tempo

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Tempo, tempo, tempo
Que me segue como um trem desgovernado
Que deixa minha pele macia como seda,
Mas que a torna enrugada e aspera.

Tempo que deixa meus cabelos brilhantes e cheios de vida
Mas que os torna como nuvens em meio aos céus.

Tempo que me trás pessoas
E as tira de mim.

Tempo que me trás o doce da infância
Tempo que me trás o amargo da adolescência.

Os anos levados de mim pelo vento
encontrando e desencontrando pessoas,
Mas eu continuo aqui
Eu os deixei ir, como água escorrendo de minhas mãos.

Fiquei em sua frente
esbravejei esbravejei
"Eu te odeio"
E o espelho nem uma palavra me deu,
Me olhou com olhos frios e uma aparência raivosa e amargurada.

Era eu refletida ali
os olhos frios que me encaravam de volta eram meus,
A longo prazo eu aprendi a não me importar
Mesmo sabendo que eles vêm e vão.

E mesmo assim, os mesmos olhos frios continuariam a me encarar como se me culpassem.

Um pensamento amargo e inútil

(Talvez eu não me odiasse, e sim o tempo que era rápido de mais)

Sussurros e Histórias da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora