Amor desejoso como brasa

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Um toque
Suas peles parecem ter sido queimadas em brasa,
Eletrizante como um farfalhar de asas de uma borboleta.

Um toque
Um olhar
Tímido, porém jamais confuso
Ele agarra sua cintura,
E a olha no fundo dos olhos cor de ouro Silenciosamente, a puxa pra dançar.

Sem vacilar
Ela o segue,
Tão linda, porém tão silenciosa
Segura nos ombros dele
Ela tinha medo de cair,
Mas ele não a deixaria fugir de seus braços.

Porém, parecia ter o dom de o atrair,
Chamando-o sem precisar de palavras
Puxando ele pra si sem perceber,
O atraindo como um canto de sereia.

Ela o agarra
Ele a gira pelo salão
Toca em seu rosto esculpido do mais puro marfim,
Precioso com um jardim.

Aqueles lábios tímidos
Pintados de carmim
Sussurram pra ele
" me faça voar"
Ele o faria,
Não importa como conseguiria.

Ele a puxa para mais perto
A dança parece tão ter fim
Não para os dois,
Ele enfim mergulha naquele redemoinho preenchido de barulho, mesmo por fora sendo silêncio.

Ele a agarra como um fiel que se agarra ao seu Deus,
A procura por todo lugar, como um humano sedento por água no deserto.

Ele precisava apenas dela em seu braço.
Desejava isso e mais nada.
Ela era tudo, era sua maior ferida, seu maior desejo e lampejo.

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