𝟎𝟐𝟎 | 𝒑𝒕.𝟐

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- Está doendo muito? - Questionei ao garoto enquanto passava um algodão em cima da sua pele roxa.

- Um pouco. 

Ele fazia caretas toda vez que eu encostava em seu hematoma, então acho que era mentira.

Assim que terminei seu curativo, guardei a caixinha de suprimentos médicos e dei uma coberta para o garoto se cobrir.

- Agora é só esperar a Mayfield chegar. - Falei me sentando ao seu lado. - O que quer fazer enquanto isso?

- Eu acho que tem um cigarro na minha... 

- Nem pense nisso. - Interrompi o garoto. - Que tal música?

- Música é uma boa ideia. - Ele sorriu.

Eu me levantei e coloquei meu toca-discos para tocar, eu me sentei novamente na cama e a música começou a tocar. Ele começou a rir quando percebeu que música era, e minhas bochechas avermelharam. Porra.

- Eu posso explicar.

- "Eddie My Love", é sério? - Ele quase não conseguia falar por conta das suas risadas.

- Vai se fuder! 

- Eddie my love, i love you soo - Ele começou a cantar a música e eu dei um leve tapa em seu braço.

- Eu te odeio tanto, garoto.

Ele pegou um travesseiro que havia ali e a jogou com tudo em minha cara. Eu saquei o que ele queria causar: uma guerra. Eu retribui com outra travesseirada em sua barriga, pois eu não era cruel a ponto de dar em sua cara.
Nós iniciamos uma guerra de travesseiros, e eu era bem mais ágil que ele naquele jogo. 

- Minha barriga está doendo de tanto rir, é sério. - Falei me deitando na cama.

- Já cansou? - Ele disse me dando outra travesseirada.

- Você ganhou, eu me rendo! 

Ele deitou ao meu lado, porém um pouco distante. Meu coração estava acelerado e eu acho que ainda estava um pouco bêbada.

- Sabe, você não precisava ter feito aquilo. - Falei me sentando na cama.

Ele se sentou ao meu lado e meus olhos só conseguiam se concentrar no seu pulso, onde suas veias estavam notáveis. 

- Tudo bem, agora você está me devendo uma. 

Nossos corpos eram como um imã, sem perceber que nossas coxas estavam grudadas. Meu coração estava acelerado, mas dessa vez não foi só de cansaço. Eu sentia um nervosismo de felicidade.

- Ah, é? - Eu dei uma risada com os meus olhos nos dele - Só não me peça algo difícil. 

- Eu já tenho algo em mente... - Ele disse quase que sussurrando.

Meu corpo arrepiou por inteiro, era como se eu estivesse congelada. Eu sei que ele estava apenas esperando uma atitude minha, mas eu não conseguia me mexer. Aquela era uma sensação que eu só sentia quando estava com ele, e era algo bom, muito bom.

Era como borboletas no estômago.

- Eu preciso de você. 

Antes que ele pudesse responder, eu encostei seus lábios nos meus. 
Beijá-lo depois de tanto tempo era como ver um arco-íris no meio da tempestade e ter esperanças que o sol pudesse voltar. 

Eu coloquei minhas mãos na sua nuca, o que fez o menino ficar mais próximo de mim. Suas mãos geladas encostaram na minha cintura descoberta, pois eu usava uma blusa curta.

Ele se afastou de mim rapidamente quando ouvimos um barulho de carro parar na frente de minha casa.

- Deve ser a Max.

- Ou os seus pais. 

- Entra no meu banheiro, agora! 

O garoto entrou e eu desci para o andar de baixo, assim que abri a porta um alívio escorreu pelo meu corpo.

- Que isso? Parece que viu um fantasma. - A ruiva disse entrando em minha casa.

- Nada... Só me assustei com o barulho. - Eu subi as escadas e entrei em meu quarto - Eddie, pode sair!

- Seu batom está meio borrado, Harrington. - Mayfield arqueou as sobrancelhas e eu entendi que ela estava sacando a história.

- Ele já estava assim antes de você sair. 

- Entendi. - Ela deu um sorrisinho sacana - Mas eu não lembro de ver Eddie com batom vermelho.

Eu comecei a ter um ataque de risos, e a garota observava ainda com a sobrancelha arqueada. Eu sei que não poderia esconder aquilo dela, então eu simplesmente teria que admitir.

- Na primeira oportunidade vocês já se pegaram? Pelo amor de deus.

- Fica quieta e me dá os remédios, por favor. - Eddie disse fingindo estar irritado.

Eu precisava decidir o que fazer, em poucos minutos Steve e meus pais chegariam em casa. Eu não poderia mandá-lo dirigir nessas condições, e também não poderia deixar Max dirigir.

- Eu vou pedir um táxi pra vocês.

- E o meu carro? Eles vão ver.

- Eu digo que é de alguém, não existe só um carro desse. - Falei descendo as escadas - Amanhã você depois da aula você vem e pega.

- Pegar o que?

- O carro, idiota. Que outra coisa seria? - A Ruiva deu uma risada, mas eu ainda não havia entendido.

[...]

- Bom dia, mãe! - Falei me sentando na mesa para tomar o café da manhã.

- Está de bom-humor? Hoje é sexta-feira, dia de compras, não esquece.

- Pode deixar. - Eu peguei um pão e coloquei manteiga por cima - Steve ainda está dormindo?

- Ele e a Mary estavam tomando café agora, mas subiram para cima. 

Mary e Steve namoravam a quatro meses, eles eram um casal fofo e ela fazia ele feliz. Era isso que importava para mim.

- Tchau, mãe! - O garoto disse descendo as escadas - Vamos, Summer.

- Bom dia pra você também, merdinha. Oi, Mary! - Eu falei e a garota me deu um abraço apertado.

- Olha a boca, Summer Harrington! - Repreendeu mamãe.

Assim que Steve abriu a porta, deu de cara com o veículo de Munson. Ele me olhou com uma cara confusa.

- Quando isso apareceu e por que está aqui? - Ele questionou, ontem ele devia estar tão concentrado em Mary que nem avistou o carro.

- Eddie... Eddie... Trouxe seu carro aqui... Pra... Você consertar. 

- Que?

- É, depois do seu trabalho.

- Quando eu digo que é tudo eu, ninguém me ouve.

Agora eu tinha dois problemas: Eu teria que ver a cara do meu ex depois de ter dado uns pegas nele e teria que inventar outra desculpa para Steve de por que o carro não precisava mais de conserto.

𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗳𝗶𝗻𝗮𝗶𝘀. <3

1. me inspirei em um video que vi no tiktok KKKK eddie my loveeee i love you soooo

2. O que acharam? Dsclp pela demora e votem! ajuda mto. Bjss🌷🎉

ᵇʸ ➪ 𝙘𝙖𝙙𝙚𝙡𝙞𝙣𝙝𝙖𝙙𝙤_𝙖𝙨𝙝 𝙤𝙣 𝙬𝙖𝙩𝙩𝙥𝙖𝙙

𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗦𝗨𝗠𝗠𝗘𝗥 - Eddie Munson.Onde histórias criam vida. Descubra agora