essentia veritatis

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O jovem pintor dá vida a sua tela em meio a tanto colapso
Ele pinta linha por linha, deixa suas cores se misturarem e seus rabiscos tomarem forma
Ele dá vida a suas telas em branco

O mesmo não queria expressar sentimentos básicos ou genuínos

Ele queria descrever a sua visão do mundo , pintar a morte fria e crua
criar a vida mentirosa e falsa

Sentimentos genuínos como alegria, tristesa e felicidade nunca se encaixariam em seus quadros

( Eles são só a crosta do cristal)

Eles não são os sentimentos verdadeiros, quase nem mesmo um terço deles

E não, nenhum outro ser poderia entender a profundidade de sua mente
Nenhum outro ser poderia descrever o sentimento expressado em sua tela

Nenhuma mente básica poderia dizer o que é real ou falso, ou até mesmo a verdadeira face do pintor

Mesmo que fizessem outros quadros inspirados naquilo, não poderiam tirar nem mesmo a essência da coisa
Suas telas mostram a verdade crua e mortal

Ele não pinta por prazer, ou para querer ser visto
Ele cria suas telas para fazer com que algumas partes de si morram
que algumas partes de si sejam arrancadas a força dele
nenhuma de suas telas foi criada para serem entendidas ou faladas

(Numquam dicere poteris, quid velit pictor in linteis ostendere, ne diceres quo ore tegat.)

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