Filho dos Vizinhos/Imagine

. 30 .

—Pov's Artur—
꒷︶꒷꒥꒷‧₊˚꒷︶꒷꒥꒷‧₊˚
[New York]

    Robert para em frente a um porta esta pintada de vermelho e as paredes de amarelo, tem uma pequena placa de madeira ao lado da porta dizendo "Rockstars".

     Ele abre ela e gesticula com a mão para que eu entre, eu faço o que ele diz. Dentro da sala se encontra dois outros garotos. Um asiático e o outro eu não consigo identificar a nacionalidade.

— Artur, assim que todos terminarem a apresentação a Natasha vai vim conversar com você e com eles. – se referiu aos outros dois garotos sentados atrás de mim. — Darei mais detalhes depois.

— Ok Robert, tem como eu vê a apresentação dos meus amigos? – pergunto.

— Não tem como, as apresentação são totalmente privadas até mesmo para os membros que já estão na banda. – ele disse com cautela.

    Concordo com a cabeça me virando para os garotos. O asiático não tem mais do que 16 anos, ele é alto mas seu rosto ainda é de adolescente. Já o outro esta quieto mexendo no telefone.

— Hi, whats your name? – o asiático disse me olhando.

— Do you speak português from Brazil? – pergunto com meu inglês de padaria.

— Yes! My name is Yoongi. – ele disse se arrumando na cadeira. — Qual é seu nome?

— Eu sou o Artur, você não é muito novo para esta na banda? – perguntei.

— A banda não específica idade, apenas talento! Você é brasileiro então. – concordo com a cabeça.

— Sim. – respondi me sentando na poltrona ao lado da porta.

— Aquele é o Mohammad, ele é um imigrante legal do Afeganistão, ele tem 21 anos, eu 16 e você? – o garoto de olhos puxados e cabelos liso pergunta.

— Tenho 17 anos por enquanto. Vocês tocam o que na banda? – vejo Mohammad me olhar com cautela.

— Eu sou o baixista. É o papagaio da Coreia é o guitarrista, suponho que você também seja guitarrista já que esta segurando uma guitarra. – Mohammad disse fazendo Yoongi olhar ele com a sombrancelha franzida.

— Vocês todos falam português do Brasil. – falei um pouco abismado.

— Meu pai tinha descendência brasileira, ele era um guerreiro nas forças armas quando conheceu minha mãe durante uma imigração para os Estados Unidos. Ela era uma cidadã Afeganistã. – Mohammad explicou.

— Oh, por que tantos eram? – pergunto arrumando minha guitarrista no meu colo.

— Ela morreu de doença do coração e meu pai... Ele morreu na guerra da Rússia e a Ucrânia. – Mohammad declarou com pesar.

     Agora somos dois órfão na banda.

— Que vibe depressão! – Yoongi disse rindo. — Minha mãe é poliglota, é eu também sou. Falo Inglês minha língua materna, Português fluente, Espanhol fluente, Alemão em nível intermediário e Italiano estou estudando. – ele declarou todo pomposo de si mesmo.

    Não era para menos, Yoongi é talentoso na guitarrista e nos idiomas.

[...]

     Passamos a maior parte do tempo nos conhecendo, parece que tem brasileiro em todos os lugares do mundo.

    A baterista se chama Emma, uma francesa de 20 anos. Ela é bem excêntrica é me lembra a Isa.
   
     A voz era o Louis um homem com seus 57 anos, ele era descendente de Alemães mas nasceu na Polónia.

     É por fim eu reencontrei a Isa, a tecladista da banda, outra brasileira com 18 anos.

— Que bom que já estão todos calmos. Devo imaginar que o Yoongi fez um bom trabalho de comunicação entre vocês? – a senhora Natasha disse.

— Ele fala pelos cotovelos. – Isa declarou levantado todos da sala a gargalhadas uniformes.

    Yoongi se encolheu no sofá envergonhado.

— Voltando a seriedade... Reconhecendo que alguns membros aqui ainda são menores de idade vou disponibilizar casas para seus entes queridos. Pai, mãe e irmãos. – ela disse.

— Senhora Natasha... Vocês vão preparar também a papelada? – Emma a francesa perguntou.

— Sim, vamos cobrir tudo. – Natasha disse. — Robert, Eloisa e a Allison vão levamos em segurança para a mansão intitulada cathedral.

— Aqui está um celular de última geração com um chip nacional. – Robert disse nos entregando IPhone.

— Terão três mês de preparação física e mental para o primeiro show de vocês em um pequeno evento que o grupo Ling preparou para lançarem vocês para o mundo. – Natasha declarou animada.

    A tensão de todos aqui era palpável, como a gente iria se apresenta para uma multidão era normal o nervosismo. A plateia não era 100 pessoas ou 200, provavelmente são bem mais que isso.

— Não se preocupem, até lá todos estarão preparados. – Robert reforçou.

     Eu gostaria muito que a Jaque e o Rafael estivesse aqui conosco. Isa entrelaça os dedos da mão nos meus, ela encosta a cabeça no meu ombro.

— Queria que os outros estivessem aqui. – compartilhei meu pensamento observando a senhora Natasha conversar com Mohammad e o Louis.

— Aqui entre nos Artur... – ela me olha. — A Jaque deu pra trás e o Rafael era um bobão, não adianta pensar em como seria com eles aqui. – afasto a mão da Isa da minha.

— Verdade. – falei por falar.

   Parece que a fama esta subindo pra cabecinha dela.