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Pov's Artur—
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    Depois de deixar o Jonas na van que leva pra escola volto pra casa. Ajudo minha mãe a arrumar as coisas e depois volto a para a minha caverna, fazendo o que faço de melhor... Trabalho.

    Mais tarde recebi uma mensagem da Jaqueline dizendo que um produtor tinha entrado em contato e que ele tinha uma ótima proposta para a nossa banda. Seria só necessário arrasar no evento de quinta-feira.

    Essa notícia conseguiu alegrar minha manhã de toda as formas, por que eu sempre vou escolher meu sonho.

— Que ótima notícia filho, aqui no Brasil a chance de crescer e pequena. Aqui domina o funk, mas lá fora... Fora do país... Você tem chance. Muitas! – mamãe disse de forma sonhadora.

— Mãe ele só disse que queria vê nossa apresentação final amanhã. Não que dizer que ele vai realmente apoiar nossa banda. – falei cético.

   Estou incrédulo que algo assim vai muito longe, não é a primeira vez, suponho também não ser a última. Giro minha cadeira de volta para a mesa do computador.

— Pare de ser pé no chão Artur, você não paga para sonha. – ela vira minha cadeira. — Vamos esperar notícias boas, ok?

— Ok! – mamãe joga seus braços por cima dos meus ombros alegremente.

     Ela sim esta empolgada, alguém lá em cima esta orgulhosa por eu ter voltado a tocar.

— É assim que se fala, vou até preparar um risoto de abóbora e um estrogonofe. – mamãe disse me soltando do abraço.

— Amei a ideia do estrogonofe! – falei sorrindo alegremente.

— Eu sei! – ela bagunça meu cabelo indo em direção a porta. — Aliás, a Elena chegou hoje... Vai pedir a filha dela em namoro?

— A senhorita mal-humorada? – minha mãe ri.

— Não chame a S/N assim Artur, você vai pedir ela em namoro? – olho o chão pensando.

    Eu não tinha parado pra pensar sobre, eu estou envolvido em uma amizade colorida com a mal-humorada, mas nunca conversamos nada além disso.

    Não sei os planos de relacionamento dela, eu gosto dela mas não sei se quero algo com alguém, mesmo querendo esta com a S/N o tempo inteiro.

— Eu e ela somos só amigos. – falei evitando olhar minha mãe.

— Ta bem, se é assim que você chama quem sou eu para discordar. – ela se foi rindo.

    Agora eu estou pensando seriamente sobre eu e ela, S/N. Afasto esses pensamentos de dúvida para me concentrar na nova música que estou compondo e no tráfego pago de uma loja de roupa que estou fazendo.

    No momento apenas eu e o Miguel estamos mantendo a casa de pé, mamãe perdeu o trabalho em uma empresa e esta pensando em cuidar de criança, babá, para conseguir nos ajudar.

[...]

    Deito na minha cama lembrando da noite passada, as sensações de que eu pertencia a alguém novamente. De que um espaço dentro de mim estava completo, a sensação dos gritos e aplausos da plateia no show ainda ressoa claramente na minha cabeça.

Tudo seria mais fácil se a banda voasse um pouco mais alto.

   Poderíamos lançar um ou dois discos, temos músicas originais ótimas. Canal no YouTube e até um nome pra banda, Dark Evil. Não é muito sofisticado mas no momento esta dando pra calhar.

Pov's S/N—
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    Minha mãe agiu naturalmente quando contei que não era mais virgem, eu adoraria que todas as mães do mundo fossem tão compreensiva como a mim.

    Ela me recomendou tomar cuidado, evitar doenças, me deu dinheiro para a cartela de anticoncepcional ou preservativo ficava a minha escolha o método contraceptivo.

— É se eu engravida mesmo usando isso? – supôs fazendo ela me olha assustada.

— S/N se você estiver grávida me conte logo. Não fique de rodeios! – disse tentando controlar a voz ansiosa.

— Não estou é uma suposição mãe. – falei rindo.

— Se for só uma suposição ok, eu ia aceitar numa boa. A criança não é um bicho de sete cabeças, só viria dem planejamento. – ela explicou. — Agora seu pai... Acho que ele iria surtar.

— Também acho! – nos dias rimos.

    Papai nunca foi o tipo ciumento, ele nunca falou sobre o desejo de ser vovô. Então suponho que ele nem deve me imaginar sendo mãe com 18 anos.

     Naquela noite eu deitei na minha cama pensando no Artur, ele ainda deve pensar na ex e se eu me aprofundar mais vou acabar me magoando com algo que já era quase certeza de dar errado.

     Mesmo assim não posso evitar de me lembrar da noite anterior, sentir as mãos deles segurando minha cintura enquanto me fodia. Eu só queria ter ele aqui de novo.

— Seja o que Deus quiser. – sussurrei puxando o edredom para cima do meu corpo.

✨✨✨

Estamos chegando no final do livro 🤠

Filho dos Vizinhos/Imagine Onde histórias criam vida. Descubra agora