Filho dos Vizinhos/Imagine

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—Pov's Artur—
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    Abro a porta da Lamborghini para que a S/N entre. Ela sorri para mim entrando, dou a volta no carro e entro.

— Cinto? – perguntei colocando o cinto de segurança.

— Coloquei!

    Ligo o carro, o som do motor aquecendo preenche a garagem. A porta automática já se abriu, saímos de dentro da garagem. Olho o retrovisor para me certificar que a porta esteja fechada.

    O casamento irá acontecer em uma fazenda, ao ar livre com os animais bem presos. Mamãe surtou muito essas últimas semanas para que tudo desse certo, ela merece esse momento de felicidade.

    A S/N desliza a mão pela minha coxa apertando de leve, o anel brilhou no dedo dela. Sorri voltando a atenção para a estrada.

— No que esta pensando? – ela pergunta.

— No casamento, no quão minha mãe merece ser feliz. – falei parando em um sinal vermelho.

     Coloco minha mão por cima da S/N, logo depois nosso olhar se encontrou.

— Ela merece sim, não é mais dependente do álcool muito menos do seu pai. – disse.

— Já falei que te amo? – pergunto observando ela abrir o sorriso mais doce e hipnotizante. — Meu coração até errou uma batida, vou precisar de respiração boca a boca! – ela sorri mais ainda.

— Vou deixar você morrer então, ai o dinheiro fica de herança para o meu bebê. – continuo dirigindo o carro.

— Ainda não temos bebê. Nem venha querer me matar em! – falei rindo.

    Eu esperava ouvir ela rindo ou pelo menos fazer outra piada mas ouço apenas o silêncio, viro meu rosto rapidamente na direção dela.

— Ainda não temos? – a S/N sorri.

— To suspeitando, mas só tem dois meses que estou aqui em New York. – disse retirando a mão da minha coxa.

    Pego a mão dela colocando no mesmo lugar.

— Cara, eu quero muito pegar você nos meus braços e girar mas se eu desviar a atenção vou bater o carro. – sorri. — É só pra constar meu amor... A gente fez sem camisinha.

— Eu sei, amanhã vou fazer o teste. Não crie expectativa. – ela disse.

— Tarde de mais, vai ser uma menina com os cabelos iguais aos seus! – falei animado.

    A S/N ri.

— É os seus olhos?

— Os meus olhos com certeza! Duas mulheres na minha vida, o quarto todo rosa, vou comprar um mini carro rosa, se ela quiser posso comprar um pônei. Eu queria um pônei quando era criança! – falo sem parar de animação.

    A S/N ri dos meus devaneios, se ela não estiver grávida vamos fazer até ela ficar. Agora eu quero um filho, quero cuidar dele e proteger, fazer o mínimo que meus pais de sangue não puderam me proporcionar quando criança.