Os espinhos apertavam-se ao redor de sua garganta,
E o sangue carmesim como as rosas de um jardim, escorria por sua pele leitosa como uma manta.Os olhos antes dourados,
agora eram opacos e mal olhados.O rosto antes cheio de vida
agora era pálido como a morte.Dos grandes olhos opacos não se saia nada,
nem mesmo um resquício de toda alegria vivida ali.Os mesmos que a protegiam.
apertavam o caule espinhoso em sua garganta sangrenta.Os mesmos que a seguravam, fora aqueles que rasgaram seu frágil coração.
Assim como uma boneca ela cantava incessantemente uma canção.
Oh pequena bonequinha de chapéu amarelo,
Morava no alto de um castelo.Rosto pálido e olho de morte
ainda sorria lindamente sem nenhuma sorte.Oh bonequinha de coração vibrante e vestido esvoaçante.
Mancha sua linda pele de sangue escaldante.Leva sua pequena mão até a janela
E agarra uma estrela,
pra no fim cortar sua própria vida esfarelada e manchar seu pequeno vestidinho do mais puro carmesim.