Jardim da estranheza

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No meu jardim eu sou a flor roxa
A junção do azul entristecido
E do vermelho carmim como sangue
Nesse jardim abitam as mais diversas flores de todas as cores

Eu sou a flor de tom púrpura
A cor da espiritualidade e do outro mundo
Onde não existe limites ou formas
Sou a cor da estranheza
Mas que pode ainda sim criar beleza
Com a quietude do azul celeste e a extravagância do mais puro carmesim

Sou a flor que aprecia o frio e que é consumida por ele
Sou a flor que consome o amor
A flor que deseja voar assim como suas pétalas sendo puxadas pelo vento

Sou a púrpura do lado escuro da lua
Que é um espirito pela rua
Onde assim como o vento eu flutuo
Deixando assim apenas as minhas pétalas para trás

Assim como uma genciana roxa selvagem
Até mesmo nas montanhas eu cresço
Mesmo não podendo, eu floresço

Aqueles que dizem que sou a cor da estranheza
São consumidos pelo meu vermelho carmesim, sendo presos no meu vale de nobreza
Enchendo seus corações de tristeza e horror ,como uma infinita noite

Minhas raízes os preenchem como um véu da noite e os deixam dormindo para sempre em um vale sem tempo ou amadurecimento

( minhas raizes que me consomem se alimentam daqueles que eu ordeno que sejam consumidos pelo meu vale de estranheza)

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