Os novos vizinhos se mudam para a casa ao lado da sua, o problema surge quando o filho do meio da família atormenta suas tardes de sono com a música de guitarra.
Cansada de tanto sonos perdidos você revolve ir tirar satisfação.
Imagine que vem...
Sento no colo do Artur na cadeira observando um grupo de quatro meninos e duas meninas disputarem quem bebe mais shots de tequila.
- Aqui fora esta mais tranquilo do que lá dentro. - falei.
Rafael mora em um condomínio de alto padrão, me surpreende até, ele não parece ter tanto dinheiro assim.
- Também acho. - Artur disse se mexendo. - Hoje no evento de rock eu comprei dois colares para nos.
Me viro para ele. Artur esta com um calor no pescoço com uma caveira que me lembrava a bandeira do Going Merry — Navio do Luffy de One Poece— e ele me mostra outro colar igual.
- Eu amei. - peguei o colar da mão dele olhando.
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— É para você sempre lembrar de mim. – ele disse pegando o colar da minha mão é colocando no meu pescoço.
Sorri tocando a caveira do colar.
— Enquanto estivermos longe um do outro, esse colar vai nos manter unidos. – ele toca a minha coxa nua.
— Muito obrigada. – beijo ele.
Eu sinto como se isso fosse uma despedida, aquelas igual as fanfic que eu leio onde um dos protagonistas tem uma morte trágica para dramatizar o livro. E eu sei que isso não é um livro, se algo acontecer...
Abro o Artur com medo, queria que isso parece menos com uma despedida.
— O que foi mal-humorada? – ele pergunta passando os braços na minha cintura me abraçando firme contra o corpo dele.
— Te amo. – falei.
— Eu te amo mais. – sorri envergonhada.
Artur beija o meu ombro nu.
— Eu to sentindo que um deles vai cair naquele boeiro... – me afastou do Artur para poder olhar o grupo que estava fazendo apostas em shots.
— Eu também acho. – falei sorrindo.
Um capaz vomita todo o líquido nas pernas de uma moça que também estava na rodinha de shots.
Eu me seguro para não rir enquanto isso o Artur esta se acabando atrás de mim de tanto gargalhar.
— Artur seja discreto. – falei rindo também.
— Não tem como... Ai! – Artur limpa uma lágrima do canto do olho. — Eu adoro festa.
— Você gosta mesmo é de vê a desgraça dos outros. – sorri pra ele.
— Ah, se louco! Foi engraçado. – falou voltando a olhar o grupo que agora esta se dispersando.
O boeiro na verdade é uma poça de alguma coisa fedida, provavelmente o encanamento do boeiro deu errado.
— Ei! – uma moça muito bonita se aproxima de nos.
Ela tinha os cabelos longos, olhos puxados provavelmente com alguma descendência asiática, pele clara e se vestia muito elegante para uma festa brasileira.
— Isa! – Artur disse animado.
— Olá, você deve ser a famosa S/N! – ela me cumprimenta com um beijo de lado.
— Famosa? – falei sorrindo.
— A famosa namorada do Artur. – ela completou rindo.
— Fica quieta Isa, S/N essa é a Isa, a pianista da nossa banda. Isa essa é minha dotosa S/N. – ele disse.
Olho pro Artur seria. Eu queria que ele tivesse me chamado de namorada. Mas vamos ser realistas, nem tem como.
— Muito bom conhecê-la, você não toca nenhum instrumento? – ela pergunta para mim.
— Instrumentos musicais não são meu forte. – revelei constrangida.
Eu já tinha tentando tocar violino, mas achei muito caro as aulas. Eu tive aulas de violão durante três semestres em uma escolinha aqui lá em Barueri, mas nunca obtive sucesso nas aulas então desisti.
Atualmente meu objetivo é ser uma atriz, estou fazendo algo para alcançar? Não.
— Uma pena, sempre precisamos de mais músicos. Eu vim dizer que a Jaqueline esta causando um alvoroço lá dentro. – ela de virou para o Artur.
— O que ela ta fazendo dessa vez? – ele disse desanimado.
— Tirando o fato da competição de plantas banananeira, fez uma aposta de quantos shots as pessoas bebiam mais em troca o prêmio seria 300 reais. – ela disse.
— Eu vou ter que amarrar aquela Jaqueline igual um animal, ela só faz besteira quando esta bêbada e drogada. – levanto do colo do Artur que se levanta também.
— Foi mal por atrapalhar. – ela disse rindo para o Artur.
— Tem problema não Isa, eu volto já já. Ta bem? – Artur se vira pra mim.
— Ta bom. – sorri pra ele.
Ele segura meu maxilar e beija meus lábios rapidamente. Desaparecendo porta a dentro para a casa.
