Sangue vermelho e selvagem como brasa

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Me rencostei no parapeito da sacada, apreciando o vento flutuando carinhosamente pelo meu rosto,
Senti o silêncio e a calma noturna ao virar as orbes para o céu manchado em um azul tão profundo como o oceano.

Olharam me no fundo dos olhos e me abraçaram porque eu era do mais profundo azul como um oceano,
Bastou apenas um suspiro e eu me mostrei vermelho,

Vermelho ardente como brasas de uma fogueira,
Disseram-me que vermelho não era para eles.

Queriam que eu fosse pequeno como um dente de leão
Mas eu me mostrei como a lua,
presente em um espaço vasto cheio de estrelas.

Como eu poderia me sentir grande demais e pequena demais em um unico pensamento?

Sempre era a mesma coisa
Deveria me portar como uma princesa
Mas eu era selvagem por natureza.

Me colocaram em uma caixa pequena demais,
Eu me sinto sufocada
lembro-me que achava essa caixa perfeita e que eu caberia nela,
Porém no final, ela apenas me sufocou
E me deixou presa como uma borboleta sem poder voar.

Porque eu não poderia ser eu mesma?

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