Filho dos Vizinhos/Imagine

Especial Copa do Brasil pt. 2

Demorou mas saiu!
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S/N
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   Você já se pegou alguma vez olhando as pessoas ao seu redor sorrindo e conversando animadamente? E se sentir realizada por ter passado por momentos ruim mas a quantidade de momentos bom é maior.

   Estranhamente todas as coisas ruins que aconteceram me deixou onde estou hoje, se minha mãe não tivesse brigado com a mãe é ter vindo pra São Paulo, conhecido meu pai através de amigos, eu não estaria aqui hoje. Se o dono da nossa casa em Osasco não tivesse aumentado o aluguel eu não teria me mudado para cá e não teria conhecido a família do Artur.

  As coisas são ruins no começo mas depois se transformam em novas oportunidades de felicidade. Achei fofo os meninos terem preparado uma festa surpresa para a mãe deles.

— Ei pequena princesa no que está pensando? – meu pai enche o copo de refrigerante.

   Coloco meu prato vazio de bolo em cima da mesa.

— Nada de mais. – meu sorriso se alarga encanto agarro três pequenos salgados da caixa de salgados.

— O garoto roqueiro é seu namoradinho? É difícil não perceber que a camiseta de vocês combina – papai aponta com o dedo discretamente na direção do Artur. — Ele parece ser gay.

— Pai! – gargalho. — Ele não é meu namorado, somos amigos. É ele também não é gay.

   Artur estava tirando fotos do Jonas sentado na escada que leva para o andar de cima, e mamãe conversava com a Elaine sentadas no sofá.

— Bem, na época que eu conheci sua mãe e a gente saia eu levava ela para debaixo de um coqueiro onde víamos as estrelas no interior. No fim da noite a gente se beijava, amizade é bom mas tem que distinguir se e ou não amizade.

  Estranho o conselho repentino do meu pai, em ocasiões raríssimas conversamos sobre garotos. Ele está se esforçando muito para passar um tempo comigo, sua forma de demonstrar preocupação e amor.

— Pode deixar coroa. – como meus salgados.

— Sua mãe disse que você vai para uma festa hoje. Que horas você vai voltar? – papai puxa uma cadeira da mesa e se senta olhando o pessoal na sala.

— Eu não sei mas antes de uma hora da manhã eu provavelmente já estarei aqui.

— Você vai precisar de carona para ir ou buscar? – olho meu pai.

— Eu, o vizinho e alguns amigos vamos dividir um uber. – menti parcialmente.

  O combinado seria encontrar a Jaque na festa, Artur disse que só é a 20 minutos daqui então qualquer coisa eu poderia pegar um ônibus.

— Entendi, eu vou levar sua mãe para jantar e depois ao shopping. Qualquer coisa nos ligue, provavelmente vamos assistir alguns filme em cartaz. – concordo com a cabeça.

— Tudo bem.

[...]

   Para uma festa de comemoração do primeiro jogo ganho do país o pessoal está bem eufórico. Imagina quando acontecer o jogo final.