𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗦𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 - Eddie Munson.

𝟎𝟎𝟓

Eu havia acabado de acordar, e felizmente a porta já estava aberta. Eu queria muito descobrir o porquê dele ter trancado a porta.

- Eddie? - Falei sonolenta entrando na cozinha.

- E Aí, Harrington - Ele estava fazendo algo que parecia ser macarrão instantâneo no fogão, e parecia estar bem nojento. - Eu consegui abrir a porta hoje de manhã!

Sei.

- Que bom, né. - Falei me sentando no sofá. - O que você está fazendo de café da manhã?

- Isso aqui é almoço, minha filha - Ele disse finalizando seu macarrão - Já são meio dia.

Eu realmente tinha dormido demais, mas eu fiquei muito tempo acordada pensando em por que ele havia nos trancado no quarto. Sim, isso estava martelando na minha cabeça.

Há algumas possibilidades em minha mente, mas é melhor eu não citar quais são elas.

- Terminei! - Exclamou Eddie, pegando dois pratos - vai querer o macarrão?

- Esse seu macarrão radioativo? Não sei, não.

- Olha, só experimenta, você vai gostar!

Eu me aproximei de onde ele estava e peguei o prato com a comida. Coloquei uma colher na boca e eu não queria admitir, mas estava muito bom!

- Mais uma coisa que eu não sabia sobre você: cozinheiro de mão cheia. - Falei assoprando a comida antes de devorar mais uma colher.

- É um dos meus pontos fortes - Disse o cabeludo se gabando. - Qualquer dia você pode jantar lá em casa, eu faço uma costeleta maravilhosa.

- Isso foi um convite? - Questionei com um sorriso de canto.

- É, mas não sei se eu ainda vou ter uma casa depois de tudo isso.

- Pode deixar que eu levo um fogãozinho para você fazer a costeleta na prisão - Disse em um tom sarcástico.

- Leva uns temperinhos também... - O garoto completou e em seguida caímos na gargalhada.

- Se eu não for morto por Jason e a gangue dele, tudo bem.

- Eles são os de menos, tem literalmente um monstro à solta.

Eu realmente queria perguntar por que ele tinha trancado a gente naquele quarto, mas a regra é clara: Não pergunte o que você não quer saber a resposta. E eu com certeza não queria saber a resposta.

- Sua bunda tá melhor? - Perguntou o garoto sentando na mesa.

- Não, tá doendo pra caralho.

- Quer que eu dê uma olhada? - Questionou o garoto com um sorrisinho pervertido.

- Haha, engraçadinho! - Ele caiu no riso e eu não pude deixar de rir também.

- Tem algum remédio para dor de cabeça? - Perguntei.

- Acho que tem um no armário, já dou uma olhada.
...

Seis horas haviam se passado, eu estava lendo no sofá da sala e Eddie estava do meu lado rabiscando em um caderno o que parecia ser uma letra de música.