha casa tem remédio para cólica. Se quiser eu posso um para você. — ele disse.

— Vou aceitar, na minha casa acabou mês passado. — falo parando no farol da rua.

— Quer que eu leve sua mochila?

   Nego com a cabeça.

— Eu consigo levar, não está tão longe também. — sorri para ele que retribui.

Pov's Artur —
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   Pego o remédio na cozinha e volto para a sala com um copo de água e o remédio. A S/N esta sentada no sofá debruçada por cima dos joelhos. Minha mãe quando esta no período menstrual fica no mesmo clima, ódio e raiva.

— Aqui senhorita mal-humorada. — falei chamando a atenção dela.

— Obrigada Artur! — ela levanta a cabeça para me olhar.

   Sua teste esta com a marca dos fios de cabelo, sorri discretamente enquanto ela pega o copo e a água.

— Quer mais água? — pergunto depois que ela devolve o copo.

Filho dos Vizinhos/Imagine Onde histórias criam vida. Descubra agora