A jovem garotinha sempre gostou de apreciar o céu noturno
Apreciar o seu brilho que poucos olham
Principalmente quando se sentia triste ou sozinha demais
Ela era como a lua
Grande e sozinha
suas companheiras eram as estrelas
Que pareciam brilhar mais ainda quando eram admiradas
As vezes soltava palavras soltas ao vento
Que acariciava seu rosto a cada sopro
Ela conseguia sentir que a noite era a unica que a entendia
Que era a unica que a escutava
As estrelas a ouviam pacientemente
E a lua olhava a menina
encarava a mesma e dizia que ela brilhava sozinha
que podia criar uma estrela só dela
A noite sempre foi a sua maior e antiga companheira
Que tirava o peso de seus ombros quando olhava os céus
Que assoprava em seu rosto e contava seus segredos quando a garota compartilhava os seus
Ela nunca pude oferecer nada
Mas a noite não ligou, a acolheu como uma mãe coruja
Que a olhou nos olhos e sabia que não ficaria tudo bem
Os únicos sons presentes eram risadas baixas naquela pequena varanda
Onde uma pequena garotinha ria e ria
com apenas uma boneca em mãos e dizia
" As estrelas ouvem os chamados dos perdidos"
A garotinha não era sozinha, apenas não podiam ver seus leais companheiros
Tais companheiros que viram ela crescer
( Eu ainda me sinto a mesma garotinha que sentava na pequena varanda e conversava silenciosamente com a noite)
