A sereia

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Ela me puxa como uma sereia
junto a sua voz, me leva ao fundo do mar.

Me sinto presa a sua teia
buscando desesperadamente por ar.

Suas garras se fixam em meus ombros,
Carinhosamente envolvendo o meu pescoço devagar sob os sussurros macabros.

Tão sutil como uma borboleta,
ela me mata lentamente e dolorosamente.

A vida escapa por meus pulmões,
que em desepero buscam por ar.

Sempre sussurando em meu ouvido
Ao acordar
Ao dormir
Ao anoitecer
Ao me ver fugir e correr.

Ela sempre vai me achar,
A sereia vai sempre me puxar pro fundo do mar.

E lentamente perfurar meus ombros com suas garras afiadas
E por fim, ela vai me matar.

tirando parte por parte,
até que não sobre mais nada.

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