Me sento na calçada, observo as estrelas
sinto as gotas de chuva cairem sob minha face
Era mais uma noite dentre aquelas em que eu não poderia dormir nem mesmo se quisesse
noites que estaria só, que não poderia ser lavada de impurezas com a chuva caindo sob meu corpo
Que ainda teria um fio de falsa esperança de que não iria ser esquecida, de que não iria ser abandonada ou deixada para trás
Os sonhos não caem sobre mim como um véu igual antigamente, O medo ainda é minha única companhia
Eu precisava me agarrar aquela genuína esperança, mesmo que fosse uma mentira contada para me manter de pé.
Eu fui quebrada e remendada várias e várias vezes, não tinha e ainda não tenho alguém ou algo para me agarrar pra não cair
Essa dor se tornou uma sombra, que mostra que mesmo sendo abraçada
Eu ainda consigo sentir que irás me jogar no abismo
Para apodrecer. Como todas as noites
