Os Vikings

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Alguns dias se passaram e Maeve caminhava junto ao exército russo, a mesma ainda se via vestida das roupas da guarda real de Arwen, lugar onde já foi seu reino e que agora, se encontrava completamente destruído. Seus olhos se passavam por todo o exército, alguns dos guardas estavam montados em seus cavalos, outros em carroças. 

Ainda com seus braços amarrados, Maeve mantinha seu olhar sério, sua mente sempre passava a imagem de sua família sendo morta pelos russos. Suas mãos ainda mantinham o sangue quente de sua irmã, onde morreu em seus braços. Se lembrava do pedido que a mesma fez em seu último suspiro.

''Vingue nosso povo''

A mesma frase se passava em sua mente ao longo de toda a caminhada com seus inimigos. Seus olhos ainda estavam inchados pelas lágrimas que derramou pelo seu povo. Tal cena de sua família sendo massacrada e seu reino destruído se passava em sua mente. Até que seus pensamentos foram interrompidos quando o guarda bateu o chicote de couro em suas costas, a mesma fechou os olhos pela dor e susto, mas não expressou em som.

 — É melhor caminhar rápido, estamos perto da Inglaterra. — um dos guardas disse, montado em seu cavalo.

— Ela é estranha. Cabelo vermelho... Será que o que há no meio das pernas é vermelho também? — o guarda ao lado disse e Maeve virou seu rosto para olhá-lo. 

— Mulheres com cabelos vermelhos são raros, talvez eu me divirta com ela depois. — quando o guarda concluiu a frase, Maeve mudou sua expressão e ficou levemente assustada, desviando o olhar.

— Nem pensar, talvez o rei a queira primeiro antes de nós.

— Tak chto, mozhet byt', ya poveselyus' s tvoyey mater'yu (Então, talvez eu me divirta com a sua mãe) — o guarda disse em russo e Maeve ficou confusa, tentando compreender o que o homem falava. 

— Vocês homens, sempre pensando com a cabeça de baixo. — a mulher de cabelos castanhos se aproximou dos guardas e Maeve olhou rapidamente para a mesma, e desviou o olhar em seguida. — O rei vai decidir o que fazer com ela, afinal, quando eu a vi logo pensei que o rei poderia querê-la.

— O rei não tem que ficar com todas as mulheres. 

Contudo, um homem que mais a frente do exército soou em voz alta e logo todos pararam. Maeve então ergueu o olhar e notou portões altos, e logo identificou que seria a entrada de um reino da Inglaterra. Respirou fundo e tentou ainda se manter em pé, mesmo que tenha caminhado por longos dias, imaginava seus pés totalmente inchados e doloridos pelo desgaste.

Somente a mulher que a salvou de ser morta a oferecia água para se manter viva. Não conseguia dormir durante esse tempo, onde a mesma pensava em sua família e em sua vida. Tinha medo dos guardas e com suas mãos amarradas, não teria como se defender. Porém, a mulher junto ao exército ficava perto dela e Maeve notava isso, mas tentava ignorar.

Ela se lembrava do que sua irmã dizia. Nunca abaixe a guarda. E assim estava fazendo, não confiava em ninguém e quando não pensava em sua família, pensava na forma que poderia fugir para algum lugar. Sem sua família, Maeve não tinha muita esperança de nada naquele momento.

O homem chicoteou suas costas mais uma vez, fazendo com que ela saísse de seus pensamentos e caminhasse. Tentava não perder o equilíbrio, onde estava caminhando por longos dias e seus pés já pediam por misericórdia.











Ao passar pelos portões do reino, notou que o lugar não estava devastado como bem pensava que estaria. Logo, viu dois homens se aproximarem. Um com cabelos e barba loira, seu olhar se mantinha em Maeve logo que a viu.

No entanto, a jovem ruiva passou no homem que se aproximou ligeiramente, quase perto dela. O mesmo já era diferente do outro que ela viu. Ele possuía as mesmas vestes do exercício russo, seus cabelos eram negros e com um colar da cruz em volta do seu pescoço

I See Fire - Ubbe RagnarsonOnde histórias criam vida. Descubra agora