O castelo amaldiçoado

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O castelo era coberto por rosas
vermelhas e espinhosas,
Cada cômodo tinha seu proprio jardim,
surgindo do chão de marfim.

Menos um cômodo
O quarto do jovem principe,
aquele era o único quarto ileso dos espinhos das rosas,
Que nunca sentiu um único incômodo ao ser espetado pelos espinhos.

De sua pele pálida e quase sem vida
emergiam pequenas cicatrizes,
que sempre surgiam sem um único grito de dor.

Terror era o que despontava do rosto de todos ao seu redor.

Como ele não gritava ou chorava, ao sentir quando sua pele rasgava?
O que ele sentia quando o sangue emergia?

Aquele era o único defeito do principe,
que varria tudo pra dentro de si,
e cantarolava no ápice de sua própria desgraça.

Que sorria em meio a dor
apenas porque não podia chorar,
apenas porque não podia libertar a si mesmo.

Aquele jovem principe envolto a tantos espinhos, sorria para a lua em meio a gritos contidos.

Do seu quarto emergiam do chão pequenos lírios azuis,
que representavam suavemente suas lagrimas e martírios, que nunca saiam de suas iris.

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