Erva daninha

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Ele era idiota
Ah, ele era tão idiota
Tão ingênuo e tolo
Desesperado por um amor inexistente
Que se apaixonou por uma erva daninha

Tão tolo que acreditou nelas sem nem mesmo oscilar
A mesma segurou em suas calejadas mãos e disse palavras doces ao pé do seu ouvido

"O céu é vermelho
e ferroso como sangue
Macio e suave como uma rosa tênue"

Então ele nunca mais viu o azul celeste do céu
Nunca mais viu o azul brilhante e suave acima de si
O mesmo sentiu um véu sendo posto em seus olhos arregalados e sucumbidos por uma paixão inexistente

Ele caiu
Ele sucumbiu
Caiu em um lago sangrento e fundo
Ele nunca mais voltou
Ajoelhou-se perante os pés de uma erva daninha sem alguma glória
Que sugou alegremente seu sangue até se esvair

Uma casca vazia, apodrecida e sugada jazia em seu lugar

Um completo idiota

(Um idiota que teve seu fim merecido)

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